Com muito cuidado com as palavras, Dirceu conversou com a reportagem do blog após sua fala.
O cuidado foi para evitar melindres com quem quer que seja. De modo especial com seu colega de parlamento, o vereador Wescley Tomaz, que não compareceu hoje porque viajou para Belém.
Semana passada, o vereador Wescley usou a Tribuna para dizer que estava propondo a inclusão da região garimpeira do Crepurizão, do Crepurizinho e de outras comunidades garimpeiras adjacentes, em um novo mapa do distrito, para efeitos da emancipação futura, pois elas estão fora do mapa original.
A fala do vereador provocou algumas reações. Primeiro, porque tornaria a área total do futuro novo município, que um dia será criado, muito maior do que o município de origem, segundo, retirando os citados garimpos, a sangria seria muito grande na economia da área remanescente.
As comunidades em questão são totalmente favoráveis a pertencerem ao novo município por razões óbvias: ficariam próximas da nova sede, em vez de terem que se deslocar por cerca de 500 km até a cidade de Itaituba.
"O vereador Wescley é um grande parceiro nosso. Vamos trabalhar juntos nessa causa. Ele compreendeu as nossas colocações. A preocupação dele faz todo sentido. Infelizmente, não tem como mexer no mapa original", disse Dirceu.
Embora esse seja o desejo daquelas comunidades, fazer parte do futuro novo município de Moraes Almeida, o Comitê Gestor que trabalha pela emancipação do distrito, não aprovou a ideia.
Faz tempo que o Comitê Gestor tem observado com cuidado essa questão. A preocupação é não acontecer o mesmo que ocorreu com Tapajós e Carajás, que queriam deixar uma área muito pequena para o que restaria do Pará, caso a divisão tivesse sido aprovada no plebiscito.
Depois que o Jornal do Comércio na edição digital de semana passada, deu a notícia em todos os detalhes, a repercussão foi bastante forte.
O Comitê Gestor, do
qual o vereador Dirceu faz parte, conversou com o vereador Wescley Tomaz,
mostrando os motivos pelos quais não apoia aumentar a área. Wescley compreendeu
a situação depois de todas as explicações, disse Dirceu.
Por enquanto não se fala mais no assunto.
Olhando o mapa com olhar analítico, constata-se que a preocupação de Wescley faz total sentido.
O blog traçou uma linha. Na parte extrema superior da linha, está Itaituba e na parte de baixo, Crepurizão.
Quem tiver alguma coisa para resolver depois que Moraes virar município, terá que passar por dentro da futura nova cidade, passar por Trairão, até chegar a Itaituba, pois não existe caminho alternativo.
O que aconteceu é que existem implicações na discussão da criação de uma nova unidade, que muitas vezes podem ir de encontro até ao que parece mais do que lógico, como é o caso.
Que é esquisito, é.
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