Guedes respondia a uma pergunta sobre a preservação da Amazônia, motivada pela preocupação de investidores estrangeiros com a preservação da floresta nativa brasileira.
"Eu só peço que vocês sejam gentis, pois nós somos muito gentis. Nós entendemos sua preocupação. Tendo vivido tudo o que vocês viveram, vocês querem nos poupar de destruir nossas florestas, como vocês destruíram as de vocês. Vocês querem nos poupar de perseguir índios, nativos. Nós entendemos isso", declarou.
A videoconferência foi promovida pelo Aspen Institute, um "think tank" (instituição destinada ao debate de ideias) internacional fundado em 1949.
Nesta semana, o Ministério do Meio Ambiente propôs, em ofício enviado para o Ministério da Economia, a redução da meta oficial de preservação da Amazônia. Depois, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recuou (veja vídeo abaixo). Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento na região cresceu quase 30%.
O ministro da Economia afirmou que a Amazônia é território brasileiro e que as florestas serão preservadas.
"Nós estamos estamos no acordo de Paris, temos crédito de carbono. Vamos taxar o carbono no Brasil, vamos preservar nossas florestas. Não precisamos ir à Amazônia para produzir bens agrícolas. Isso não vai acontecer", disse.
Ele afirmou que os militares brasileiros amam a Amazônia, fazem treinamentos na região durante o período de formação e não atacam índios.
Nesse momento, ele citou o general norte-americano George Armstrong Custer, que morreu enfrentando índios nativos nos Estados Unidos.
"Isso não aconteceu aqui. Grandes histórias sobre como matamos nossos índios são fake", declarou.
Guedes disse ainda que, com exceção de Canadá e Rússia, o Brasil é o país com a maior parte de sua região natural preservada.
"Não há caso de extinção com guerras, extermínios, como aconteceu em vários países e nos Estados Unidos. Nós sabemos da história dos Estados Unidos, sabemos que vocês tiveram guerra civil, escravidão", disse.
Dinte: G1
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