Base de Yavoriv é parte da rota usada pela Otan para enviar armas à Ucrânia; segundo autoridades locais, ela teria sido atingida por 30 mísseis
LVIV — Militares russos lançaram neste domingo um ataque com mísseis à base militar ucraniana de Yavoriv, na região de Lviv, perto da fronteira polonesa. Segundo as autoridades locais, a ação deixou pelo menos 35 mortos e 134 feridos. O ataque é considerado "o mais ocidental" da guerra até o momento, ou seja, o mais próximo do território de países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar liderada pelos EUA.
O ataque ocorre um dia após o governo russo ameaçar atacar carregamentos de armas do Ocidente para a Ucrânia, chamando os comboios de "alvos legítimos". Na noite de sábado, porém, o presidente americano Joe Biden autorizou mais US$ 200 milhões de dólares em armas e outras assistências para a Ucrânia.
Segundo o New York Times, a base atingida é um elo vital no fluxo de armas enviadas pelos países da Otan para a Ucrânia. A Polônia também tem sido o principal ponto de passagem de carregamentos de armas, de refugiados que fogem para o Ocidente, além de combatentes estrangeiros que viajam para a Ucrânia para se integrar às forças locais.
Incialmente, o governador de Lviv, Maksym Kozytsky, disse em entrevista coletiva que o total de mortos era de nove, mas o número foi atualizado ao longo do dia. A Reuters informou que sua equipe de reportagem viu 19 ambulâncias com sirenes ligadas a caminho da base militar após o ataque.
"Infelizmente, perdemos mais heróis: 35 pessoas morreram como resultado do bombardeio do Centro de Manutenção da Paz e Segurança. Outros 134 com diferentes ferimentos em diferentes graus de gravidade estão no hospital. Em nome de toda a região de Lviv, expressamos nossas sinceras condolências às famílias das vítimas. Não esqueceremos nenhum herói e não perdoaremos nenhum ocupante", disse Kozytsky em comunicado.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, classificou a ação como um "ataque terrorista" e confirmou que instrutores militares estrangeiros atuavam na base. Até o momento, não há informações de quantos soldados estavam no local no momento em que foi atingido e nem se há estrangeiros entre as vítimas.
"Este é um novo ataque terrorista contra a paz e a segurança perto da fronteira UE-OTAN. Ações devem ser tomadas para impedir isso", disse ele no Twitter.
Fonte: AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário