O técnico alemão Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, disse que o clube não pretende contratar jogadores não vacinados. "Não estamos perto de contratar um jogador, mas pensei sobre isso e, sim, será um fator de influência, com certeza", disse Klopp, que já havia sido questionado antes sobre o tema e se mostrado indeciso.
Outros treinadores de renome no país, como Steven Gerrard e Patrick Vieira, que comandam respectivamente Aston Villa e Crystal Palace, também já afirmaram que o status vacinal será levado em consideração na hora de assinar novos jogadores.
"Se um jogador não é vacinado, ele é uma ameaça para todos nós", disse Klopp. "Se um jogador pega Covid-19 e outros estão próximos, todos entram em isolamento. Então é claro que isso [status vacinal] terá uma influência [em decisões de contratação]. Não vamos construir um prédio para os não vacinados. Esperamos que isso não seja necessário."
A Premier League vive uma alta de casos de Covid. Na segunda-feira (13), a liga anunciou que a semana teve 42 novos casos entre jogadores e funcionários.
A taxa de vacinação é baixa em comparação com o resto da Inglaterra. Na liga, são 68% de jogadores com duas doses, enquanto o país conta com 81% de pessoas a partir dos 12 anos com o ciclo vacinal completo, segundo dados da BBC de sexta-feira (17).
Klopp já havia se pronunciado de forma assertiva a favor da vacinação em outubro, quando comparou a recusa do imunizante com o ato de dirigir bêbado.
A alta de casos entre os clubes ingleses forçou o adiamento de 10 jogos do campeonato e na sexta-feira (17) o ministro de Esportes da Inglaterra, Nigel Huddleston, fez um apelo para que jogadores tomassem as vacinas, reforçando aspectos de responsabilidade social.
O futebol não é o único esporte que vive esse problema. Na NFL, liga de futebol americano, e na NBA, liga de basquete dos EUA, jogadores com posição antivacina causam problemas, como impedimentos para viajar a locais que exigem a imunização.
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