O presidente Jair Bolsonaro colocou
Pazuello no Ministério da Saúde com um objetivo muito claro: dar um basta na
sangria do dinheiro público que existe há muito tempo nessa pasta e em outras.
E também para tentar se virar como ministro.
A primeira parte ele cumpriu bem.
Quanto à segunda, deixou muito desejar, porque como disse certo político
itaitubense, “não era sua praia”. Mas, não foi só por isso.
O agora ex-ministro disse que no final
do ano passado houve uma verdadeira procissão de pessoas mandadas ao ministério
com pedidos de políticos. Queriam dinheiro vivo, um presentinho de final de
ano, na maior desfaçatez, como se fosse a coisa mais normal do mundo. O nosso
dinheiro, porque governo não tem dinheiro.
Pazzuelo falou, também, dos movimentos
internos para derrubar o ministro, feito por médicos do ministério. Uma pouca
vergonha sem tamanho.
A corrupção foi institucionalizada neste
país. E não é de hoje. Tem muita gente que aceita e vota em candidatos conhecidos
como “rouba, mas faz”, prática que começou lá atrás, nos anos 1950, com Ademar
de Barros, que fez escola.
Mesmo com as “rachadinhas” da vida e
outras traquinagens dos seus filhos, penso que o presidente Jair Bolsonaro
tinha intenção de dar um basta na roubalheira no Brasil, porém, do jeito dele,
no peito e na marra.
Em vez de aumentar sua força política,
como faz qualquer político quando assume cargo de comando no Poder Executivo, o
presidente possou a tripudiar quase todos os políticos do país, incluindo os
governadores de estado.
Voltando ao general Eduardo Pazzuelo,
seu grande erro foi aceitar todas as imposições de Bolsonaro, incluindo a
cloroquina que o então ministro teve que engolir.
Ele é um homem, que no Exército Brasileiro,
tem um currículo de dar inveja até a muitos outros generais. Ele manchou um
pouco sua até então impecável biografia, para ser agradável ao chefe, que
ferrou com ele, que saiu sem deixar saudades.
Em Brasília, presidente Bolsonaro, tem
muito pouca gente interessada em acabar com a roubalheira geral que assola o
país. Pazuello e seus pares militares das três forças são exceções. Eu apoio o combate ao saque, o pior de todos
comandado pelo Partido dos Trabalhadores, mas, fiquei velho esperando por isso,
sem ver bons resultados. O Brasil é assim. Infelizmente.
É pouco para sua estatura, mas Pazuello
daria um ótimo secretário geral de qualquer ministério com grande orçamento. O
secretário geral é quem toca, de fato, um ministério, porque ele é quem sabe de
tudo.
Enquanto isso, enquanto o eleitor
brasileiro não entender que, se votar em ladrão, vai ser roubado, segue a
procissão com os baús cheios de ouro e prata que os súditos da nação encheram
para deleite da corte.
Jota Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário