Um vídeo feito em conjunto por ativistas brasileiros e estrangeiros e que está sendo enviado a congressistas norte-americanos e funcionários do governo envolvidos com a agenda ambiental insta o governo Joe Biden a não fechar acordo com o governo brasileiro para financiar ações de proteção ambiental. "Não confie em Bolsonaro", diz a mensagem final do vídeo, em inglês.
Na peça, os ativistas listam razões pelas quais não seria possível acreditar na intenção de Jair Bolsonaro e Ricardo Salles de reverem sua política ambiental, que tem resultado em recordes sucessivos de desmatamento e queimadas e desmontado as estruturas de fiscalização de órgãos como Ibama e ICMBio.
"Bolsonaro quer seu dinheiro", diz o vídeo. "Mas os Estados Unidos podem confiar em Bolsonaro?", questionam os ativistas, que o chamam de "o pior inimigo da Amazônia".
A peça, que já circula entre os democratas norte-americanos, diz que Salles é próximo a grupos que praticam a derrubada ilegal de madeira, e informa sobre a demissão do ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas Alexandre Saraiva, que comandou ação contra o desmatamento e ofereceu notícia-crime contra o ministro.
No vídeo são listadas outras razões pelas quais, segundo os grupos -- que preferem manter o anonimato da ação, por medo de represálias do governo -- o governo Biden não deveria dar dinheiro para fortalecer Bolsonaro: ele é acusado de ser próximo de milícias, apresentadas como "grupo paramilitares", de incitar a insubordinação nas forças policiais estaduais, de ser "abertamente racista", de ser próximo à extrema-direita americana ligada a Steve Bannon e não ter reconhecido a vitória de Biden e de abrigar em seu governo "supremacistas brancos". A imagem de Filipe G. Martins fazendo gesto com os dedos associados ao supremacismo aparece no vídeo.
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