O vereador Wescley Tomaz prometeu fazer um discurso na sessão de hoje na Câmara, no qual relataria o que aconteceu até agora na corrida pela presidência da Casa de Leis.
O
discurso aconteceu, porém, quem foi para lá esperando que ele soltasse os
cachorros pra cima do prefeito e de vereadores que estiveram apalavrados com
sua candidatura, não ouviu o que esperava.
Calmo,
falando pausadamente sem citar o nome de Valmir em nenhum momento, Wescley deu
o recado, deixando claro que não estava zangado, mas, muito magoado com a
maneira como as coisas aconteceram até a unção Dirceu Biolchi como candidato do
prefeito.
O
vereador que foi o segundo mais bem votado na eleição deste ano, disse que não
faria muito arrodeio sobre o que foi falado durante a semana passada, algumas
coisas que ele já havia afirmado antes.
“É
um direito de qualquer vereador eleito disputar a presidência, mas, como o
governo do qual eu faço parte e ajudei a eleger, conseguiu eleger doze
vereadores, eu pensei em conversar com o líder sobre quem seria o candidato do
governo.
Não
existia candidato do governo, e sendo assim, coloquei meu nome à disposição.
Existe alguém abençoado, algum preferido? Nunca existiu! E assim, me lancei na
disputa pela presidência, juntamente com o colega Dirceu Biolchi.
Articulação
pra cá, articulação pra lá. Pra resumir essa história de eu ser candidato, não
existe traidor nisso, vereadora Maria e vereador Nem, porque a conversa antes,
era de que o governo não iria se meter, porque eram dois vereadores da base
aliada.
Falam
agora, que o combinado era o vereador mais votado (ser o candidato). Isso foi
combinado com quem? Eu nunca fui informado disso. O combinado era que se os
candidatos fossem da base, ninguém se meteria.
Não
sei se foi premeditado, se foi de caso pensado, porque eu me lembro, que há
duas semanas o vereador Dirceu me chamou para conversar, quando ele me disse: “Wescley,
larga de confusão, vem pro meu lado.” E eu disse a ele: vereador, se eu tenho
oito votos e o senhor tem seis, porque o vereador eleito Conrado não vota em
ninguém, porque eu tenho que conversar?
Eu
sei que no final das contas, sempre existiu um candidato de preferência do governo
e esse candidato não era eu.
Não
estou aqui choramingando por não ser o presidente declarado, o presidente
eleito (antecipadamente), porque numa disputa, ganhar e perder fazem parte (do
jogo). Ganhar é muito bom, mas, é bom saber perder. Parece que foi premeditado
para mostrar força e humilhar os vereadores Wescley, Maria e Nem.
Eu
não sei quem é que vai sair ganhando com tudo isso, porque poderíamos muito bem
terminar o ano comemorando a vitória do MDB em Itaituba. O governo vai terminar
o ano dividido. Tem muita gente lá dentro que não tem coragem de falar, mas, não
gostou da atitude. Não vou bater de frente, porque a gente não tem a mesma
força.
Quero
dizer ao vereador Dirceu: eu não vou votar em você. Não é nada pessoal, mas,
não vou votar em você.
Eu
perdi essa presidência por imposição. Não foi na disputa do voto dos
vereadores. Foi uma imposição de cima para baixo.
A
minha tristeza e a minha insatisfação são pela forma como tudo isso aconteceu,
e poderia ser muito bem evitado.
Vereador
Maria e vereador Nem não mereciam passar por todo esse constrangimento. Eles
nunca foram infiéis ao governo. Sempre defenderam o governo e sempre votaram a
favor do governo. E pela primeira vez não acompanharam o prefeito. Isso não
quer dizer traição, até porque, na teoria este poder deveria ser independente”,
finalizou Wescley.
Foi
dado o recado pelo vereador.
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