A presença do advogado Luiz Henrique (foto), diretor do Procon fez com que a sessão de hoje da Câmara Municipal se estendesse bem mais do que o normal, sobretudo em plena campanha eleitoral.
Depois que os vereadores inscritos usaram a tribuna, e hoje poucos falaram, pouco depois de 10:30 da manhã ele foi convidado para falar, inicialmente, a respeito dos constantes aumentos do preço da carne, em Itaituba, que está se transformando em artigo de luxo, ficando cada vez mais difícil para a população de baixa renda manter esse item essencial no seu cardápio.
O convite nasceu depois de uma solicitação do vereador Peninha, por meio de um requerimento aprovado.
Luiz Henrique disse que o Procon tem agido reiteradas vezes, procurando apresentar respostas satisfatórias para os consumidores, porém, a tal da lei da oferta e da procura é que vem causando esse problema. E essa lei não pode ser revogada.
Segundo Luiz Henrique, por causa da pandemia da Covid-19, o Brasil, de um modo geral, enfrentou e continua enfrentando problemas no abastecimento em uma série de produtos, e isso inclui os gêneros alimentícios.
No caso de Itaituba, os produtores de carne estão exportando a maior parte do que produzem, o que criou o problema, que tem sido parcialmente contornado com a vinda de carne de um frigorífico de Novo Progresso, que embora esteja vendendo a um preço bem menor do que o que vem sendo praticado pelos pecuaristas de Itaituba, já está falando em aumentar.
Em suma, Luiz Henrique deixou claro, que mesmo com todo o esforço, o Procon praticamente nada pode fazer para, sequer, frear esse aumento crescente e provavelmente abusivo do preço.
Mas, nem só de carne se falou durante o tempo de mais de uma hora que o diretor do Procon esteve na tribuna. Falou-se de Equatorial Energia, com muitas reclamações dos vereadores a respeito da péssima qualidade da energia elétrica entregue pela concessionária, sobretudo no interior; falou-se de um assunto recorrente, que é a excessiva e revoltante espera nas filas de atendimento dos bancos.
Luiz Henrique disse, citando o caso do Bradesco, que o banco prefere pagar as multas que são aplicadas, podendo chegar a R$ 80 mil, como uma que está para ser decidida pela justiça, do que investir na contratação de mais pessoas, sempre com a desculpa de que hoje, cerca de 80% dos serviços podem ser feitos nos terminais, ou pelo internet banking.
Um assunto que também rendeu muito foi a qualidade ruim do serviço de internet no município.
Foram inúmeras as reclamações.
Ficou acertado entre o Procon e a Câmara, que será marcada uma reunião para a qual serão convidados os representantes dos provedores locais para que eles esclareçam para vereadores e Procon, e por conseguinte, para a população de Itaituba, o porquê dessa interminável insatisfação de quem usa internet por essas bandas.
Jota Parente
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