Olha que eu gosto muito de futebol. Gosto ainda mais quando há um jogo de quartas de final como o esperado Barcelona x Bayer de Munique, de hoje à tarde. Porém, depois do quarto gol do time alemão eu comecei a ficar com pena do representante espanhol na competição.
O que aconteceu, hoje, foi um
verdadeiro massacre futebolístico a partir do momento que Bayer marcou o
segundo gol, porque, até aquele momento o jogo estava equilibrado. Aliás, a
posse de bola foi meio a meio durante quase toda a partida. Mas, ficaram para
trás os tempos em que o Barça ficava até mais de 70% do tempo com a bola, e
sabia muito bem o que fazer com ela, pois costumava massacrar os adversários.
O time do Bayer é avassalador. Tem
sido assim durante quase toda a atual edição da Champions League. Se tem alguma
equipe que joga o que se chama de futebol moderno, nos dias de hoje, podem ter
certeza de que seu nome é Bayer de Munique. Não é sem razão que venceu os
últimos dezenove jogos.
Impressiona o equilíbrio entre os
setores de defesa, meio-campo e ataque. Há um sincronismo que encanta quem assiste
e assusta quem tem que enfrentar. E não importa que o placar esteja marcando
3x0, 6x2 a seu favor. A ordem é continuar atacando até o último minutos. E foi
por causa dessa volúpia que oito bolas entraram hoje no gol do Barcelona. E
poderia ter sido pior.
Até o final da competição, todos os
confrontos serão únicos. Em futebol pode acontecer surpresas. E como elas
acontecem. O futebol é, sim, uma caixa de surpresas. De vez em quando prega
umas peças, contudo, como na maioria dos esportes coletivos, o melhor costuma
vencer. E hoje, o melhor de time da Europa é o Bayer. Aquela história de que
futebol não tem lógica ficou para trás.
Parar o campeão alemão é uma missão
difícil de ser executada na atual Champions League. Se não for por um acidente
de percurso, num daqueles dias que a bola não entra, e o adversário faz um gol
e não sofre nenhum, está complicado mandar o Bayer pra casa antes de levantar a
taça de campeão europeu.
O jogo de hoje foi uma aula de
futebol, de um lado, e uma demonstração clara de que o Barcelona precisa se
reinventar, de outro. Foi sua mais acachapante derrota na Champions, mas, não
foi a primeira eliminação, e pior, por placares sempre avantajados. Messi já
avisou, que do jeito que está não dá para ele ficar. Seu contrato termina ano
que vem.
Gostaria muito de ver Neymar levantar
a taça, mas, o PSG precisa jogar muito mais do que vem jogando para chegar a
essa tão sonhada consagração.
E dessa forma melancólica, O Barcelona
do grande Leonel Messi, que pouco pôde fazer hoje, termina o ano sem ganhar
nada. Saiu da Copa do Rei no meio do caminho, perdeu um Campeonato Espanhol que
parecia ganho, e saiu da Champions League de maneira vergonhosa. Como bem disse
Piquet, a única palavra que expressa o que os jogadores e a comissão técnica do
Barcelona sentiam ao final do jogo é: vergonha.
Quem será a próxima vítima?
Jota Parente
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