sexta-feira, junho 12, 2020

Ativista diz que foi ameaçado de morte após acusar Neymar de crimes

Agripino denunciou o jogador por homofobia contra o ex-namorado da mãe

O ativista LGBTI+ Agripino Magalhães relatou estar sofrendo ameaças de morte após denunciar Neymar Jr. no Ministério Público de São Paulo, por chamar Tiago Ramos, ex-namorado da mãe do jogador, de "viadinho" e outras ofensas homofóbicas em áudio vazado no início dessa semana. 

"Recebi mensagens pesadas nas redes sociais, mas comecei a ficar assustado mesmo com as ligações telefônicas. As pessoas me ameaçam e demonstram saber da minha rotina, da minha vida. Estou com medo", contou Magalhães à colunista Fábia Oliveira do jornal O Dia. 

Com a consultoria do advogado Angelo Carbone, o ativista está pedindo a prisão preventiva de Neymar e os 'parças' por crime de homofobia e formação de quadrilha, e também uma indenização de R$ 2 milhões, que serão doados a uma ONG em prol a comunidade LGBTQ+.

Neymar usou o termo "viadinho" para falar sobre o ex-namorado da sua mãe. Já os seus amigos, que não tiveram a identidade divulgada, ofereceram ajuda caso o craque do PSG quisesse se vingar de Tiago Ramos. "Vamos matar, enfiar um cabo de vassoura no c* dele", fala um deles.

Além da indenização e acusação, Agripino Magalhães também pede na justiça a apreensão do passaporte do atacante do Paris Saint-Germain, na França, para que o jogador não deixe o país.

"Não é compreensível o crime que Neymar praticou. Da mesma forma como não é compreensível chamar negro de "macaco" na hora da raiva", escreveu o ativista em uma publicação. "É pra isso que eu luto todos os dias! Não diminua o peso de algo que mata muitos de nós em nosso país", completou Magalhães.

Folhapress

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