Frederick Wassef foi o defensor de Valentina de Andrade, indiciada como líder de uma seita e mentora intelectual dos homicídios
Proprietário do imóvel onde Fabrício Queiroz estava escondido, o advogado Frederick Wassef, notório por representar o presidente Jair Bolsonaro no caso Adélio Bispo e o senador Flávio Bolsonaro no esquema de “rachadinhas”, também faz parte da história jurídica do Pará.
Ele participou do chamado caso dos meninos emasculados em Altamira como advogado de defesa de Valentina de Andrade, indiciada como líder de uma seita e mentora intelectual de homicídios de meninos com idades entre oito e 14 anos. Desses, cinco corpos nunca foram encontrados, três sobreviveram, mas foram mutilados, e 11 foram assassinados e castrados.
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) informa que no ano de 2003, quatro pessoas foram levadas a julgamento ,acusadas da prática de uma série de tentativas de homicídio incluindo crianças e adolescentes, ocorridos entre 1989 e 1993, nos Estados do Pará e do Maranhão.
Segundo os autos, os assassinatos faziam parte do ritual de “magia negra” da seita Lineamento Universal Superior (LUS), que tinha a frente a vidente Valentina de Andrade. Entre os participantes do grupo, também estavam os médicos Anísio Ferreira de Souza e Césio Flávio Caldas Brandão, que seriam os responsáveis por emascular as vítimas.
Valentina foi absolvida, em 2003, por falta de provas, após investigação do delegado da Polícia Civil Éder Mauro, hoje deputado federal, então responsável pelo caso. O processo acabou proscrito pelo fato de Valentina ter mais de 70 anos na ocasião.
O médico Anísio Ferreira de Souza foi condenado a 77 anos de detenção, enquanto que Césio Flávio Caldas Brandão foi condenado a 56 anos. Também cumpre pena pelos crimes o ex-policial militar Carlos Alberto Lima, condenado a 35 anos de prisão.
Fonte: O Liberal
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Outro caso
O cientista político Alberto Carlos Almeida divulgou em seu perfil no Twitter que o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, já envolvido em uma investigação sobre o sacrifício de uma criança. O caso aconteceu na cidade de Guaratuba, no Paraná , no ano de 1992. Almeida mostrou uma edição do Jornal do Brasil sobre o caso:
Wassef faria parte de uma seita no começo dos anos 90. A polícia suspeitava que o grupo tivesse relação com o desaparecimento de uma criança de oito anos. Pela suspeita, Wassef e o argentino José Teruggi, que seria um dos líderes da seita, tiveram a prisão temporária decretada.
Segundo as investigações da época, foi encontrada uma fita de vídeo na qual Terrugi, que dizia ser um bruxo, pede para que sua mulher, Valentina de Andrade, mate uma criança.
Na época, Wassef forneceu à Polícia um endereço na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. Entretanto, as autoridades não encontraram ninguém no local. Wassef foi ouvido e liberado. Confira o tuíte:
Em 1992 ocorreu no Paraná uma investigação sobre uma seita que sacrificou uma criança. Quem veio a se tornar advogado de Bolsoanro, Frederick Wassef, estava envolvido. (DOL)
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