Outro indício que motivou as buscas e apreensões de hoje (12, no total), autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi uma prova arrecadada nas investigações da Operação Favorito, iniciativa da força-tarefa da Lava-Jato há duas semanas, com elementos da relação entre o governador e o empresário Mário Peixoto, preso na ocasião.
Outra suposta menção a Witzel nas investigações da Favorito ocorreu durante uma ligação entre o empresário Luiz Roberto Martins Soares, um dos principais alvos da operação, e o ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier na qual os dois mencionaram a revogação de uma resolução conjunta das secretarias estaduais de Saúde e da Casa Civil que desqualificou o Instituto Unir Saúde para seguir à frente das UPAs do estado no ano passado.
Em nota, Witzel negou qualquer tipo de envolvimento no esquema de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública.
"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará.
A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro", afirmou o governador.
Fonte: Lauro Jardim, O Globo
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