Arlan, Adolfino, Copinho, Altemar, foram os primeiros professores contratados sob a supervisão da Funai, em meado da década de 90, para enfrentarem os desafios da profissão, e trabalharem como bravos educadores da Educação Municipal de Jacareacanga, nas regiões, do Teles Pires, Cururu, Kabitutu. Caroçal do Rio das Tropas e aglomerados indígenas integrantes das Terras Indígenas Sai Cinza e Munduruku. Conseguiram superar as dificuldades do idioma, costumes tribais, superaram a malária, esqueceram as atividades sociais peculiares de suas culturas, para incorporarem em seus cotidianos a cultura indígena Munduruku que é um conjunto de particularidades que caracteriza o grupo tribal dos Caçadores de Cabeça e que são formados por princípios morais, hábitos, costumes, histórias, manifestações espirituais etc.
Foram os primeiros e que abriram espaços para muitos professores se incrustarem floresta à dentro, e onde houvesse um núcleo humano, serviam também esses bravos professores de multiplicadores de seus saberes para suporte ao ensino-aprendizagem capacitando próprios membros tribais que se destacavam, e que eram utilizados como professores alfabetizando os demais através da língua materna.
O tempo e o vento, além das acomodações naturais da vida, levaram para distante um do outro o quarteto desbravador. Altemar afastou-se das atividades educacionais ocasionado por uma até hoje comentada decisão um tanto nebulosa, Adolfino, fincou pé na junção dos Rios Teles Pires e Juruena formadores do Rio Tapajós (Barra de São Manuel) no tríplice limite estadual PA/MT/AM, atualmente Adolfino encontra-se na Capital do Estado em tratamento médico especializado. Copinho perambula entre as principais Aldeias como um Peregrino da Educação, e para espanto de todos e luto na educação de Jacareacanga e Estado, ARLAN acometido de mal súbito faleceu nesta manhã por causas naturais, provavelmente ataque cardíaco na Missão Cururu, e foi encontrado inerte em seu leito de descanso, em uma rede.
Arlan contribuiu sobremaneira, para o progresso da Educação no interior das Terras Munduruku. Hoje, crianças que ensinou a ler, escrever, contar, interpretar já alcançaram nível universitário e estão repetindo os passos de um bom e dedicado professor em suas aldeias, como foi o mestre ARLAN.
Muito fácil pressupor que onde estiver o espirito do querido professor, lá terá alegrias algo peculiar em sua vida, e como era um excelente professor também para as crianças em tenras idades,
...é capaz de estar ensinando anjos a voar
.
Lamento muito essa morte, essa ruptura em nossa amizade e me entristeço em saber que nunca ouvirei mais os arroubos manifestados de gratidão por mim, desse amigo, que onde eu estivesse dizia-se feliz, totalmente realizado, já que a educação para sí era tal qual uma devoção sacerdotal, e dizendo que devia muito a mim, por ter lhe dado oportunidade para trabalhar com o povo Munduruku. Na verdade esse cara que hoje ainda tendo tanta coisa para ajudar na educação do Povo Munduruku e foi-se, contribuiu muito para que meu nome fosse eternizado no coração do povo Munduruku e até por notáveis professores de Itaituba como pela Professora Sandra, que fez essa postagem e que foi alcançada por meu filho Diogo que repassou para meu conhecimento. Valeu Sandra, Valeu Arlan. Obrgad0o meu Deus!
Matéria: Walter Azevedo Tertulino
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