Em revisão extraordinária de cenário, o banco Itaú alterou suas projeções para o ano eleitoral de 2022. Agora, estima queda de 0,5% do PIB, contra alta de 0,5% na previsão anterior, com aumento dos juros, da inflação e também o desemprego.
Segundo relatório elaborado pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita, o Banco Central terá que subir os juros para 11,25%, para conter o aumento do dólar, que pressionará a inflação. A principal causa para o enfraquecimento do real é a mudança que o governo anunciou na semana passada no teto de gastos.
"O aumento da incerteza fiscal implica em um risco-país mais alto, maior depreciação do real, piores perspectivas para a inflação e, em última instância, uma taxa de juros neutra mais alta", afirmou em relatório.
O IPCA agora deve encerrar 2022 em 4,3%, mais distante do centro da meta de 3,5%. Com os juros mais altos, a taxa de desemprego deve voltar a subir, de 12,2% este ano, para 13,3%, em dezembro do ano que vem.
Na reunião do Copom deste quarta-feira, a expectativa é de alta forte nos juros, em 1,5 ponto percentual, o que levaria a Selic para 7,75%.
Fonte: O Globo
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