O vereador Conrado Wolfing, delegado de polícia licenciado, parece que não descobriu ainda, o que foi fazer na Câmara Municipal de Itaituba, pois essa semana, pela segunda vez num curto espaço de tempo, foi massacrado por críticas ferozes de alguns dos seus colegas de parlamento, em virtude de algumas atitudes suas.
Ontem, o vereador Wescley Tomaz foi o primeiro. E já começou batendo pesado em Conrado, por causa de uma informações sobre críticas externas feitas pelo vereador criticado, que irritaram não apenas Wescley, mas a maioria dos edis.
Depois de Wescley pedir providências do presidente Dirceu Biolchi, esse partiu pra cima de Conrado com a faca nos dentes. E não foi pouco que ele teve que ouvir, não.
Dentre as acusações do presidente, ele disse que Conrado pagava moleques para ficarem difamando os colegas; falou que não iria mais tolerar esse comportamento do vereador, que já tinha sido chamado atenção no primeiro período dos trabalhos legislativos de 2021, e que iria botar moral naquela porra, referindo-se à Câmara.
O líder de governo, vereador Peninha, mais comedido, fez críticas ao comportamento do colega, pedindo que a mesa diretora fizesse uma advertência por escrito para que o problema não volte a acontecer.
Sem ter o que responder, Conrado limitou-se a baixar a cabeça e ouvir a tudo calado.
O delegado Conrado elegeu-se com um discurso que dava a entender claramente, que seria um calo do prefeito Valmir Clímaco. Delegado e advogado, esperava-se muito dele, que entregou muito pouco.
Os discursos do vereador em questão, muitas vezes são prolixos, e oposição é a única coisa que ele não faz, a não ser aos próprios colegas.
Em vez de alimentar algum tipo de oposição que o coloque em destaque junto aos seus eleitores e aos que não são simpatizantes de Valmir, os problemas que ele tem criado são dentro da própria Casa de Leis, com os seus pares.
Quem acompanha de fora, muitas vezes tem um ideia equivocada, pois, a reportagem do blog já foi inquerida sobre esse imbróglio. Será que Conrado não estaria pisando no calo dos outros vereadores? Não, não é nada disso. Ele tem mesmo é errado o foco da sua missão como vereador, pois ele mesmo já repetiu algumas vezes, que sua função principal é fiscalizar o Executivo, coisa que por enquanto não fez.
Não existir oposição, só é bom mesmo para o mandatário do Executivo, em qualquer nível. Fica parecendo que a administração não tem problemas, e todos sabem que ninguém é perfeito. Uma oposição responsável, feita baseada nos fatos, até ajuda a gestão, apontando erros que os vereadores da situação fingem não ver.
O vereador Conrado poderia ser essa voz, mas, apesar do discurso oposicionista da campanha eleitoral, depois que sentou na cadeira, perdeu o rumo da sua vereança.
Ainda dá tempo de corrigir, mas, até agora ele não sinalizou nesse sentido.
Jota Parente