Reunião em Santarém com MPF, ANORO e PGM de Itaituba busca consenso para garimpagem no Tapajós

Conversei, hoje, com o presidente da Associação Nacional do Ouro (ANORO), o empresário Dirceu Frederico, a respeito dos avanços alcançados até o momento sobre o funcionamento da atividade garimpeira de forma legal e sem os percalços que têm sido constantes, muito em função de se praticar ainda muita garimpagem na informalidade e de qualquer jeito.

Esta segunda-feira desta semana, 22/03, informou Dirceu, foi realizada uma reunião muito importante em Santarém, com a participação do Procurador da República, Paulo de Tarso Moreira Oliveira, de um representante da ANORO, que não foi o presidente, porque estava em outro compromisso em São Paulo, e do Procurador Geral do Município de Itaituba, Diego Cajado, buscando encontrar um consenso.

A ANORO defende que seja feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi um dos principais assuntos tratados nessa reunião, acreditando a entidade, que houve progresso na construção do documento, que se for concretizado, vai precisar ser cumprido, sob pena de complicar muito a vida desse setor da economia regional.

Na visão da Procuradoria da República na região, o garimpo é responsável pelo derramamento de muita lama no Rio Tapajós, culminando com a questão que envolveu o balneário de Alter do Chão, que foi notícia até em outros países, pois as águas lamacentas estariam colocando em risco a permanência desse paraíso turístico de Santarém.

Aos representantes do setor do ouro, em todas as suas etapas, de quem produz, até quem compra, cabe fazer um esforço muito grande para que o TAC, se vier a ser celebrado, seja cumprido.

Outras reuniões deverão acontecer, porque ainda há pontos fundamentais a serem discutidos para que o Ministério Público Federal esteja convencido de que um acordo é viável, pois há muita desconfiança quanto ao cumprimento do que pode ser acordado.