Valmir afirmou, alto e bom tom, que não dá mais para fazer de contas que a garimpagem não provoca danos ao meio ambiente. Ela provoca estragos que precisam ser evitados, disse.
Do jeito que se tem trabalhado até agora, muita lama é jogada no Rio Tapajós, e isso não pode continuar, falou o gestor itaitubense, para o qual passou da hora de mudar a forma de trabalhar, adequando-se os garimpeiros a novas formas de trabalhar, que farão com que a água que vier a ser jogada no Tapajós seja no mínimo 70% mais limpa do que acontece atualmente.
“É preciso que cada um tenha um projeto ambiental para fazer a coisa certa, em acordo com o meio ambiente. Não é mais possível trabalhar do jeito mesmo que se fazia anos atrás. Tudo passa por um projeto para que a água utilizada na exploração do ouro chegue limpa ao nosso principal rio, o Tapajós”, disse o prefeito.
Valmir falou que os órgãos de fiscalização não chegam queimando máquinas que estejam trabalhando em locais onde a mineração seja permitida. As máquinas queimadas do garimpeiro conhecido por “Galetão”, por exemplo, estavam operando fora da área onde ele tinha licença para explorar ouro, por isso foram queimadas.
“Quando eu era madeireiro, certa vez um funcionário do Ibama me explicou, que se eu seguisse a orientação do órgão, eu aumentaria muito a minha produção. Eu não acreditei e resolvi fechar minha madeireira. Aqueles companheiros que acreditaram e seguiram em frente, se deram bem, como o pessoal de Moraes Almeida”, afirmou o prefeito.
Ele finalizou dizendo que em Brasília, todo mundo tem medo de falar com prefeito que vai defender garimpo, ou com lideranças garimpeiras, e que até o presidente Jair Bolsonaro, se puder evita.
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