Este
ano, na Câmara Municipal, cujas atividades de 2020 começarão amanhã, 04/02, não deve ser o mesmo do mesmo. O ano é de eleições e
por isso, salve-se quem puder. É aquela história do ditado antigo que diz:
"farinha pouca, meu pirão primeiro".
As
vagas são apenas quinze, mas, tem uma minoria entre os quinze vereadores que
gostaria que subisse o número de cadeiras para dezessete. O motivo ainda não
foi explicado, embora pela legislação não haja nenhuma ilegalidade nisso. Mas,
há um componente de imoralidade.
Que
os pretensos candidatos a vereador que estão de fora, doidos para entrar sejam
a favor, é compreensível. Quanto aos que estão dentro, é pura falta de bom
senso diante da realidade que vivemos no país.
Não
vai ser o mesmo do mesmo por uma questão de sobrevivência política. Quem ficar
parado vai ter que levantar da cadeira, por que tem muita gente querendo sentar
numa delas.
Vai
ser um ano em que a oposição representada, por enquanto, apenas pelo vereador
Davi Salomão, vai fustigar a gestão do prefeito Valmir Clímaco como nunca. E
ser estilingue é sempre mais fácil do que ser vidraça. E Davi não vai poupar
pedradas na vidraça do governo, que por melhor que seja na avaliação da
população, tem sempre flancos a serem atacados.
Em
ano de eleição, o prefeito começa o ano legislativo com treze vereadores na
base, pois o presidente Manoel Dentista, embora seja de oposição, prefere não
piorar sua relação pessoal com Valmir.
Quando
começou o ano legislativo do ano passado, muitos burburinhos questionavam até
que mês a base do prefeito permaneceria intacta, firme. E mesmo com reclamações
diversas intra-gabinetes, a base terminou o ano fiel.
Até
o dia 04 de abril será possível ver se o apoio quase integral ao Executivo vai continuar,
pois, nessa data, quem quiser trocar de partido já terá tomado sua decisão.
Será nesse momento, definitivamente, que se saberá do lado de que candidato
estará cada um dos vereadores. Até lá não aposto um centavo em ninguém.
Ainda
concernente a isso, tem mais uma coisa. Tudo que foi dito até aqui vai depender
diretamente dos nomes que estarão na disputa pela chave do cofre da prefeitura.
Não tem outro jeito, pois, o que está colocado na mesa, hoje, poderá não ser a
mesma coisa de amanhã, pelas razões que todos conhecem.
O
prefeito Valmir Clímaco que lançar, ao menos, dois chapões. Num deles ele
gostaria de juntar todos os vereadores que o apoiam, ideia que deixa alguns
deles de cabelo em pé, porque não precisa ser muito bom de conta para saber que
será muito difícil eleger 50% deles.
Faltam
oito meses para a eleição e, essa será uma disputa inteiramente diferente, em
função de não haver coligação entre partidos que disputarão vagas na Câmara.
Isso está mexendo com a cabeça dos atuais vereadores e dos que pretendem
disputar uma vaga. É uma novidade que assusta muito.
Se
a gente prestar atenção, essa situação já provocou uma grande mudança no
comportamento dos pré-candidatos, que em outros anos já estariam se assanhando,
mostrando a cara por aí. Pouco se ouve falar em nomes de pretensos candidatos a
vereador que estejam bem cotados.
Com
a experiência acumulada por cerca de quatro décadas acompanhando de perto o
andamento da política, três delas apenas em Itaituba, não tenho receio de
afirmar, que se a eleição fosse hoje, a possibilidade de reeleição da maioria
dos vereadores seria muito grande, por tudo que está acontecendo.
Na
eleição passada, muita gente apregoava que haveria uma grande renovação nos
quadros da Câmara. E houve. Terminada a apuração, Peninha, Maria Pretinha,
Dirceu Biolchi, Wescley Tomaz, Dadinho Caminhoneiro e Cebola conseguiram se reeleger.
Ou seja: somente um terço de reeleitos. Se fosse hoje, talvez fosse menor o
número de novatos.
Como
disse antes, uma coisa que poderá pesar bastante no resultado final da briga
pelas quinze cadeiras será a maneira como os vereadores forem distribuídos
dentro dos partidos. Do jeito que Valmir quer, com quase todos juntos, caso
continuem mesmo do seu lado, os atuais detentores de mandato praticarão um verdadeiro
canibalismo político.
Tem
tudo para ser um ano muito animado no legislativo municipal, mesmo que não haja
pautas surpresas para serem discutidas e votadas. Assim espero.
Jota
Parente
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