O
sentido da frase, LIBERDADE DE EXPRESSÃO, foi totalmente deturpado no Brasil,
pelo grupo de delinquentes que se encastelou em Brasília.
Liberdade
de expressão para Jair Bolsonaro e para o seu grupo de lunáticos apaixonados quer
dizer: espalhar notícias falsas sobre qualquer pessoa ou instituição da República
que faça ou diga qualquer coisa que lhes desagrade.
Já
foi dito antes por Élio Gaspari, que nem todos os eleitores que votaram em
Bolsonaro são golpistas, porém, com certeza absoluta, todos os golpistas
votaram nele. Da mesma forma eu afirmo que nem todo brasileiro que continua apoiando
o presidente é lunático, mas, todos aqueles irresponsáveis que desafiam e
ameaçam as instituições e discordam da ciência, certamente são todos lunáticos.
Jamais
se viu neste país, em tempos de democracia, nenhum grupo político com tamanha sede
de enxovalhar reputações como esse. Não importa quem seja, ou os métodos
utilizados. O importante e desacreditar todo aquele que se manifestar contra o
“status quo”.
Onde
já se viu um deputado federal, filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, vir a
público afirmar que, não é que o STF vai ser fechado, mas, quando isso
acontecerá, e ficar por isso mesmo?
Estamos
vivendo um momento muito perigoso em que as instituições são atacadas toda hora
por integrantes do Poder Executivo e por simpatizantes de Bolsonaro. Ele é a eminência
parda do sub mundo das Fack News, pois dele as fábricas de notícias falsas
recebem as bençãos, e o arquiteto de tudo é seu filho Carlos.
Leio
nas redes sociais, políticos regionais que foram ordenadores de despesas, que
se lambuzaram com dinheiro público, fazendo loas aos Bolsonaro. Faz bem o perfil
de determinados grupos que defendem o atual governo. Roubaram, mas, são os
primeiros a apontar o indicador cobrando moralidade, exibindo um moral que
nunca tiveram.
Os
críticos de quem critica Jair Bolsonaro dizem: ah, então, tempo bom foi quando
o PT estava no comando, roubando o país! Não é isso. Tiramos o PT na esperança
de colocar em seu lugar um governo decente, não um governo de néscios delinquentes,
pois é assim que agem muitos dos integrantes da cúpula governamental juntamente
com seus apoiadores.
Bolsonaro
instiga a massa com suas bravatas recheadas de sandices que colocam em risco a
democracia brasileira. Ele rasgou o discurso de combate à corrupção que usou na
campanha, pois se tem coisa que seu governo não faz é combater coisa errada. Ele
até dá força para ações da Polícia Federal, desde que não envolvam seus filhos
e seus chegados. Se for adversário e ele puder, ajudar a ferrar o dito cujo.
Como
o coronel Hugo Chaves, o capitão Jair Bolsonaro sonha com poderes absolutos, e
só ainda não deu um golpe de estado porque não encontrou terreno fértil,
porque, felizmente, as instituições atacadas por ele e sua turma de milicianos ainda
estão fortalecidas. Mas, ele tenta a todo custo miná-las para impor a sua
vontade ditatorial doentia.
O povo brasileiro tem fama de pacífico, embora as estatísticas não nos favoreçam.
De qualquer forma, não somos um povo afeito a guerras internas, uns contra outros,
ou guerra civil. Todavia, esse acirramento de ânimos fez com que o país fosse
transformado nesse barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. E eu
não duvido, nem um pouco, que Bolsonaro e seus filhos pensem nisso como uma
coisa boa para que eles alcancem os seus propósitos mesquinhos.
Estamos
sendo levados para abismo o abismo por quem deveria nos conduzir a um porto
seguro. Eles, Bolsonaro e sua turma de semeadores de discórdia e plantadores de
ódio veem inimigos em todos os lugares. Inimigo, para eles, é quem pensa e
expressa opiniões diferentes das deles.
São
tão atabalhoados, que conseguem criar crises diplomáticas com a China, maior
parceiro comercial do Brasil, e com Israel, motivo de grande veneração por parte
do presidente. E é esse pessoal que desgoverna o país, que vai na contramão de
tudo, que lambe as botas dos Estados Unidos sem a devida reciprocidade, que desrespeita
a Ciência, que está transformando o Brasil nesse vulcão que pode entrar em
erupção.
O
coronel Hugo Chaves queria armar a população da Venezuela. Em 2006, no seu
oitavo ano de mandato, afirmou que um milhão de venezuelanos deveriam ser
fortemente armados para defender o país contra uma possível invasão dos Estados
Unidos. Comprou 100 mil fuzis da Rússia e comprou uma carga milionária de armas
da Espanha.
No
Brasil, durante a campanha, o capitão Jair Bolsonaro prometeu facilitar o
acesso da população ao porte de armas. Na prática aconteceu quase nada. Mais por
conta da burocracia e pela discordância do ex-ministro Sérgio Moro. Na famosa
reunião ministerial, o presidente defendeu que o Ministério da Justiça tomasse
alguma medida para que o povo pudesse comprar armas.
Chaves
foi ditador de extrema esquerda na vizinha Venezuela. Bolsonaro sonha em ser
ditador de extrema direita por aqui. Muda o viés das extremas, mas, o resultado
final será sempre parecido, com o povo se ferrando.
Jota
Parente
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