/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/a/j/uJh0UrTmmBJ2T0IdAvDw/taurus.jpg)
As mudanças das regras sobre a posse de armas de
fogo forampromessas de campanha de Bolsonaro,
o que levou as ações da Taurus a dispararem na bolsa ao longo da segunda metade
de 2018. No ano passado, os papéis da empresa subiram 180%,
liderando os ganhos da bolsa.
Nestas primeiras semanas de 2019, acumularam alta
perto de 46% - mesmo com a empresa registrando resultados negativos em seus
últimos balanços. O relatório mais recente, referente aos primeiros 9 meses de
2018, mostra prejuízo de R$ 44,6 milhões.
O economista Miguel Daoud, da Global Financial
Advisor, diz que a queda desta terça é um movimento de “realização de lucros” –
ou seja, investidores que haviam comprado ações da Taurus estão aproveitando a
valorização recente para vendê-las a um preço mais alto do que pagaram. O
movimento faz com que, com mais ações à venda, o preço recue.
“As ações sobem no boato e caem no fato”, resume
Daoud. “As ações subiram em decorrência das expectativas em relação à posse de
armas. Uma vez concretizado, não tem mais nada que possa levar essa ação a um
patamar mais alto. Tudo que tinha que subir já subiu. É nesse momento que
investidores que tiveram uma valorização astronômica nas ações acabam realizando
o lucro. Tão simples quanto isso.”
Mas, além do movimento especulativo, outro fator pode
explicar a queda nesta terça, segundo o economista Jason Vieira, da gestora
Infinity. Ele se refere a declarações do ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, sobre a possibilidade de uma abertura do mercado de fabricação de
armas no país a fabricantes estrangeiros. “Este seria o motivo mais crível para
esse movimento”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário