Os cinco políticos com maior índice de rejeição do país entre as 13 capitais com pesquisa divulgada, sem considerar a margem de erro de 3 ou 4 pontos, estão na mira do Ministério Público, são vítimas de processo de impeachment ou têm ligações com clãs envolvidos nesses casos.
O recorde é registrado no Rio de Janeiro, onde 57% dos entrevistados afirmam que não votariam de jeito nenhum no prefeito Marcello Crivella (Republicanos), candidato à reeleição.
Ele é investigado no caso do suposto “QG da Propina” e tem ainda a gestão avaliada como ruim ou péssima por 66% dos cariocas.
Coutinho está empatado tecnicamente no ranking de rejeição com o deputado federal e candidato em Belém, José Priante (MDB), com 40%, primo do governador Helder Barbalho (MDB), investigado por suspeitas de corrupção na Saúde. Ele é seguido pela deputada federal Clarissa Garotinho (Pros), candidata no Rio, com 38%, filha do ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, condenados por esquemas de corrupção e improbidade administrativa.
Fecha a lista o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), com 37%, também alvo de processo de impeachment na Câmara pelo uso de R$ 3,1 milhões do Fundo Municipal de Saúde para pagar publicidade.
As pesquisas do Ibope mostram que “ser honesto” é um dos principais atributos avaliados pelo eleitor. No Rio, 67% dizem que esta é a principal qualidade.
A redução da rejeição é um desafio para as campanhas nos próximos 40 dias. O início das inserções em rádio e televisão, a partir de amanhã, é visto como decisivo para diminuir o olhar negativo do eleitor. Para Marco Antonio Carvalho Teixeira, cientista político da FGV, os números divulgados podem mudar estratégias:
— A rejeição é um termômetro perigoso, quando maior do que a aceitação, pode indicar que, por mais que seja um bom candidato de primeiro turno, é inviável no segundo. oito capitais com candidatos à reeleição, em sete o maior índice de rejeição é do atual mandatário. A rejeição a Crivella é oito pontos percentuais maior do que a do ex-governador da Paraíba e candidato à prefeitura de João Pessoa (PB), Ricardo Coutinho (PSB), com 43%. Preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário, é acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro da Saúde.
Fonte: Globo/Extra
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