domingo, julho 10, 2022

Avião de piloto de Novo Progresso pode ter caído na Venezuela, diz mãe

Segundo a família de Robert Santos, de 25 anos, as buscas estão sendo feitas por conta própria em área de mata com apoio de tribos indígenas

Familiares do piloto de avião Robert Santos, de 25 anos, que reside e trabalha no município de Novo Progresso, região sudoeste do Pará, acreditam que ele possa ter caído na Venezuela. O jovem está desaparecido desde o dia 24 de junho de 2022, quando decolou da vila Campos Novos, em Iracema, sul de Roraima, com destino ao país vizinho. Segundo a família dele, as buscas estão sendo feitas por conta própria em área de mata com apoio de tribos indígenas.

A mãe de Robert, Sandra Santos, 40 anos, disse à reportagem que o filho nasceu em Manaus, no Amazonas, porém veio para Novo Progresso ainda criança junto da família. O piloto trabalha com transporte de carga, sobretudo alimento e diesel, para um garimpeiro que possui dois garimpos venezuelanos. Ela contou ainda que a última localização do avião apontada pelo rastreador mostrava uma região de mata fechada na Venezuela.

“Nesse dia, ele saiu de Campos Novos e levou alimentos para o patrão dele em dois garimpos na Venezuela. Ele tinha comprado um aparelho chamado Spot, que rastreia a localização do avião a cada 10 minutos, para nós acompanharmos onde ele estava. Um amigo nos contou que nós deveríamos ter comprado um dispositivo que localiza o trajeto a cada a 2,5 minutos”, comentou.

MEDO DE ATRAPALAREM AS BUSCAS

Sandra Santos contou ainda que as buscas pelo filho estão sendo feitas por conta própria. “Nós iniciamos as buscas desde quando ele desapareceu. Duas tribos indígenas estão nos ajudando a encontrá-lo nessa área de mata que é bastante montanhosa. Em troca de ajuda nós damos comidas para eles. Os indígenas disseram que só voltam de lá depois de encontrarem o meu filho. O patrão dele também está ajudando, usamos um helicóptero que está sobrevoando o local”, disse a mãe Robert.

Ela conta que não sabe como acionar as autoridades brasileiras e venezuelanas para procurarem por Robert e teme que órgãos dos dois países atrapalhem as buscas particulares. “Temos medo de que eles atrapalhem quem está ajudando. O patrão dele é de garimpo e sabe como são essas coisas. De repente eu chamo as autoridades, eles não vão atrás do meu filho, interrompem a nossa procura e eu perco a chance de ter ajudado. Esse é o meu medo”, desabafou.

Mais de 15 dias se passaram desde o sumiço de Robert Santos, porém Sandra diz que não perde as esperanças de encontrá-lo com vida. “Já vimos tantos casos de pilotos que desapareceram, após acidentes e mesmo assim foram encontrados dias depois de terem sumido. Temos fé que ainda vamos encontrá-lo com vida”, disse a mãe do piloto. A família de Robert realiza uma campanha nas redes sociais para custear a procura. As doações podem ser feitas via pix.

Fonte: O Liberal

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