O IBGE torna público a partir de hoje, 19 de maio, o Mapeamento Preliminar de Aglomerados de favelas, baixadas, invasões e similares, chamados de Aglomerados Subnormais – além do mapeamento de suas respectivas unidades de saúde mais próximas. A medida tem como objetivo auxiliar o combate à pandemia do coronavírus em áreas habitadas e bairros nos quais domina a pobreza extrema e a miséria.
A estimativa dos municípios entre 100 mil e 350 mil habitantes revelou que, em Marituba (PA), 61,21% dos domicílios ocupados estão em áreas de baixadas e favelas, o que faz de Marituba o primeiro do Brasil dentro dessa faixa populacional. Tucuruí é o terceiro nessa mesma lista, com 40,04% de seus domicílios ocupados em áreas dessa natureza.
No Brasil
Na lista de municípios com maior número de domicílios localizados em baixadas e favelas, Belém é o quarto, com 225.577 residências. O primeiro é São Paulo (529.921 moradias), seguido de Rio de Janeiro (453.571), Salvador (375.291) e Manaus (348.684).
Na estimativa de municípios entre 350 mil e 750 mil habitantes, considerando as maiores proporções em relação ao total de domicílios ocupados, Ananindeua aparece em segundo lugar do Brasil: 53,51% de seus domicílios ocupados estão em aglomerados subnormais (um total de 76.146 domicílios). O primeiro é Cariacica/ES (66.941 domicílios ou 61,07%) e o terceiro é Jaboatão dos Guararapes/ PE (84.091 domicílios ou 36,65%).
A estimativa para estados e DF de domicílios ocupados em aglomerados subnormais em relação ao total de domicílios ocupados em cada unidade federativa, revelou o Pará em quarta colocação, com 432.518 domicílios, o que significa que 19,68% do total de domicílios ocupados no Pará estão localizados em algum tipo de aglomerado subnormal. Acima do Pará estão o Amazonas (393.995 domicílios ou 34,59%), Espírito Santo (306.439 domicílios, 26,10%) e Amapá (36.835, 21,58%).
Vale lembrar que os dados do mapeamento não são conclusivos. Trata-se de uma versão preliminar com atualizações até dezembro de 2019.
O mapeamento definitivo dos Aglomerados Subnormais do Brasil será realizado na operação censitária prevista para 2021, podendo sofrer ajustes em relação aos resultados que agora estão sendo divulgados.
Os maiores números absolutos de domicílios em aglomerados subnormais estão nas capitais São Paulo (529.921 domicílios, representando 12,9%) e Rio de Janeiro (453.571 domicílios - 19,3%). Já os números proporcionais de domicílios em aglomerados subnormais entre municípios com mais de 750 mil habitantes, mostram Belém em primeiro: 55,5% dos domicílios ocupados na capital paraense estão localizados em aglomerados subnormais. Depois de Belém, vêm Manaus (53,4%) e Salvador (41,8%).
Por Manuel Dutra, no seu blog
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