A
Argentina prorrogou até 28 de junho o isolamento social obrigatório em Buenos
Aires, tanto a capital quanto a província, e em algumas outras partes do país,
como forma de evitar o aumento dos casos de coronavírus. O presidente Alberto
Fernández disse nesta sexta-feira que é provável que o país esteja vivendo o
pico do contágio.
A Argentina registrou
929 novas infecções nesta quinta-feira, uma das maiores contagens diárias desde
o início da pandemia. O país tem 20.197 casos totais, principalmente na cidade
e na província de Buenos Aires. O número total de mortes por causa do novo
coronavírus é de 615.
—
Desde mais ou menos duas semanas, o número diário de contágios está em mais ou
menos 900. O número cresceu muitíssimo. Pode ser que cresça um pouco mais —
disse o presidente.
A taxa de
mortalidade é de 12,8 por milhão de habitantes (com uma população de 44
milhões), uma das mais baixas da América Latina, revelou o presidente ao
mostrar um gráfico estatístico, aind ana noite de quinta.
— Nossos
resultados ainda são bons, mas ainda não superamos o problema — afirmou
Fernández.
A prorrogação de três
semanas do bloqueio, que expiraria em 7 de junho, impactará a capital, a
província de Buenos Aires e algumas outras áreas que representam a maior
concentração de infecções confirmadas, disse o presidente Alberto Fernández
durante uma entrevista coletiva na noite de quinta.
A cidade de Buenos Aires
e os 13 distritos que a circundam, um conglomerado de 14 milhões de habitantes,
"concentram 85% dos casos", informou o governador da província de
Buenos Aires, Axel Kicillof.
O
resto do país passará do isolamento para uma fase de "distanciamento
social obrigatório e preventivo".
A próxima
fase incluirá novas permissões, incluindo exercícios ao ar livre durante certas
horas na cidade de Buenos Aires, que tem a maior concentração de casos,
disseram autoridades.
A
Argentina está sob isolamento obrigatório desde 20 de março, embora as
autoridades já tenham relaxado as restrições em algumas áreas. O país proibiu
voos comerciais até 1º de setembro, uma das medidas de restrição de viagem mais
rígidas do mundo.
Segundo o
presidente Fernández, em 18 das 24 províncias do país "não há circulação
comunitária" do vírus, razão pela qual as medidas nestas áreas serão cada
vez mais flexíveis com muitas atividades reabilitadas. Mas continuam vetados em
todo o território a concentração de multidões, os espetáculos esportivos ou
musicais e qualquer tipo de aglomeração.
O
prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, disse que entende "a
angústia das pessoas" após quase 80 dias de confinamento.
—
Mas quero destacar o efeito positivo da quarentena. Se todos os casos
aumentarem, teremos que voltar atrás (nas medidas de alívio do isolamento
social) — observou Larreta.
Fojnte: Reuters
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