Além das agressões de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), contra o menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, o depoimento prestado pela babá Thayna de Oliveira Ferreira, de 25 anos, ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), foi um dos fundamentos para o pedido de prisão do vereador e de sua namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, por suspeita de envolvimento na morte do filho dela.
A funcionária mentiu ao garantir que a família vivia em harmonia e que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento onde moravam, no condomínio Majestic, na Barra da Tijuca. Mensagens recuperadas pela polícia, no entanto, revelam que ela teria alertado a mãe do menino das agressões praticadas pelo parlamentar.
Para a polícia, que já sabe que a criança levava chutes, bandas e pancadas na cabeça do parlamentar com o conhecimento de Monique, a babá poderia estar sendo influenciada pelo casal. Nesta quinta-feira, além da prisão do casal, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Thayna, onde apreenderam o celular dela. A polícia já havia conseguido recuperar no celular de Monique mensagens trocadas entre a professora e a babá do menino, em 12 de fevereiro, que mostram a funcionária alertando a patroa sobre as agressões cometidas por Jairinho.Na delegacia, às 21h38m do dia 24 de março, Thayna contou que sua mãe, Maria Lucia Helena de Oliveira, que cuida do sobrinho de Dr. Jairinho (Solidariedade), foi quem indicou seu nome para cuidar de Henry depois que Monique foi morar com o parlamentar.
Ela queria uma babá de confiança, e a jovem foi contatada pelo casal. Thayna começou a trabalhar de segunda a sexta-feira desde dia 18 de janeiro no apartamento do casal.
A babá negou ter presenciado qualquer anormalidade na família, a quem disse ter visto reunida no máximo quatro vezes. Ela contou que costumava dar banho em Henry, e garantiu nunca ter visto qualquer marca de violência em seu corpo. Ela relatou ainda que Monique “se esforçava para agradar o filho de todas as formas e demonstrava carinho com ele”.
A babá definiu o menino como "perfeito", "uma boa criança" que se "comunicava bem com ela" e que mantinha um "relacionamento normal com as outras crianças do condomínio".
Ainda em seu depoimento, ela explicou que, pelo Colégio Marista São José, onde o menino estava matriculado no jardim de infância, estar funcionando em sistema híbrido - alternando aulas presenciais e online - variava seu horário de início do trabalho entre 9h e 11h30. Thayna contou também que Monique muitas vezes assistia as aulas com Henry, que acompanhava os vídeos de forma tranquila e concentrada, e que nunca demonstrou nenhuma irritação nem inquietação.
A funcionária contou também que Henry lhe fazia algumas perguntas como "por que existe a separação?". Para essa questão, ela diz ter respondido: “Para as pessoa não ficarem brigando, é melhor que se separem.” A babá relatou ainda que, por volta de 9h30 de 8 de março recebeu uma ligação de Monique dizendo que não precisaria ir trabalhar porque "Henry caiu da cama". Ela disse ainda que a mãe comentou também: "Perdi meu bem mais precioso”.
Dez dias depois, Thayna disse ter sido procurada pela irmã de Dr. Jairinho para que fosse a sua casa, já que o advogado do vereador queria lhe fazer algumas perguntas. Ao chegar na residência, ela foi levada por um motorista até o escritório de André França Barreto, com a empregada do casal.
Ainda em seu depoimento, ela explicou que, pelo Colégio Marista São José, onde o menino estava matriculado no jardim de infância, estar funcionando em sistema híbrido - alternando aulas presenciais e online - variava seu horário de início do trabalho entre 9h e 11h30. Thayna contou também que Monique muitas vezes assistia as aulas com Henry, que acompanhava os vídeos de forma tranquila e concentrada, e que nunca demonstrou nenhuma irritação nem inquietação.
A funcionária contou também que Henry lhe fazia algumas perguntas como "por que existe a separação?". Para essa questão, ela diz ter respondido: “Para as pessoa não ficarem brigando, é melhor que se separem.” A babá relatou ainda que, por volta de 9h30 de 8 de março recebeu uma ligação de Monique dizendo que não precisaria ir trabalhar porque "Henry caiu da cama". Ela disse ainda que a mãe comentou também: "Perdi meu bem mais precioso”.
Dez dias depois, Thayna disse ter sido procurada pela irmã de Dr. Jairinho para que fosse a sua casa, já que o advogado do vereador queria lhe fazer algumas perguntas. Ao chegar na residência, ela foi levada por um motorista até o escritório de André França Barreto, com a empregada do casal.
Segundo a babá, André lhe perguntou como era seu relacionamento com Henry, se o menino era feliz, brincalhão e alegre, como era o relacionamento do casal, como eram os três juntos e se a criança apresentava alguma queixa. Na ocasião, a funcionária diz ter sido avisada pelo advogado de que seria intimada a prestar depoimento, e que deveria “dizer somente a verdade” e “o que havia presenciado”.
O que mostra o inquérito
O inquérito aponta que menino chegou ao condomínio Majestic, no Cidade Jardim, levado pelo pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, por volta de 19h20 do dia anterior à morte. Monique afiram que teria dado banho no filho e o colocado para dormir no quarto que dividia com Jairinho. Por volta de 3h30, quando já tinham pegado no sono após assistir a uma série na televisão, de acordo com depoimento, a professora e o vereador disseram ter encontrado a criança caído no chão do cômodo, com pés e mãos gelados e olhos revirados.
Eles, então, levaram Henry para a emergência do Hospital Barra D’Or, onde as médicas garantem que Henry já chegou morto e com as lesões descritas nos laudos de necropsia.
Presa, Monique Medeiros da Costa e Silva, professora e mãe do menino Henry, será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado.
O que mostra o inquérito
O inquérito aponta que menino chegou ao condomínio Majestic, no Cidade Jardim, levado pelo pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, por volta de 19h20 do dia anterior à morte. Monique afiram que teria dado banho no filho e o colocado para dormir no quarto que dividia com Jairinho. Por volta de 3h30, quando já tinham pegado no sono após assistir a uma série na televisão, de acordo com depoimento, a professora e o vereador disseram ter encontrado a criança caído no chão do cômodo, com pés e mãos gelados e olhos revirados.
Eles, então, levaram Henry para a emergência do Hospital Barra D’Or, onde as médicas garantem que Henry já chegou morto e com as lesões descritas nos laudos de necropsia.
Presa, Monique Medeiros da Costa e Silva, professora e mãe do menino Henry, será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado.
No dia que a morte de Henry completou um mês, Jairinho foi preso preventivamente e vai ser indiciado por tortura e homicídio duplamente qualificado
Após a prisão de Dr. Jairinho, a Câmara Municipal do Rio informou, em nota, que, dada a gravidade da situação, os parlamentares vão se reunir nesta quinta-feira para debater a situação do parlamentar, que pode ter o mandato cassado, conforme antecipado pela coluna de Berenice Seara, no EXTRA. Na manhã desta terça, o vereador teve seu salário suspenso pela Casa e, a partir do trigésimo dia preso, ficará formalmente afastado do cargo, como manda o Regimento Interno. Confira o comunicado na íntegra:
"A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, atenta à gravidade da prisão do Vereador Dr. Jairinho e, como já declarado, consternada com a morte do menino Henry, se reunirá hoje para debater a situação do parlamentar, com a responsabilidade que o caso exige. Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige.
Em razão da prisão, o vereador tem sua remuneração imediatamente suspensa e fica formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia, na forma do art. 14 do Regimento Interno".
"A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, atenta à gravidade da prisão do Vereador Dr. Jairinho e, como já declarado, consternada com a morte do menino Henry, se reunirá hoje para debater a situação do parlamentar, com a responsabilidade que o caso exige. Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige.
Em razão da prisão, o vereador tem sua remuneração imediatamente suspensa e fica formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia, na forma do art. 14 do Regimento Interno".
Fonte: O Globo
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