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O empresário bolsonarista Luciano Hang, o “Véio da Havan”, é alvo de uma investigação do
STF que apura supostas ameaças e ofensas a ministros da corte, além da
disseminação de notícias falsas acerca dos integrantes do tribunal.Em
entrevista exclusiva à Crusoé,
ele afirma que quer paz com o STF. E também trégua entre as instituições e
forças políticas em geral no país:
Crusoé – No inquérito do STF, o ministro Alexandre de Moraes fala que há indícios de que um grupo de empresários do qual o sr. faria parte financia a rede que dissemina fake news contra o Supremo. O sr. financiou, ainda que indiretamente, por meio de vaquinha, essas campanhas?
Hang – Jamais. Eu tenho minhas redes sociais e me comunico por elas. A
quebra do meu sigilo vai mostrar muito bem isso. Aliás, eu sou cobrado nas
minhas redes sociais porque eu não patrocino os canais conservadores.
Recentemente, o Olavo de Carvalho me criticou dizendo que eu fui lá e disse que
iria ajudá-lo, que arrumaria um programa de televisão em que ele pudesse falar
e que nem nisso eu o ajudei.
Não fiz durante a campanha e nem depois da campanha. Fui duas vezes na Paulista, mas jamais atentei contra o STF. Pelo contrário, quem tem um pouco de cabeça e de cérebro sabe que não pode se meter com alguém que não possa vencer. Jamais me meteria contra o STF.
Lá atrás já declarei que, de repente, você participa de algum grupo que fala mal de alguém. Eu falo por mim, ninguém é meu representante. Sou tido como alguém que fala a verdade e fala o que quer.
Então, tem que ver o que eu falei, e o que eu falei está nas minhas redes sociais. Fui convidado a participar de um ato na Paulista, em março. Não fui e publiquei que não iria porque era momento de cuidar da saúde, cuidar da economia e que não tivéssemos uma crise política.
Pedi naquele momento a união dos três poderes. Logo depois coloquei bandeira branca nas minhas lojas, pedindo a paz e a harmonia para que o Brasil pudesse ultrapassar este momento…
Crusoé – O sr. disse que estendeu a bandeira branca, mas o próprio presidente provoca um tensionamento com outros poderes. Isso já aconteceu inúmeras vezes. Não é uma contradição?
Hang – Eu acho que o presidente só se defende. Tenho certeza de que
o presidente Bolsonaro quer paz e harmonia. Falei para ele: ‘Presidente, senta
no colo, beija na boca, abraça’. É só com união que teremos o Brasil que nós
queremos. Não podemos continuar numa guerra sem fim, uma guerra de informações…
Crusoé – O sr. já incorporou o apelido “Véio da Havan”?
Hang – Tem Véio da Havan e agora já mandei fazer uma roupa de Zé Carioca.
Logo, logo eu vou estrear.
Na realidade, eu sou um marqueteiro. Faço do limão uma limonada. Sou disléxico. Aprendi a ler com doze anos de idade e até hoje tenho dificuldade. Mas tenho uma criatividade muito grande. Quem foi disléxico na vida? O Walt Disney, o Einstein. Todos os loucos são disléxicos. Eu sou um louco, um louco que deu certo. (Cruzoé)
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