Quantos jovens da minha geração usaram
cabelo comprido, porque o Rei da Jovem Guarda usava. E o seu reino se estendeu
ao que veio depois do movimento musical que marcou uma época, e que deixou
muitas marcas na cultura musical brasileira.
Muitos nomes dos tempos do Iê-Iê-Iê
permaneceram fazendo sucesso, como Jerry Adriani e Erasmo Carlos, enquanto a
maioria ficou pelo meio do caminho. Roberto virou o ídolo maior de uma grande parte
dos brasileiros de diferentes gerações. Ídolo eterno, que não sai dos corações
de quem ama.Casa onde nasceu Roberto Carlos, em 19/04/1941
Roberto é incomparável. Pode até ser
imitável, mas, não há comparação, pois ele canta o amor como ninguém o faz, em
um monte de dezenas de canções. Dezenas? É pouco para falar da enormidade de
sucessos que ele emplacou. São centenas.
Simples no modo de falar, suas falas
durante os seus shows, só tratam de uma coisa: as suas músicas, ou porque não
dizer, as nossas músicas, pois nos apoderamos delas como se fossem nossas.
Com o curador da casa, no piano onde Roberto tocou as primeiras notas, ainda criança |
Eu me apaixonei pelo trabalho do Rei em
1963, aos 13 anos, com o sucesso retumbante de Calhambeque. Daí pra frente ele
não parou mais. Em 1965 veio uma música que ele não canta mais faz muitos anos,
que foi outro estouro de vendas e de público nos seus shows: E Que Tudo Mais Vá
Para o Inferno.
Roberto Carlos é muito mais do que
apenas um artista de muito sucesso. Ele é um pai dedicado e responsável, do
tipo que quando alguém chegava há anos atrás dizendo: Roberto, minha mãe disse
que eu sou seu filho, ele nunca fez cara feia. Respondia, FALANDO SÉRIO: então
vamos fazer o teste! Foi assim que ele reconheceu mais de um.
Ele canta o cotidiano da gente, o
cotidiano do amor, que nunca vai ficar DEMODÊ. E eu espero que ele continue com
muita saúde, para continuar embalando os corações de quem ama.
Tive a felicidade de fazer alguns
Bailes do Rei, junto com minha esposa Marilene. Quem sabe, depois que a vida
engrenar no Novo Normal, a gente se encontra de novo num desses bailes.
Há um ano vivendo de forma muito
diferente, como todo o resto da humanidade, tirei uns bons minutos, neste 19 de
abril, para ouvir uma pequena parte da discografia desse brasileiro que nasceu
dotado de uma capacidade ímpar de fazer, principalmente, versos e de vez quando
umas melodias inesquecíveis.
Afinal de contas, a gente precisa se lembrar
que ainda não morremos, e que esse tempo de separação forçada de tantas coisas
que a gente gosta, vai passar.
Estamos vivos, e nada melhor para comemorar,
que ouvir as melhores de Roberto Carlos Braga, filho do seu Robertino Braga,
relojoeiro, e da dona Laura Braga, a Lady Laura, costureira.
Em 2010 eu estive na casa onde o Rei nasceu, na
cidade de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. Fiz algumas fotos para
registrar um momento, que para mim foi muito especial.
Parabéns, Roberto, e vida longa, Rei!
Nenhum comentário:
Postar um comentário