A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), deflagrou na manhã desta quinta-feira (12), a segunda fase da "Operação Wolf", que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em desfavor de um homem acusado de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O investigado é apontado como o mentor de um grupo empresarial que trabalhava com o esquema conhecido como "pirâmide financeira", e prometia lucros elevados a investidores. Somente em Belém, cerca de 500 pessoas foram prejudicadas com o golpe, que movimentou mais de R$ 60 milhões de reais.
A prisão do empresário que chefiava o esquema aconteceu nesta manhã, na cidade de Indaiatuba, município que fica à 102 quilômetros da capital, São Paulo. Os agentes da Polícia Civil do Pará, com apoio da polícia paulista, chegaram à residência do acusado no início da manhã. Além da prisão, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos e documentos, que serão periciados e farão parte do inquérito instaurado.
Segundo a investigação feira pela Decor, uma associação criminosa criou o grupo empresarial "Wolf Invest", com sede no estado de São Paulo. Após a formalização, o homem preso hoje, criou um esquema "piramidal" caracterizado pelo contínuo recrutamento de investidores, utilizando-se dos recursos financeiros trazidos por clientes para remunerar os membros das camadas inferiores da "pirâmide"; trazendo à tona diversos episódios de fraudes, como crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação Criminosa.
"De acordo com os depoimentos de vítimas, muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest garante um investimento com rendimento de até 10% ao mês. Uma das vítimas relatou ainda que o dono da empresa disse que os clientes que investiram acima de R$100 mil teriam uma escritura de imóvel no valor como garantia, chamada 'garantia imobiliária'. Ninguém nunca recebeu a escritura ou a quantia de volta", informou o diretor da Decor, delegado Almir Alves.
Além de oferecer lucros exorbitantes, a Wolf Invest oferecia serviços de gestão em operações e investimentos, oriundas de valores mobiliários, mercado de câmbio e demais atividades financeiras do mercado internacional regidos pela lei do investidor anjo, e garantem um rendimento proporcional ao valor investido, através de operações no Day Trade voltado para o mercado Forex, conforme estabelecido nos contratos de participação da Empresa.
O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, conta que além da prisão, a Polícia Civil já representou, junto à justiça, o bloqueio de bens que pertencem a associação criminosa. "No total, o bloqueio deve chegar a R$ 43 milhões de reais, que pertenciam às vítimas lesadas. Nossa expectativa é que esse montante seja devolvido aos investidores. Esse é mais um duro golpe que a Polícia Civil do Pará dá no crime organizado. Esse é um compromisso do Governo do Estado, por meio dos órgãos de segurança pública", disse Resende.
O homem preso foi levado para a sede da Polícia Civil em São Paulo. Após os procedimentos cabíveis, ele ficará à disposição da Justiça do Pará.
Fonte: Agência Pará
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