Vacina de Oxford alcança até 90% de eficácia
A farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford (Reino Unido) anunciaram na manhã do dia 23 de novembro que sua vacina candidata contra a Covid-19, a ChAdOx1 nCov-2019, tem eficácia de 90% contra o novo coronavírus com apenas uma dose, segundo dados preliminares de seus ensaios clínicos.
O imunizante, testado no Brasil, é desenvolvido a partir de um adenovírus de chimpanzé usado como vetor viral para estimular a resposta imunológica contra o Sars-CoV-2.
Nenhum efeito grave de segurança relacionado à vacina foi confirmado e ela foi bem tolerada em todos os regimes de doses, de acordo com os dados. Os resultados preliminares incluíram testes em mais de 2.000 pessoas e 131 contraíram a doença. Os testes clínicos em grande escala de fase 3 envolvem 60 mil pessoas no mundo e acontecem nos Estados Unidos, Japão, Rússia, África do Sul, Quênia e América Latina.
A candidata a vacina Oxford/AstraZeneca está sendo testada no Brasil em estudo liderado pelo Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério da Saúde fez acordo com a farmacêutica para adquirir doses da vacina e para a produção dela no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a executiva de operações da AstraZeneca, Pam Cheng, a farmacêutica terá 200 milhões de doses da vacina até o final deste ano, com 700 milhões de doses prontas globalmente até o final do primeiro trimestre de 2021.
A Fiocruz diz que pode produzir doses suficientes para vacinar 130 milhões de brasileiros ao longo de 2021, metade deles em cada semestre, uma vez que a vacina seja aprovada.
No dia 23 de novembro as empresas também anunciaram que pedirão autorização para uso emergencial da vacina da Covid-19 no Brasil. Caso a Anvisa aprove o imunizante, população brasileira deve começar a ser vacinada em janeiro, afirmou chefe dos estudos no país.
Vacina da Moderna é 94,5% eficaz
Sputnik V tem 92% de eficácia, afirma Rússia
Pfizer e BioNTech anunciam que vacina é 90% eficaz
Os pesquisadores informaram ainda que os resultados foram melhores do que 'ousavam imaginar', mas que a vacina provavelmente não estará disponível em larga escala antes de março. O estudo contou com 30 mil voluntários saudáveis, com mais de 18 anos, nos EUA. Parte deles recebeu a dose da vacina experimental, e a outra parcela tomou um placebo.
O Brasil não tem, no momento, nenhum acordo com a farmacêutica Moderna para compra e distribuição do imunizante. Também não há voluntários brasileiros participando do teste.
A vacina russa Sputnik V é 92% eficaz na proteção contra Covid-19, de acordo com os resultados preliminares dos testes. A notícia foi anunciada pelo governo russo no dia 11 de novembro, e surge enquanto Moscou se apressa para acompanhar as farmacêuticas ocidentais na corrida por um imunizante. Os resultados são baseados nos dados dos primeiros 16 mil participantes que receberam as duas doses da vacina, informou o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que tem apoiado seu desenvolvimento e comercialização globalmente.
No entanto, especialistas dizem que o conhecimento sobre protocolo e dados do estudo russo é escasso, o que torna difícil interpretar as informações divulgadas nesta quarta-feira. Cientistas levantaram preocupações sobre a velocidade com que Moscou tem trabalhado, dando aval regulatório para a vacinação e lançando um programa de vacinação em massa antes que os testes completos para testar sua segurança e eficácia tenham sido concluídos.
A Rússia registrou sua vacina Sputnik V para uso público em agosto, o primeiro país a fazê-lo, embora a aprovação tenha ocorrido antes do início do ensaio em grande escala em setembro. O chamado ensaio de fase 3 do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya está ocorrendo em 29 clínicas em Moscou e envolverá 40 mil voluntários no total.
Em setembro, a Bahia firmou o compromisso de comprar 50 milhões de doses para distribuir no Brasil. O estado do Paraná foi o primeiro a firmar um acordo com os russos, em agosto.
elo Instituto Gamaleya está ocorrendo em 29 clínicas em Moscou e envolverá 40 mil voluntários no total.
Em setembro, a Bahia firmou o compromisso de comprar 50 milhões de doses para distribuir no Brasil. O estado do Paraná foi o primeiro a firmar um acordo com os russos, em agosto.
A farmacêutica americana Pfizer disse no dia 9 de novembro que sua vacina experimental foi mais de 90% eficaz na prevenção da Covid-19 com base em dados iniciais do estudo da fase 3. A Pfizer e o laboratório de biotecnologia parceiro, o alemão BioNTech, foram os primeiros fabricantes de medicamentos a apresentar dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em grande escala de uma vacina contra o coronavírus.
As empresas disseram que até agora não encontraram nenhuma questão séria com a segurança do imunizante. No dia 20 de novembro, anunciaram o pedido de autorização emergencial para a comercialização de sua vacina contra a Covid-19 ao Food and Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Anvisa no Brasil, tornando-se o primeiro fabricante a dar esse passo nos EUA.
A FDA não informou quanto tempo levará para examinar os dados, mas o governo dos EUA se prepara para que o sinal verde para a vacina se dê até a primeira quinzena de dezembro. Um executivo sênior da farmacêutica afirmou que espera lançar rapidamente o imunizante na América Latina, pouco depois que receber a autorização de emergência nos EUA.
A vacina é testada no Brasil, mas o país ainda não firmou acordos com a Pfizer. A farmacêutica e o laboratório alemão BioNTech informaram que fizeram uma proposta ao governo brasileiro para a comercialização do imunizante.
O governo de São Paulo recebeu na manhã do dia 11 de novembro as primeiras 120 mil doses da vacina CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac. A vacina é testada e desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan e está na fase final de testes em voluntários (fase 3). Se a vacina for eficaz, São Paulo receberá até 6 milhões de doses do laboratório chinês.
Num cenário otimista de aprovação, as primeiras pessoas poderiam ser vacinadas em janeiro de 2021. O governo paulista anunciou hoje que uma análise preliminar de eficácia deve começar a ser feita em dezembro.Na primeira semana de janeiro pode ser possível já apontar, de modo provisório, se a vacina é eficaz ou não.
No dia 17 de novembro, a revista médica "Lancet Infectious Diseases" publicou a versão final do estudo com os resultados das fases 1 e 2 do teste da CoronaVac, realizadas na China para medir segurança e eficácia de vacina.
No dia 20 de outubro o Ministério da Saúde havia anunciado a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, mas menos de 24 horas depois o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o imunizante contra o novo coronavírus "não será comprado" pelo governo brasileiro.
A farmacêutica americana Johnson & Johnson está testando sua candidata a vacina contra a Covid-19 em um ensaio clínico com 60 mil pessoas em diversos países, incluindo o Brasil.
A empresa ainda não fez anúncio de análises preliminares, mas afirmou que espera apresentar resultados antes do fim do ano. A Johnson & Johnson sugeriu que poderia entrar em contato com os reguladores dos EUA para obter uma autorização de uso emergencial logo no início de 2021.
Ainda não foram oficializados acordos entre a empresa e o governo brasileiro para a compra da vacina.
Uma vacina candidata contra a Covid-19 apoiada pelo governo da Índia poderá ser lançada em fevereiro, meses antes do esperado. Os testes de estágio avançado começam em novembro e os estudos feitos até agora indicam que ela é segura e eficiente, disse à Reuters Rajni Kant, cientista do governo indiano.
A Bharat Biotech, empresa privada que está desenvolvendo o imunizante, batizado de Covaxin, com a estatal Conselho Indiano de Pesquisa Médica, esperava anteriormente lançá-la somente no segundo trimestre do ano que vem.
A empresa chinesa especializada em vacinas CanSino obteve aprovação de patente junto ao governo chinês para sua candidata à vacina contra a Covid-19, Ad5-nCOV, em agosto.
A vacina usa um vírus inofensivo do resfriado conhecido como adenovírus tipo 5 (Ad5) para transportar material genético do coronavírus para o corpo. Está atualmente em ensaio de fase 3. Ela foi inoculada em integrantes das Forças Armadas chinesas sob aprovação de Pequim, além de médicos, enfermeiros e funcionários que atuam nas fronteiras do país.
A OMS diz estar "está promovendo um diálogo aberto e regular entre pesquisadores e desenvolvedores de vacinas para agilizar o intercâmbio de resultados científicos, debater preocupações e propor métodos rápidos e robustos para avaliação de vacinas". A organização defende o respeito e cumprimento dos protocolos e regulamentos em vigor no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde, a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias e a Gavi, a Aliança pela Vacina, estão trabalhando juntas para obter acesso igualitário e amplo entre os países. Eles delinearam um plano de US$ 18 bilhões em junho para lançar vacinas e garantir dois bilhões de doses até o final de 2021.
Mas a orientação é que países não esperem pela imunização e façam o que for possível para controlar a pandemia. Para tanto, a OMS vem reafirmando diariamente que é possível controlar a disseminação da doença e reduzir a mortalidade com políticas de testagem em massa, rastreamento de casos suspeitos e adoção de medidas de distanciamento social e higiene, com o devido exemplo de lideranças e com apoio às comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
O governo norte-americano fez acordos para adquirir centenas de milhões de doses de potenciais vacinas para a Covid-19 de diversas empresas como parte do programa Operação Warp Speed, que tem o objetivo de disponibilizar uma vacina no país até o final do ano.
Em agosto, o governo dos Estados Unidos fechou um acordo bilionário com o laboratório americano Moderna e pagará cerca de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,07 bilhões) por 100 milhões de doses da potencial vacina contra a Covid-19.
O país também havia fechado acordo com a farmacêutica francesa Sanofi SA e sua parceira britânica GlaxoSmithKline Plc (GSK). O montante de US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 10,8 bilhões) deverá cobrir 100 milhões de doses e o custeio dos testes e da produção do imunizante.
O acordo da Sanofi-GSK com os EUA dá à Casa Branca a opção de compra de mais 500 milhões de doses por um preço ainda não especificado e prevê a distribuição para a população sem custos.
A Pfizer Inc e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech SE também firmaram um acordo de US$ 1,95 bilhão (R$ 9,9 bilhões) com o governo norte-americano para produzir e entregar 100 milhões de doses da vacina.
O governo dos EUA já fechou acordos similares com outras parceiras: AstraZeneca, Novavax, Jansen Research & Development e MSD/IAVI. Os EUA também financiaram um imunizante testado pela Johnson & Johnson em US$ 456 milhões.
No dia 16 de novembro, o Reino Unido garantiu a compra de cinco milhões de doses da candidata à vacina produzida pela Moderna.
Em julho, o país havia assinado um acordo para receber até 60 milhões de doses de uma possível vacina contra a Covid-19. O projeto está sendo desenvolvido pelas farmacêuticas Sanofi e pela GlaxoSmithKline (GSK).
Até então, o governo britânico havia fechado mais negociações de fornecimento de vacinas contra o novo coronavírus do que qualquer outro país, garantindo assim 250 milhões de doses para uma população de 66 milhões habitantes.
A União Europeia também tem sido agressiva na obtenção da imunização, muito antes que alguém saiba se as vacinas irão funcionar. A UE já chegou a um acordo com a AstraZeneca em junho para a compra antecipada de 400 milhões de doses, que estará inicialmente disponível para todas as nações do bloco.
A Comissão Europeia anunciou no dia 13 de agosto que reservou até 400 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório americano Johnson & Johnson.
As conversas entre a Comissão e a empresa concluídas na data tinham como objetivo estabelecer um princípio de acordo para uma primeira compra de 200 milhões de doses, que poderá ser acompanhada de uma segunda, com um número semelhante de doses, informou a Comissão.
No dia 24 de agosto, a Moderna anunciou que planeja fornecer 80 milhões de doses de sua vacina experimental contra o coronavírus para a União Europeia, após uma série de acordos de fornecimento entre desenvolvedores de vacinas e governos. O acordo inclui uma opção para os países membros da UE comprarem 80 milhões de doses adicionais, de acordo com o comunicado divulgado.
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