Para ex-ministro da Fazenda, presidente terá de aprender que um chefe de Estado pode muito, mas não pode tudo e, por isso, precisa negociar com o Congresso
SÃO PAULO — O Globo -Antonio Delfim Netto tem um dos mais longevos currículos no poder. Somando suas experiências nas pastas da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, foi ministro por mais de 13 anos entre as décadas de 1960 e 1980.
A partir de 1987, foi deputado federal por 20 anos. Hoje, com 91 anos, o ex-professor de Economia da Universidade de São Paulo e ex-embaixador do Brasil em Paris segue atento observador da cena política brasileira.
Em entrevista por telefone para evitar contatos pessoais em tempos de coronavírus, Delfim explica por que o país precisa de um choque. Na sua visão, a crise atual é de grandes proporções, e o presidente Jair Bolsonaro deveria aprender a ser mais humilde e a negociar. Para o ex-ministro, a decisão do Congresso, na semana passada, de aumentar o gasto público mostra que “a inteligência nacional acabou”.
O senhor disse há alguns dias que, diante das atuais circunstâncias, só um choque de confiança tira o país do buraco. O governo Bolsonaro e o Congresso têm condições de fazer isso?
Eu acho que têm. Esse choque, na minha opinião, é devolver para a sociedade a certeza de que estamos no comando do processo de restabelecer o equilíbrio fiscal. Não adianta insistir, as condições são muito diferentes do passado.
Como seria esse choque?
Seria restabelecer a possibilidade de controlar o gasto através da PEC emergencial. Quem é contra tem argumentos ridículos. Dizem que a PEC cortaria o salário do funcionalismo e causaria recessão. Não. Simplesmente transformaria despesa de custeio em oportunidade de investimento.
O senhor disse há alguns dias que, diante das atuais circunstâncias, só um choque de confiança tira o país do buraco. O governo Bolsonaro e o Congresso têm condições de fazer isso?
Eu acho que têm. Esse choque, na minha opinião, é devolver para a sociedade a certeza de que estamos no comando do processo de restabelecer o equilíbrio fiscal. Não adianta insistir, as condições são muito diferentes do passado.
Como seria esse choque?
Seria restabelecer a possibilidade de controlar o gasto através da PEC emergencial. Quem é contra tem argumentos ridículos. Dizem que a PEC cortaria o salário do funcionalismo e causaria recessão. Não. Simplesmente transformaria despesa de custeio em oportunidade de investimento.
A entrevista completa está no site do jornal O Globo
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