"A atividade garimpeira, como a conhemos atualmente, está fadada a desaparecer, se não houver um grande movimento da sociedade como um todo, passando pelas lideranças empresariais, lideranças políticas e lideranças de setor produtivo, que continua sendo a mola mestra da economia da região".
Essa afirmação foi feita sábado, 25 de setembro, pelo empresário Dirceu Frederico Sobrinho, presidente da Associação Nacional do Ouro (ANORO).
Dirceu, que é proprietário da Fundação D'Gold, DTVM que é uma das maiores compradoras de ouro na Amazônia, ao participar do programa O Assunto é Este, na ITA FM, fez diversas afirmações a respeitos das dificuldades que a cadeia produtiva do ouro enfrenta, sobretudop em uma de suas pontas, a exploração e comércialização do produto.
Por enquanto, quem mais sente é essa ponta do setor, mas, se o pior vier a acontecer, em função de constantes e pesadas pressões internacionais, toda a cadeia produtiva, assim como toda a economia serão diretamente afetados, gerando uma crise econômica sem precedentes no Vale do Tapajós.
Muita gente que por meio do seu comércio, tem benefícios dessa atividade, não se dá conta da dependência que Itaituba e outros municípios da região tem do ouro, lembrou Dirceu.
O empresário disse, que as mais recentes ações que visavam paralisar, tanto garimpos, quanto as DTVMs, foram baseadas em uma relatório feito por uma ONG sediada nos Estados Unidos, sem que nenhum dos seus integrantes jamais tenha estado em um garimpo, o que pode ser considerado um absurdo.
Ele elogiou bastante o empenho do prefeito Valmir Clímaco, que dentro de suas competências tem feito um grande esforço para ajudar o garimpo a continuar funcionando, pois, conhece muito bem esse setor, por estar ligado a esse negócio há muitos anos.
O vereador Wescley Tomaz foi citado diversas vezes por Dirceu, como sendo uma voz solitária do poder legislativo local, que tem se esforçado bastante para tentar fazer com que Brasília entenda de uma vez por todas a necessidade de regularizar a atividade garimpeira, contando com a ajuda do deputado federal Joaquim Passarinho.
O Empresário Roberto Katsuda foi outro nome lembrado por Dirceu Frederido, pelo seu empenho em tentar ajudar a formalizar o trabalho do garimpeiro, já tendo indo pessoalmente à capital da República, bancando a ida de outras pessoas para reunir com autoridades federais.
Dirceu fez um apelo diretamente ao presidente da Câmara Municipal de Itaituba, vereador Dirceu Biolchi, que sendo do distrito de Moraes Almeida, está diretamente ligado à região garimpeira, para que ele use a força dessa casa legislativa para reforçar essa luta pela sobrevivência do garimpo.
Por fim, o empresário disse que o que pode acabar é a atividade garimpeira praticada nos moldes atuais, com uma parte formalizada e outra trabalhando de forma irregular porque o governo não faz nada para regularizar, mas, que o garimpo em si ainda vai demorar décadas para acabar, porque enquanto houver ouro, haverá garimpeiro correndo atrás do precioso metal, mesmo que seja de forma clandestino.
Ainda, sim, vai complicar tudo, porque o ouro que vier a ser produzido será totalmente comercializado no mercado negro.
A íntegra do programa vai estar nas páginas do Jornal don Comércio, na próxima edição.
Jota Parente
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