Martins foi uma das muitas personalidades da música a lamentar a partida do pianista, falecido na madrugada desta segunda-feira, aos 77 anos, devido a uma concussão cerebral.
— O Nelson dignificou o Brasil em todos os continentes — afirmou.
Martins também lembrou de um caso trágico ocorrido em 1966, quando um ônibus caiu em uma ribanceira em Minas Gerais, matando os pais de Freire. A notícia de que o pianista também havia falecido no acidente chegou até Martins, que se apresentaria em um concerto na mesma noite.
— Dediquei o concerto a ele — contou Martins. — Só no dia seguinte soube que ele não havia morrido. Duas semanas depois liguei para ele e lamentei tudo que ocorreu, mas disse que a música venceria através dele.
Para Martins, Freire tinha uma sonoridade atingida por poucos pianistas no mundo.
— Ele tinha uma técnica extraordinária — contou. — Quando ele ficava lá em casa, em Nova York, tinha dois pianos e fazíamos competição de escala cromática para ver quem chegava primeiro na última nota. Ele serviu a música como um missionário e conseguiu transmitir emoção solidariedade e amor.
Martins era próximo de Freire, com quem inclusive já dividiu o palco do Theatro Municipal. Há dois anos, Nelson sofreu uma queda no calçadão da Barra da Tijuca e fraturou o úmero do braço direito. Ele foi operado, mas não voltou a tocar depois do acidente e, segundo amigos, passou a sofrer de depressão. Para Martins, o acidente teve um grande impacto na saúde mental do pianista, cuja causa da morte não foi revelada.
— Eu soube que o Nelson, depois que teve o acidente no braço, entrou em um estado profundo de depressão — disse Martins. — E eu acho que essa depressão foi mais forte do que ele podia suportar, porque a música para ele era tudo.
— O Nelson dignificou o Brasil em todos os continentes — afirmou.
Martins também lembrou de um caso trágico ocorrido em 1966, quando um ônibus caiu em uma ribanceira em Minas Gerais, matando os pais de Freire. A notícia de que o pianista também havia falecido no acidente chegou até Martins, que se apresentaria em um concerto na mesma noite.
— Dediquei o concerto a ele — contou Martins. — Só no dia seguinte soube que ele não havia morrido. Duas semanas depois liguei para ele e lamentei tudo que ocorreu, mas disse que a música venceria através dele.
Para Martins, Freire tinha uma sonoridade atingida por poucos pianistas no mundo.
— Ele tinha uma técnica extraordinária — contou. — Quando ele ficava lá em casa, em Nova York, tinha dois pianos e fazíamos competição de escala cromática para ver quem chegava primeiro na última nota. Ele serviu a música como um missionário e conseguiu transmitir emoção solidariedade e amor.
Martins era próximo de Freire, com quem inclusive já dividiu o palco do Theatro Municipal. Há dois anos, Nelson sofreu uma queda no calçadão da Barra da Tijuca e fraturou o úmero do braço direito. Ele foi operado, mas não voltou a tocar depois do acidente e, segundo amigos, passou a sofrer de depressão. Para Martins, o acidente teve um grande impacto na saúde mental do pianista, cuja causa da morte não foi revelada.
— Eu soube que o Nelson, depois que teve o acidente no braço, entrou em um estado profundo de depressão — disse Martins. — E eu acho que essa depressão foi mais forte do que ele podia suportar, porque a música para ele era tudo.
Comentário: Nelson Freire sofreu depressão forte, ultimamente; chegou a não querer fazer mais nada, porque achou que nunca mais poderia voltar a tocar.
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