“É lamentável a gente ver que o governo não está preocupado com a situação da garimpagem na região. Pelo andar da carruagem e pelo que o governo vem fazendo, a única intenção do governo federal é fechar os garimpos da região de Itaituba e demais municípios da região, assim como do Pará e da Amazônia em geral.
Eu estou na Câmara há trinta e quatro anos e durante todo esse tempo temos discutido uma política mineral para o nosso município, e até hoje não conseguimos nada. O que a gente vê permanentemente, sobretudo nos últimos tempos, é uma perseguição contra a atividade, com fiscalizações truculentas, com destruição de equipamentos.
Nós somos favoráveis à garimpagem legal, que é o que o governo já deveria ter feito há muito, em vez de ficar justificando esse comportamento, alegando destruição do meio ambiente. Primeiro, deveria vir aqui legalizar, mas, não vem.
Tive oportunidade de ler um trabalho feito pela Universidade Federal de Minas Gerais no qual há alguns números interessantes. De trinta toneladas de ouro que o Pará produziu entre 2019 e 2020, dezessete toneladas teriam sido produzidas de maneira ilegal, sendo esquentadas com PLGs de outras áreas.
Eu volto à questão inicial. O que falto é o governo legalizar a atividade garimpeira, porque isso vai gerar muito mais dinheiro circulando na economia do município, além de aumentar a arrecadação de impostos. Nós continuamos vivendo muito em função do ouro.
Quando o preço do metal sobe, a gente vê os investimentos que são feitos em Itaituba. Quando o governo aperta com essas operações espetaculosas, o ouro desaparece e a economia sente o baque” afirmou o vereador líder de governo.
Jota Parente
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