Os impactos já podem ser sentidos na economia de Itaituba e de outros municípios da região Sudoeste do Pará, em virtude da repressão pesada dos órgãos ambientais brasileiros que vem atuando de forma incessante.
O Ministério Público Federal atua de maneira direta no combate à exploração de ouro, de forma ilegal, em terras indígenas, o que é terminamente proibido. Ao mesmo tempo, denúncia empresas compradoras de ouro na região, sob a acusação de comprarem ouro de origem ilegal, o que está ameaçando seriamente a economia de Itaituba e de outros municípios.
Toda essa situação tem levado uma insegurança muito grande para o setor, tanto da exploração, quanto da compra do metal, com reflexos imediatos em toda a cadeia produtiva de ouro e nos demais setores da economia regional.
Esse problema foi levantado pela enésima vez na Câmara Municipal, dessa vez, pelo vereador Felipes Marques, com a participação do vereador Wescley Tomaz, em aparte.
"Estamos falando do setor primário, do setor produtivo. Desde não se sabe quando, quatro ou cinco décadas, mais da metade da economia de Itaituba gira em torno do ouro. A gente se preocupa, quando empresas geradoras de CFEM, nosso principal imposto, pois só esse ano já arrecadamos mais de R$ 45 milhões para os cofres do município, elas estão fechando, estão saindo dessa atividade por conta de perseguição.
A gente não está julgando aqui, qual é o motivo dessa perseguição, mas, essa atividade é responsável pelo desenvolvimentod a nossa cidade. Vivemos um momento bom, favorável. Precisamos continuar nesse patamar, e só vamos conseguir isso, através da organização dessas empresas, para que o município continue arrecadando.
Nós não defendemos a produção ilegal de ouro, pois ouro ilegal não gera riqueza para o nosso municipio, não geral qualidade de vida para nossa população", disse Felipe.
O vereador destacou, que o importante seria que toda a cadeia produtiva de ouro fosse legalizada, mas, isso passa pela boa vontade da União, que entra governo, sai governo, não faz o que precisa ser feito.
"O nosso comércio aqui de Itaituba é bem mais aquecido do que de muitas outras cidade desta região. Isso passa diretamente pelo comércio do ouro. E apartir do momento em que essa cadeia produtiva é afetada, isso vai refletir em todo o nosso comércio. Já tem empresário reclamando, tem gente demitindo, então, precisamos cuidar da nossa principal fonte de arrecadação, que é a mineração", finalizou o vererador Felipe Marques.
Jota Parente
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