terça-feira, dezembro 13, 2022

Ataques reforçam mobilização internacional para posse

 


Os ataques de grupos golpistas em Brasília na noite de segunda-feira levaram diplomacias estrangeiras, principalmente de países ocidentais, a reforçar a ideia de que a mobilização para proteger a democracia brasileira precisa ser mantida até a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.


Após a diplomação de Lula, neste dia 12 de dezembro, grupos vandalizaram carros e ônibus na capital federal, além de tentar invadir a Polícia Federal. Os atos foram interpretados entre observadores estrangeiros como uma sinalização de que os grupos mais radicais do bolsonarismo continuam presentes. Mas a ideia de que se trata de um movimento espontâneo foi rejeitada em Brasília


O objetivo agora é o de levar ao Brasil um número significativo de chefes de estado, de governo, chanceleres e lideranças internacionais para o dia 1º de janeiro de 2023. Os desembarques da mais alta autoridade da Alemanha, a maior economia da Europa, assim como o monarca espanhol, foram considerados como pontos positivos nesse esforço.


Mas a ideia é de que a lista seja ampliada nos próximos dias. "O sinal que queremos mandar é que o novo governo brasileiro chega respaldado pelas democracias ocidentais", disse um experiente negociador europeu.


Para governos no exterior, não é a figura do petista que interessa ser resguardada. Mas o processo eleitoral brasileiro, e impedir que a extrema direita consiga reverter os resultados de uma votação considerada como limpa.


Na Europa, operações policiais contra movimentos de extrema direita e informes do Parlamento Europeu, em maio de 2022, revelam como a ameaça à democracia é considerada alarmante. Na Alemanha, o estudo revela que 23 mil incidentes da extrema direita categorizados como "motivados politicamente" foram registrados, a maior taxa em 20 anos e quase o dobro de 2019. Mais de mil deles foram violentos.


Conforme o UOL antecipou com exclusividade antes do primeiro turno da eleição presidencial, capitais europeias e norte-americanas montaram uma espécie de força-tarefa para chancelar os resultados das urnas no Brasil. E, de fato, foi isso o que ocorreu nos minutos que se seguiram ao anúncio da vitória de Lula.


Mas a percepção é de que o esforço precisa ser mantido, diante do risco de que o período até a posse seja usado para criar distúrbios sociais e questionamento do processo eleitoral.


MATÉRIA: UOL NOTÍCIAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário