Puxada pela alta no preço dos alimentos e das peças de vestuário, a inflação registrada na região metropolitana de Belém subiu 1,18% em outubro, superando a alta do mês anterior (0,95%) e classificando-se como a segunda maior do Brasil, ficando abaixo apenas de Rio Branco/AC (1,37%). No ano, a variação acumula alta de 2,57%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (6) pelo IBGE.
A maior variação no IPCA veio do grupo alimentação e bebida (2,42%), puxado principalmente por alimentos para consumo no domicílio (2,99%), com aumento nos preços do óleo de soja (25,58%), do tomate (18,69%) e da batata-inglesa (17,01%). Por outro lado, houve redução no valor da cebola (-12,57%), da cenoura (-6,36%) e da melancia (-5,96%).
A segunda maior variação foi do grupo de vestuário (2,41%), com aumento de 2,53% no valor das roupas e de 1,99% no valor dos calçados. Entre as regiões observadas, Belém teve a maior alta nos preços do setor.
Já o valor dos transportes acompanhou a alta registrada no Brasil (1,19%) e também cresceu na região metropolitana de Belém (0,88%). O principal responsável pelo aumento foi o valor das passagens aéreas, que após quedas de preço registradas nos meses anteriores (com variação de 34,37% em junho), em outubro teve a maior alta desde a pandemia (39,42%). Em contrapartida, o preço da viagem em ônibus interestadual (-2,66%) e o valor do óleo diesel tiveram queda (-3,56%).
Entre os grupos que tiveram redução no preço, destacam-se comunicação (-0,87%%), produtos farmacêuticos e óticos (-0,77%) e recreação e fumo (-0,76%)
Em contramão com a tendência nacional, que registrou variação média de 0,36% no preço das habitações (que inclui aluguel e manutenções gerais da casa), a região metropolitana de Belém apresentou variação de 1,12%, representando alta no valor dos serviços de reparação, manutenção e custeio da residência.
Os grupos que têm maior peso no orçamento das famílias paraenses são: alimentação e bebidas (26%), transportes (18%), habitação (16%) e saúde e cuidados pessoais (13%). Sendo destinados a eles mais de 70% da renda mensal das famílias.
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