domingo, junho 06, 2021

Não quis pagar o lanche, fugiu e causou vários acidentes em Belém

Cenas inacreditáveis aconteceram no feriado de Corpus Christi, na Rua Jutaí, bairro de São Brás, em Belém do Pará. Fernando Silva de Souza, 34 anos, acompanhado de uma mulher, por volta das 10h30 tomou um lanche na feira da 25 e saiu sem pagar a conta. 

O vendedor foi atrás do caloteiro e se agarrou ao carro em movimento. Na fuga em alta velocidade o motorista perdeu o controle e bateu em quatro veículos e em uma bicicleta, todos estacionados. Com os choques, o carro finalmente parou e aí o dono da bicicleta, um vendedor ambulante cuja estufa onde estavam os salgados quebrou e toda a sua produção foi ao chão, foi cobrar do responsável – visivelmente embriagado, conforme as testemunhas – perdas e danos, e ouviu dele que não ia pagar o prejuízo. Pra que! 

Tomado de ira assassina, o ambulante pegou uma enxada e passou a golpear o espertinho na cabeça e nos braços e só não o matou de pancada porque a Polícia Militar o impediu. Populares gritavam e pediam socorro, parecia um filme dos Irmãos Cohen. Ou do Tarantino.

A confusão se tornou generalizada. Uma pessoa que estava no banco do carona com o fugitivo fraturou as pernas durante as colisões. Uma mulher que conduzia um dos veículos abalroados ficou com as pernas imprensadas nas ferragens do carro e fraturou o nariz.

Um dos carros destruídos estava estacionado na porta do escritório do dono, o advogado Antônio Carlos da Costa da Silva Jr., que quase infarta ao ver o estrago. Passou então a cobrar providências da polícia e a filmar a cena, a fim de reunir provas do ocorrido, momento em que o 2º sargento da PMPA falou para ele parar a gravação, e que primeiro acudiria os feridos. Mas o causídico continuou a filmar, o PM retrucou dizendo que “ele nem parecia advogado”, e o provocou perguntando se era “advogado de b…, por acaso?”. O advogado se enfureceu e deu um empurrão no sargento, que o algemou e jogou no “camburão”. A mulher do advogado gritou que iria chamar uma vereadora e xingou os policiais militares de “f.d.p.”. Foi algemada e presa por desacato, também. O presidente da OAB-PA, Alberto Campos, e o secretário-geral e presidente da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA, Eduardo Imbiriba, divulgaram nota oficial repudiando a violência e levarão o caso à Corregedoria da PMPA e à promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Pará.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da PMPA e do Samu foram acionadas. Os feridos foram levados a hospitais. O causador de todo o rebuliço, Fernando Silva de Souza, muito ferido e com o braço quebrado, foi preso e conduzido para realizar exame de alcoolemia.

Assistam aos vídeos e leiam o BO, que não conta nem metade da história.

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Fonte: uruatapera.com



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