De acordo com informações do HMS, um paciente já recebeu alta e dois estão internados. Todos fizeram o exame para identificar a patologia e aguardam o resultado.
O diretor técnico do HMS, médico Vinícius Savino, explica que a doença pode aparecer após ingestão do peixe, que podem liberar toxinas prejudiciais ao corpo humano. “Quando o peixe ou mariscos não forem guardados e acondicionados de maneira adequada, eles criam uma toxina sem cheiro e sem sabor. Ao ingerir o produto, mesmo cozido, a toxina provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins”.
Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos.
Pessoas que apresentarem sintomas característicos da doença da urina preta, como, dores musculares que começam na região cervical (atrás do pescoço), fortes câimbras nos ombros, braços e pernas, enjoo e vômito, a coloração da urina, caso esteja escurecida (cor de café), devem buscar atendimento imediato na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h.
A unidade inseriu um novo fluxo de atendimento para pacientes com sintomas da doença. Sendo confirmada a suspeita, os pacientes são encaminhados ao HMS que é unidade referência no município para tratamento desses pacientes.
O novo fluxo de atendimento está baseado na nota técnica divulgada pelo Governo do Estado por meio da Sespa e está sendo aplicado desde o dia 6 de setembro, segundo a diretora geral da UPA 24h e do HMS, Christiani Schwartz.
Ainda de acordo com Christiani Schwartz, todos os pacientes internados com os sintomas da doença são notificados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital que aciona a Vigilância Epidemiológica do Município e Estado. “Os casos suspeitos estão recebendo total atenção dentro do que nos foi orientado pelas notas técnicas do Estado e que do município divulgada na última sexta-feira. A nossa equipe recebeu todas orientações, principalmente para acionar de imediato a vigilância do município”, afirmou.
O tratamento inicial dos pacientes com suspeita da doença de Haff é feito com hidratação venosa que favorece a função renal e auxilia na eliminação da toxina pela urina.
Fonte: G1 Santarém
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