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segunda-feira, outubro 18, 2021

Presidente do CFM sugeriu cloroquina contra a Covid-19

Um painel de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a hidroxicloroquina não deve ser usada para prevenir a covid-19 e não tem efeito significativo sobre pacientes já infectados pelo coronavírus. O medicamento anti-inflamatório e antimalárico não deve ser usado na luta contra a pandemia e, desde março de 2021, não é mais prioridade em pesquisas sobre possíveis tratamentos contra a Covid-19.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, pediu a liberação do uso de cloroquina e hidroxicloroquina — medicamentos com ineficácia comprovada contra o coronavírus — para tratamento de pacientes diagnosticados com a doença, em abril de 2020. As informações são do UOL.

Ribeiro, atualmente investigado pela CPI da Pandemia, fez a solicitação em um documento aprovado por unanimidade em sessão plenária do CFM no dia 16 de abril de 2020. O texto, segundo o portal de notícias, contém a assinatura de Ribeiro como o "relator" e o próprio CFM como "interessado".

Segundo ex-conselheiros e ex-presidentes do CFM, ouvidos pelo UOL, o parecer não tinha recebido aval científico de especialistas da área ou seguido os passos habituais. As fontes também destacaram a proximidade de Ribeiro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o uso do chamado "kit Covid".

Em nota, o CFM afirmou que o documento foi aprovado de forma legal, seguindo as regras do conselho, e que foi entregue a Bolsonaro, fazendo com que o conselho comprovasse "seu compromisso com a transparência de seus atos".

Fontee: UOL

domingo, julho 18, 2021

Médico que vendia 'kit covid' com cloroquina vai a julgamento e se declara culpado, nos EUA

Jennings Ryan Staley é acusado de comercializar 'cura milagrosa' com base em medicamento ineficaz contra o coronavírus

Acusado de contrabandear hidroxicloroquina para comercializar em um 'kit Covid-19', o médico norte-americano Jennings Ryan Staley se declarou culpado em processo movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O medicamento é comprovadamente ineficaz contra o coronavírus. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 20 anos de prisão.

Stanley, de 46 anos, confessou os crimes na última sexta-feira, quando compareceu a um tribunal federal em San Diego, na Califórnia. O médico vendia o kit Covid-19 como uma 'cura milagrosa'. Ele atendia em uma clínica especializada em estética.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, o médico comercializou kits Covid-19 nos meses de março e abril do ano passado. No acordo de confissão, ele admitiu que descrevia o tratamento aos pacientes como uma cura "cem por cento", uma "bala mágica", uma "arma incrível" e "quase bom demais para ser verdade". Stanley também afirmou que o remédios forneceriam pelo menos seis semanas de imunidade.

Kits Covid à base de hidroxicloroquina e outros medicamentos, como cloroquina, azitromicina e ivermectina, foram amplamente divulgados e defendidos por autoridades públicas como o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido).


Investigações

As investigações mostraram que Stanley tentou contrabandear cerca de 11kg de hidroxicloroquina de um fornecedor chinês. O medicamento daria entrada nos EUA em barris de extrato de inhame.

Provas contra o médico também foram obtidas por meio de agentes do FBI. Os policiais disfarçados entraram em contato com Stanley e um deles comprou seis pacotes de tratamento por US $ 4 mil.— Staley ofereceu uma bala mágica, uma cura garantida para Covid-19 a pessoas dominadas pelo medo durante uma pandemia global — disse a agente especial do FBI, Suzanne Turner. 

— Hoje, Staley admitiu que era tudo uma mentira como parte de um golpe para ganhar dinheiro rápido. O FBI continuará a perseguir vigorosamente os médicos que abusam de suas profissões para fraudar vítimas inocentes com truques de falsas esperanças e promessas — acrescentou.

O médico também confessou ter tentado obstruir a investigação. Quando questionado se teria prometido uma "cura cem por cento eficaz", ele desconversou e disse que "isso seria tolice".

— Enquanto os profissionais de saúde em todo o mundo trabalhavam abnegadamente na linha de frente de uma pandemia internacional, este médico usou sua posição de confiança para lucrar com os temores do Covid-19 — disse o procurador-geral Randy Grossman. — Estamos empenhados em proteger o povo americano de tais golpes e responsabilizar os golpistas — finalizou.

Fonte: Reuters

terça-feira, março 02, 2021

Hidroxicloroquina não deve ser usada como prevenção ou tratamento contra a Covid, indica OMS

A 'forte recomendação' dos especialistas é baseada em evidências de seis ensaios clínicos randomizados envolvendo mais de seis mil participantes

A hidroxicloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro como eficaz no tratamento da Covid-19, não deve ser usada para prevenir a doença causada pelo coronavírus e não tem efeito significativo em pacientes já infectados, afirmou um painel de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira.

O medicamento, segundo eles, não deve ser usado na luta contra a pandemia, registrou o painel de especialistas do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes (GDG) da OMS no jornal médico britânico BMJ, e "não vale a pena" ser explorado em estudos adicionais como possível tratamentos.

Esta "forte recomendação", disseram os especialistas, é baseada em evidências de alta certeza de seis ensaios clínicos randomizados envolvendo mais de 6.000 participantes com e sem exposição conhecida à Covid-19.

O remédio também era defendido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele disse em março que a hidroxicloroquina poderia ser uma virada de jogo na pandemia do coronavírus.

Trump também afirmou que estava tomando o medicamento, mesmo depois que o regulador de remédios dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), informar que sua eficácia e segurança não foram comprovadas.

Bolsonaro também declarou que tomou o medicamento quando foi infectado. Ele chegou a gravar vídeos com uma caixa do remédio.

“O painel considera que esta droga não é mais uma prioridade de pesquisa e que os recursos devem ser direcionados para avaliar outras drogas mais promissoras para prevenir Covid-19”, escreveram os especialistas da OMS.

Fonte: Agência Reuters