O ano de 2019 marca a divulgação do novo plano estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
ampliar o acesso a saúde de qualidade ao redor do mundo. E, como parte do
projeto, a instituição listou grandes problemas que precisam ser contra-atacados
desde já para evitarmos mortes desnecessárias e quedas
drásticas no bem-estar da população.
Vamos a eles?
Segundo a OMS, nove a cada pessoas no mundo respiram
ar poluído todo dia. O resultado: 7 milhões de mortes por doenças relacionadas
à poluição no mundo. E 90% desses óbitos vêm de países de baixa ou média renda.
Um tempo atrás, a SAÚDE fez uma reportagem especial
sobre o assunto. Clique
aqui e confira.
2) Doenças crônicas não
contagiosas
Diabetes, hipertensão, câncer, DPOC… A incidência dessa e de outras enfermidades
crônicas é altíssima. Essas encrencas, juntas, são responsáveis por 70% de
todas as mortes no mundo. São 41 milhões de vítimas.
Sedentarismo,
alimentação inadequado, tabagismo – e até a poluição – têm a ver com essa
epidemia de doenças crônicas. Para destacarmos uma, SAÚDE recentemente destacou as causas e o tratamento da pressão
alta.
“O mundo vai enfrentar
outra pandemia do vírus influenza. Só não sabemos quando ou quão severa ela
será”, diz o comunicado da OMS. Todo ano, a entidade avalia os casos existentes
e, a partir daí, recomenda adaptações anuais na vacina contra a
gripe.
Nesse
sentido, nós abordamos a criação de um imunizante contra esse vírus
especificamente para idosos. Confira suas vantagens aqui.
4) Locais em crise ou
com fragilidade social
A Organização Mundial
de Saúde afirma que 1,6 bilhão de indivíduos moram em locais com pouquíssima
infraestrutura. E isso é um drama do ponto de vista humanitário.
Enquanto outras regiões
dispõem de hospitais de última geração, que atendem casos complexos, nesses
lugares abalados por crises, as grandes causas de mortes costumam ser diarreia, infecções preveníveis – além da violência, é claro.
5) Resistência
bacteriana
O uso excessivo de antibióticos, tanto em seres humanos como em animais de corte
(gado, porco, frango…) cria, no longo prazo, superbactérias que não respondem
aos tratamentos convencionais. Só em 2017, 600 mil casos de tuberculose eram
resistentes ao principal remédio usado contra essa infecção. E esse é só um
exemplo.
6)
Ebola e outros agentes infecciosos letais
Estamos falando de
vírus, bactérias e outros patógenos de alta periculosidade. A bem da verdade,
eles costumam ficar restritos a um ou outro país – como os surtos de ebola, que
afligiram especialmente o Congo.
No
entanto, uma falha nos mecanismos de saúde pública poderia causar uma epidemia
com potencial destruidor na sociedade. O desenvolvimento de nações mais pobres
e o fortalecimento da infraestrutura de controle dessas infecções ajudaria
bastante nesse sentido.
7) Atendimento primário
de saúde deficiente
Esse é o primeiro
contato da pessoa com o setor de saúde. Com um atendimento eficaz, é possível
afastar uma série de doenças e, de quebra, identificar tantas outras que podem
estar escondidas – de novo, podemos citar diabetes, câncer e pressão alta.
Entretanto,
a OMS declara que muitos países dão pouca atenção para essas consultas mais
preventivas. Uma pena.
8) Medo de vacina
Está aí uma das
histórias mais bizarras da saúde moderna. Embora salve de 2 a 3 milhões de
vidas por ano, a vacinação virou alvo de alguns grupos que alegam, sem qualquer
base científica, malefícios dessa estratégia. Uma colunista do site da SAÚDE
fez um artigo interessantíssimo sobre o assunto, batizado de Por que o movimento antivacina não
tem um pingo de sentido.
Além
disso, os imunizantes são vítimas do próprio sucesso. Como as doenças contra as
quais eles foram criados somem do mapa com um bom programa de vacinação, as
pessoas hoje em dia minimizam a gravidades dessas encrencas e pensam que as
injeções não trarão benefícios. Ledo engano – e o aumento nos casos de sarampo e febre amarela no Brasil deixam isso bem claro.
9) Dengue
Essa é uma velha
conhecida nossa. A OMS pretende, até 2020, diminuir 50% das mortes por causa
dessa infecção.
Mas
o fato é: sem um trabalho comunitário árduo e sem a participação de cada um de
nós, essa doença vai continuar provocando estragos em larga escala.
Um clássico engano, com
repercussões trágicas, é imaginar que a aids está sob controle.
Hoje em dia, mais ou
menos 37 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. É necessário encarar esse
problema de frente, sem preconceito, para de fato controlarmos a epidemia. Caso
tenha interesse, produzimos um material com tudo o que você
precisa saber sobre a aids.
Fonte:
Saúde.Abril
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