Cuidar com honestidade dos bilhões de reais que fazem parte do orçamento do ministério é louvável. Ainda mais agora com a dinheirama que está saindo para combater a pandemia do coronavírus, com urubus carniceiros do dinheiro público soltos por aí por todo o Brasil.
Essa é uma parte da história que está bem clara. A outra parte diz respeito ao motivo pelo qual esse ministério existe, a saúde da população brasileira. Essa parte está nebulosa.
De que vale as finanças do Ministério da Saúde andarem muito bem obrigado, se estão morrendo mais de 1.000 brasileiros por dia com a Covid-19? Oh vantagem!
Antes de escrever este artigo eu pesquisei para não cometer injustiça. Pesquisei, mas não encontrei nada novo sobre ações desse ministério sobre o combate ao coronavírus. Mas, o dinheiro está bem guardado.
O Ministério da Saúde, por pressão do presidente Bolsonaro ocupa-se de mudar o protocolo do uso da cloroquina, na contramão de tudo e de todos. O remédio é tão bom, mas tão bom, e o presidente tem tanta confiança nele, que o paciente precisa assinar um termo antes de usar, responsabilizando-se pelo que ocorrer. Se morrer, azar da pessoa. O Ministério da Saúde e o presidente nada terão a ver com isso.
Uma coisa é certa: reina a mais absoluta paz no Ministério da Saúde diferente de quando havia um médico no.comando. O general bate continência para o capitão, faz o que ele manda, não há discussões e vamos tocando o barco para algum porto que a gente não faz a menor ideia qual será.
Com um Ministério da Saúde que está cuidando das finanças da saúde, sem qualquer sinalização de um novo programa de combate fora da cloroquina, com os brasileiros morrendo aos milhares, valha-nos quem?
Alguém conhece algum grande médico que tenha sido nomeado para cargo chave no Ministério da Saúde depois que Teixh saiu e Pazzuelo entrou? Eu não ouvi falar.
E daí?
Durante a campanha para presidente, quando era feita ao então candidato Bolsonaro, ele nunca se apertou. Se fosse sobre economia.oa, respondia que aquilo era com o Paulo Guedes.
Bolsonaro prometeu que montaria um ministério técnico, e até montou. Acontece que com sua prepotência misturada com sua ignorância sobre quase tudo, embora se considere conhecedor dos problemas e das soluções, quase sempre faz trapalhada.
Por fim, embora seja um homem muito preparado, capacitado para assumir grandes responsabilidades, o que me preocupa no geral Pazzuello é sua provável falta de autonomia para agir. Se ele puder tomar iniciativas, poderemos ter um bom ministro. É o típico.do caso de, só esperando pra ver.
Como diria Flávio Migliaccio, em seu impagável personagem de náufrago no humorístico Zorra Total, há mais de duas décadas: "esse é o meu país!"
.Jota Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário