G1 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em entrevista coletiva da Operação Lucas 12, nesta segunda-feira (24), afirmaram que não há dúvida de que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) é a autora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, inclusive ministrando veneno na comida da vítima e comprando a arma do crime.
As investigações demonstram que o plano de matar Anderson começou em maio de 2018, com um envenenamento em doses por arsênico, mas foi concluído com a execução com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019, na porta de casa.
"Flordelis, além de arquitetar todo esse plano, financiou a compra dessa arma, convenceu pessoas a realizar esse crime, avisou sobre a chegada da vítima ao local e tentou ocultar provas. Não resta a menor dúvida deque ela foi a autora intelectual, a grande cabeça desse crime", afirmou o delegado Allan Duarte.
Interceptações em poder da investigação dão conta de que ela não poderia se separar de Anderson.
“Quando ela fala com um dos filhos sobre os planos de matar Anderson, ela disse: ‘Fazer o quê? Se eu separar dele, vou escandalizar o nome de Deus’”, afirmou o promotor Sérgio Luiz Lopes Pereira, do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Flordelis também foi denunciada por associação criminosa.
“Uma associação criminosa que começou para matar por envenenamento, depois por arma de fogo, e por último para fraudar as investigações, com uso de contrainformações”, disse o promotor.
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