Diomar foi presidente da Câmara
Municipal de Itaituba, de 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2.000, no
primeiro período daquela legislatura, no governo de Edilson Botelho. Sua
eleição entrou para a história da política de Itaituba.
O então vereador Adalberto Viana
(Cabano), com apoio do Edilson Botelho, chegou na tarde do dia 1º de janeiro de
1997 com as honras de favorito e com a certeza da vitória, que havia sido
costurada durante a semana.
A eleição estava marcada para as seis da tarde. 6x5 era o placar que já estava definido em favor de Cabano, e apesar de todos o esforço do grupo de Wirland, nenhum vereador eleito da chapa tida como vencedora topou trocar de lado.
Foi aí que entrou o então deputado Wilmar
Freire em ação para virar o jogo a poucos minutos de começar a votação, que até
aquele momento tentara, sem êxito, conseguir mais um voto para o seu candidato.
Wilmar aproveitou um cochilo do outro lado, que
já dava a eleição como certa, para conversar a sós com Diomar, propondo-lhe a
presidência da Casa de Leis, com os cinco votos que a chapa apoiada por Wirland
tinha.
Depois de balançar pra lá e pra cá, Diomar
Figueira topou e, sem que nenhuma dos vereadores do seu lado soubesse, votou em
si mesmo, o que, juntando com os cinco votos dos vereadores do lado de Wirland
totalizaram os seis votos que precisava para virar presidente.
Houve tumulto, gritaria e tudo que tinha
direito numa reviravolta como aquela, mas, a votação obedeceu a todas as
exigências do Regimento Interno, e ponto final. O vereador Diomar Figueira
assumiu assim, a presidência.
Na 12ª Legislatura da Câmara Municipal de
Itaituba, de 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, Diomar Figueira foi
um dos vereadores eleitos, na chapa de oposição ao prefeito eleito Wirland
Freire, comandada por Edilson Botelho.
Poucas semanas depois de assumir o mandato de vereador,
Diomar recebeu um convite meu para um almoço no Restaurante do Caçador, na
Estrada do BIS.
O prato principal foi política, com direito a
convite para que ele passasse a fazer parte da base de apoio ao governo
municipal. Ele, como era de se esperar, pediu um tempo para pensar e para conversar
com sua base. Poucos dias depois Diomar disse que aceitava o convite. E foi
dessa maneira que ele passou para o lado de Wirland.
Ele participou de quatro
legislaturas. De 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, na décima
segunda legislatura; de 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000, na décima
terceira legislatura, quando foi presidente por dois anos, em 1997 e 1998; de
1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012, na décima sexta legislatura,
cumprindo os dois anos finais do mandato de Hilton Aguiar, que elegeu-se e
assumiu o cargo de deputado estadual, e de 1º de janeiro de 2013 a 31 de
dezembro de 2016.
Como se diz que
brasileiro tem memória curta, esse relato é importante para que se resgate a
memória política de Diomar Figueira, cuja passagem pela Câmara Municipal foi
muito mais longa do que muita gente imagina. Ele, como escreve o apóstolo
Paulo, combateu o bom combate em todos os campos da vida.
Descanse em paz, Diomar.
Jota Parente
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