Fechamos a semana que passou do jeito que o Brasil gosta: digerindo mais um escândalo na política, tendo como ator principal o presidente Jair Bolsonaro, que junto com suas já tradicionais “rachadinhas” familiares, o que para os seus seguidores míopes não chegam a ser classificados nem mesmo como corrupção, tem agora o problema dos pastores do Ministério da Educação, junto com o energúmeno do ministro moleque de recados que atende pelo nome de Milton Ribeiro, se não o pior, um dos piores que já passaram por lá.
A gente viu esse filme antes, por anos seguidos, quando o Brasil estava sendo desavergonhadamente roubado, saqueado, com ameaça de quebra de empresas estatais, ou mistas, como a Petrobras, que todo mundo conhece. Mas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca sabia de nada. Mas, a bola da vez é o escândalo que Bolsonaro tenta fazer a opinião pública esquecer o mais rápido possível.
Para qualquer lado que a gente se mexer, tem notícia sobre esse escândalo do MEC, onde se rouba desde sempre, onde há tráfico de influência como em outros ministérios, mas, nunca com essa desfaçatez de pastores evangélicos sem pasta darem expediente e decidir quem deve ou não ser contemplado com repasses do ministério.
Não é porque os senhores Arilton e Gilmar sejam pastores, não! A questão não é essa. É porque ninguém pode fazer o que eles estão fazendo no MEC, independente da atividade que exerça, e pior ainda, sob a recomendação do presidente da República, que continua jurando que no seu governo não tem corrupção.
Tem horas que me assusto achando que é apenas um pesadelo, mas, é vida real. A maior parte do povo do meu pais escolheu se dividir entre uma figura torpe que fez da política seu meio de vida, trabalhando muito pouco, o qual em 28 anos como deputado federal teve apenas dois projetos de leis irrelevantes aprovados, e “um salvador da pátria” que saiu do meio do povo para se tornar um dos políticos mais populares da história do Brasil, para depois comandar o maior assalto aos cofres públicos já vistos na nossa história. É nas mãos de um desses dois que o país vai estar a partir de janeiro de 2023.
Triste Brasil, que se desintegra moralmente a cada nova eleição, elegendo ou reelegendo conhecidas aves de rapina da política nacional, como esses deputados federais do Centrão, sem os quais o parlamento e a governabilidade não andam. E custa caro manter esses caras. Basta olhar para o que Bolsonaro já liberou de emendas para eles, e do tal do Fundo Partidário que o presidente não teve coragem de vetar, que é um acinte ao apertado povo brasileiro, que sua para conseguir manter suas contas em dia.
A minha reação em função do que os políticos brasileiros tem feito com a política no Brasil, e não é de hoje, é de profunda decepção, e o meu desencanto é fruto de alguém que já viveu mais de 70 anos, que cresceu num ambiente onde a política esteve sempre presente, que eleição pós eleição cansou de ouvir dizer que era preciso votar para o país melhorar, mas que só viu os quadros políticos se degradarem.
Estou pensando se irei votar este ano. Não tenho estímulo algum para isso, pois, a começar pela eleição para governador do Estado do Pará, os nomes não me empolgam, e alguns causam asco.
Valha-nos quem?!!!
Jota Parente