Não
sou adepto de teorias conspiratórias, nem tampouco do quanto pior, melhor. É
pura burrice torcer contra qualquer governo, sobretudo quando se trata do lugar
onde a gente vive.
Tenho criticado com veemência, muitas atitudes do presidente Jair Bolsonaro, que vão de encontro ao bom senso. Sem medir as consequências, ele abusou de insultar os outros poderes, dando força a uma ala de apoiadores de extrema direita, que precisa desse tipo de apoio para prosperar.
Tudo de ruim que tem acontecido na política, com consequências nos três poderes, é péssimo para o país, e em nada contribui para melhorar a vida dos brasileiros. Pelo contrário, só serve para piorar o que já está muito ruim.
O presidente da República sofreu uma mudança brusca de comportamento, semana passada. De uma hora para outra, quase virou o Jairzinho paz e amor. Em vez de jogar gasolina na fogueira, como vinha fazendo reiteradamente, evitou conversar com apoiadores na entrada do Palácio do Planalto, e defendeu o respeito aos poderes.
Ele não fez isso por iniciativa própria, mas, seguindo os conselhos de seus ministros militares que atuam no seu entorno, que o orientaram a adotar um tom bem mais conciliador, sob pena de correr o risco de não concluir o mandato de quatro anos. Menos mal.
Tem um julgamento marcado no TSE, nesta terça-feira, que poderá mudar tudo isso. Nele, a chapa Bolsonaro-Mourão corre o risco de ter sua vitória nas urnas anulada, conforme pede a oposição. Minha expectativa é que o Tribunal Superior Eleitoral manterá o mandato do presidente.
A menos que o presidente da República volte e atacar os outros poderes de forma acintosa, não sou simpático à ideia de um possível processo de impedimento, que é sempre muito doloroso. Ademais, não é nenhuma honra virar o país onde mais se tira presidente por meio de impeachment.
A prisão do Queiroz também contribuiu bastante para dar uma sossegada no gabinete do ódio. Os filhos do presidente tiveram uma semana muito discreta e ocupados com outros assuntos. Primeiro, porque o preso sabe demais, segundo, porque o senador Flávio Bolsonaro teve uma semana de muito trabalho, tentando salvar a própria pele.
Seja lá como for, o importante mesmo, é que todos os brasileiros que torcem para que possamos administrar os nossos problemas com serenidade, pois, o que não falta é problema, terminaram a semana com uma ponta de esperança em tempos políticos mais calmos. Que o presidente Jair Bolsonaro mantenha esse perfil.
Ele já deu um bom sinal quando aceitou a indicação de Carlos Alberto Decotelli da Silva, feita pelos ministros militares, para o Ministro da Educação. É por aí. Mas, ainda é muito cedo para comemorar.
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