Em debate realizado pela CNN neste sábado (25), os deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Alê Silva (Republicanos-MG) discutiram sobre a ascensão de governos de esquerda na América Latina, após a vitória de Gustavo Petro na Colômbia, que nunca antes em sua história havia tido um presidente esquerdista.
Além da Colômbia, a esquerda avançou em vários países sul-americanos nas últimas eleições. Em 2019, Alberto Fernández venceu Mauricio Macri na Argentina, enquanto no ano passado o professor rural Pedro Castillo venceu a candidata Keiko Fujimôri, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, no Peru. No Chile, o deputado e ex-líder estudantil Gabriel Boric venceu o advogado José Antonio Kast. Todos esses países eram governados pela direita.
Para a deputada Alê Silva, o Brasil deve saber dialogar com os novos governos eleitos, mesmo que as ideologias sejam divergentes. “Eu não identifico grandes mudanças em ações do Brasil para com os países que hoje são governados por presidentes de esquerda, mesmo porque temos regras de soberania nacional que são atinentes à cada nação e que devem ser respeitadas por todos”, destacou.
“Como eu disse, dialogar e saber ouvir aqueles que tem opiniões totalmente diferentes da nossa é fundamental. É preciso uma relação com base no respeito, na diplomacia e com base na soberania”, acrescentou a deputada.
Já na visão do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), o presidente Jair Bolsonaro não está preparado para estabelecer relações positivas com os governos de esquerda.
“Bolsonaro tem sido uma tragédia na política externa, colocando o Brasil cada vez mais no isolamento, seja com países com posições mais à esquerda ou seja também com presidentes que não tem essa posição, como o Macron, na França”, pontuou.
“Outra coisa importante é que essas vitórias na Colômbia, Chile, Bolívia e México são a representação de que a extrema direita foi incapaz de reduzir a desigualdade da América Latina, de enfrentar bem a situação na pandemia… e mostra que a população reagiu a isso, depois de errar nas eleições anteriores ou de ter sofrido golpes, como no caso da Bolívia, a população quando teve o direito de votar, colocou governos populares que tem no centro de seu projeto político a redução da desigualdade a diversidade na América Latina”, concluiu.
Fonte: CNN Brasil
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