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domingo, novembro 21, 2021

Pará possui apenas 1,07 médico para cada mil habitantes, a menor média do Brasil

Estudo do Conselho Federal de Medicina mostra que o Pará tem a menor média de médicos por habitante do Brasil. Dificuldade de acesso e estrutura contribuem para o problema

A sobrecarga causada nos sistemas de saúde em decorrência da pandemia acendeu o alerta para a proporção entre a demanda de atendimentos e a quantidade de profissionais de saúde. Mesmo fora da situação completamente atípica gerada pela Covid-19, o cenário ainda é de alerta para o Estado do Pará. O levantamento mais recente do tipo, realizado em colaboração entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP) e que utilizou dados de 2020, aponta que o Pará tem a menor proporção de médicos por mil habitantes do país.

A publicação Demografia Médica no Brasil 2020 aponta uma marca histórica alcançada pelo país em novembro do ano passado, quando o Brasil passou a contar com 500 mil médicos. De acordo com o estudo, nos últimos 100 anos, o número de médicos no Brasil aumentou proporcionalmente cinco vezes mais que o número de habitantes. Entre 1920 e 2020, o número de médicos no Brasil cresceu 35,5 vezes, enquanto que, no mesmo período, a população do país aumentou 6,8 vezes.

Apesar disso, o estudo demonstra que a distribuição dos médicos pelo território nacional não se dá de forma igualitária. Com base em dados extraídos ainda em fevereiro de 2020, observou-se que enquanto estados como o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo detém a maior razão entre médicos por mil habitantes do país, com taxas maiores do que a média nacional de 2,49, os Estados do Amapá, Maranhão e Pará registram os menores números de médicos em relação à população do país. Na pior situação, o Pará tem apenas 1,07 médico para cada mil habitantes.

As desigualdades que persistem na distribuição dos profissionais são evidentes, inclusive, entre as regiões brasileiras. Agrupando 8,8% de toda a população do país, a Região Norte conta com 4,6% dos médicos em atividade, enquanto o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país, o equivalente a 53,2%. Considerando o número de registros de médicos nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o estudo aponta que apenas 7 das 27 unidades da federação têm mais de 2,50 profissionais por mil habitantes, ou seja, estão acima da média nacional.

CONCENTRAÇÃO

Se entre as regiões do país e entre estados essa desigualdade já está presente, o cenário também se repete nos territórios de cada unidade da federação quando considerada a concentração de profissionais nas capitais, em detrimento do interior. No geral, as capitais têm razão média de médicos por mil habitantes muito acima da razão nacional. Com razão de 4,24 médicos por mil habitantes, Belém concentra 69% dos médicos do Estado do Pará. Em contrapartida, com 31% dos médicos registrados, o interior do Pará tem uma proporção de apenas 0,40 médicos por mil habitantes.

Diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Wilson Machado ressalta que o principal desafio enfrentado no Estado é o problema da distribuição dos médicos no território paraense, o que, segundo ele, está muito relacionado com a falta de estrutura. “O problema que nós encontramos é a distribuição destes médicos pelo Pará. Nós temos várias cidades do Marajó que não possuem, por exemplo, um único médico”, aponta. “Isso se dá em função de uma série de fatores como, por exemplo, a dificuldade da informação chegar a esses lugares. Hoje, é fundamental a internet para que o profissional fique ligado às informações científicas e, inclusive, para obter resultados de exames online rapidamente, o que ajuda a fazer diagnóstico. Com internet ele pode interagir com outros médicos à distância para esclarecer alguns casos mais complicados e nisso há dificuldades em muitas cidades do Pará”.

Wilson Machado acredita que essa falta de estrutura acaba afastando do interior os profissionais médicos, que precisam ter segurança para exercer a sua profissão. “Outra questão é a da remuneração, que, na maioria desses lugares, não é a que espera o médico, uma remuneração que possa justificar o seu afastamento dos grandes centros para trabalhar ali”, acrescenta. “O grande problema não é nem o valor em si, mas a segurança deste vínculo profissional. Não existe concurso público mais e, sem isso, não existe a garantia da vinculação. Então, essas questões, associadas à questão de colégios adequados para os filhos, garantia de uma residência adequada para o profissional médico, enfim, são pequenos detalhes que acabam afastando um pouco o desejo do médico de estabelecer nessas cidades afastadas dos grandes centros”.

Para que esse cenário se modifique, o representante do Sindmepa acredita que é necessário investir na melhoria desses impasses. “É preciso dar plano de carreiras para o médico através de concurso público, vinculando e dando garantias a ele; melhorar a capacidade tecnológica nessas cidades para que o médico possa ter contato permanente com os grandes centros, para que tenha resultados de exames mais rápidos”.

Fonte: Diário do Pará

quinta-feira, outubro 28, 2021

Especialistas apontam que amamentar pode reduzir o risco de desenvolver o câncer de mama

Profissionais do Hospital Materno-Infantil de Barcarena explicam como a amamentação atua na prevenção da doença e os benefícios para mãe e bebê

Além de atuar no desenvolvimento do bebê, fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, e trazer inúmeros benefícios para a saúde de ambos, o aleitamento materno também ajuda na prevenção ao câncer de mama.

Estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que mulheres que amamentam durante um ano apresentam de 4,3% a 6% menos chances de desenvolver tumores na região mamária, diminuindo o risco do câncer de mama.

A explicação vem do fato de que as lactantes, mulheres que produzem o leite e amamentam, experimentam algumas mudanças hormonais, entre elas a redução na exposição ao estrogênio, hormônio que pode promover o crescimento de células de cancerígenas.

Segundo Danielly Souza, nutricionista clínica da Pró-Saúde que atua no Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), o aleitamento materno cria mecanismos de adaptação e indução no corpo da mulher, que auxiliam na prevenção do câncer de mama.

"É nessa fase que a mãe apresenta um perfil hormonal que induz a maturação das glândulas mamárias, tornando as células mais 'estáveis' e menos propensas ao desenvolvimento do câncer", explica Danielly.

A profissional, que é responsável técnica pelo Banco de Leite Humano do HMIB, destaca ainda que algumas pesquisas mostram que, nesse período, ocorrem trocas de substâncias em que os hormônios agem como fator de proteção em relação ao câncer de mama.

"Esse mecanismo hormonal acontece a partir da estimulação do seio da mãe pela criança. Isso significa que, quanto mais a mãe amamentar, mais protegida ela está. Durante o aleitamento materno, as células da mama se renovam o tempo todo, o que ajuda a remover células potencialmente danosas. Essa 'renovação celular' reduz a incidência de câncer", afirma a profissional.

segunda-feira, julho 26, 2021

Ney está sendo assistido

O secretário de Saúde do município, Iamax Prado, entrou em contato com o blog, ocasião em que confirmou que Sidney Cardoso está recebendo toda atenção necessária.

"É verdade. Dedes que tomei conhecimento de que ele estava enfrentando problemas de saúdes que requerem cuidados, movimentei-me para que ele fosse hospitalizado. Foi providenciado o TFD, e ele será transferido para Santarém", disse o secretário.

O blog vai continuar acompanhando.

Saúde de Sidney Cardoso (Ney Gordo) preocupa

Sidney Cardoso e eu
  Sidney Cardoso, também conhecido por   Ney Gordo, Está passando por um   momento complicado de sua vida, em   virtude de problemas de saúde   relacionados ao diabetes.

  Ele está hospitalizado no Hospital   Municipal de Itaituba.

  Segundo informou Orlando Pierre, da    Associação dos   Profissionais da Imprensa (API), da qual Ney é membro, os médicos recomendaram sua transferência para Santarém, onde dentre outras coisas, deverá passar por uma cirurgia nos olhos, pois sua visão foi muito afetada pelo diabetes.

No momento a API está organizando uma campanha para ajudar o colega, mas, caso seja necessário um reforço, recorrei aos amigos que prestigiam o blog. Tenho certeza que não faltarão.

Jota Parente

segunda-feira, maio 17, 2021

Nota Oficial da UNIMED Oeste sobre o estado de saúde do Padre Valdir Soares Serra

O Hospital da Unimed Oeste do Pará informa que o estado de saúde do Padre Valdir Soares Sena é considerado, pela equipe médica, Gravíssimo. O paciente está internado desde o dia 05 de maio, quando apresentou hemorragia digestiva em decorrência de cirurgia anterior para tratar um câncer gástrico.

Ontem à noite, 16 de maio, fez-se necessário uma nova abordagem cirúrgica. O paciente encontra-se atualmente em ventilação mecânica na Unidade de Pacientes Graves do hospital Unimed. Segundo o médico infectologista, Dr. Alisson Brandão que o acompanhou hoje e registou a evolução, as próximas horas são fundamentais para balizar o agravamento ou não do quadro clínico do paciente.

Em decorrência da gravidade, o hospital Unimed solicitou transferência para o hospital Regional do Baixo Amazonas e aguarda disponibilidade de leito.

Informações da Assessoria de Imprensa da Unimed Oeste do Pará.

Nota do editor: Padre Valdir Serra foi meu contemporâneo no Seminário São Pio X, em Santarém. Notícia que dou com o coração sangrando.

quarta-feira, abril 28, 2021

Hemodiálise e Outros Temas: Se o HRT Não Vai Até a Câmara, a Câmara Irá Até o HRT

Pres. Vereador. Dirceu Biolchi
     São cerca de 50 pacientes de Itaituba   que precisam permanecer em Santarém,   longe do domicílio, longe do convívio   familiar, para poderem fazer hemodiálise   em Santarém.

  Dentre esses pacientes encontra-se do   ex-  deputado federal e advogado Dudimar   Paxiúba, que como resultado da Covid-19 da qual conseguiu ser curado, ficaram algumas sequesas, dentre a elas nos rins, o que o obriga a permanecer em Santarém, porque nessa região, somente lá o serviço é oferecido.

Discussão importante e oportuna, que também conta com a participação do deputado estadual Hilton Aguiar, que teve requerimento aprovado na Assembleia Legislativa do Estado, no qual pede que o serviço de hemodiálise, que faz parte da gama de serviços que o Hospital Regional do Tapajós deve oferecer, saia do papel e vire realidade.

A responsabilidade é do governo do Estado, por isso, vereadores de Itaituba reforçaram o pedido do deputado, porque atualmente, o HRT só presta esse tipo de atendimento aos pacientes graves de Covid-19.

No total, segundo o projeto, deverão ser implantadas vinte e uma máquinas, todavia, o mais provável é que de início funcione cerca de dez.

Conforme foi informado pelo vereador enfermeiro Raimison Abreu, dentro de mais ou menos sessenta dias o setor de hemodiálise do HRT estará  funcionando.

O clima esteve quente durante a discussão, porque a direção do Hospital Regional sediado em Itaituba nunca respondeu ao convite feito pela Câmara para que alguém com poder de decisão comparecesse na Casa de Leis para responder a muitas perguntas que os vereadores gostariam de fazer.

O mais zangado entre todos foi o vereador Dirceu Biolchi, presidente, que afirmou, que caso o HRT não vá até a Câmara, a Câmara irá ao HRT, com todos os quinze vereadores indo até o local para conversar com a direção.

No momento em que esteve mais exaltado, Dirceu chegou a dizer, que se o HRT servir apenas para tratar de Covid-19, daqui a pouco será melhor fechar as portas.

Calma Dirceu.

 

quinta-feira, março 11, 2021

Punição dura para quem deu sumiço nos cilindros de oxigênio

O Brasil vive a pior crise sanitária da sua história com a pandemia do coronavírus, e nem esse momento de extrema dificuldade é capaz de inibir a má índole de muitos brasileiros.

Nosso país, que já lidera os índices de corrupção, de impunidade, da injustiça social e da violência contra as mulheres, e nessa pandemia volta a se destacar, mais uma vez e de forma negativa, enquanto milhares de profissionais de saúde estão se expondo em jornadas extremas para salvar vidas dos pacientes da covid-19, há aqueles que não perdem a oportunidade de mostrar o mau caráter que possuem e agem de forma criminosa, desviando os recursos da saúde.

Até nas poucas vacinas que estão sendo ofertadas para a população surgiram os fura filas, para tirar a vez das pessoas mais vulneráveis e ainda tem os pilantras travestidos de profissionais da saúde que com incrível desfaçatez enganam os idosos com a vacina de vento.

E agora surge, aqui em Itaituba, essa denúncia de desvio de oxigênio da UPA e, num episódio deprimente como esse, cabem vários questionamentos e um deles é: que tipo de caráter tem o ser humano que é capaz de praticar um ato desse?  

A falta de oxigênio numa unidade de saúde pode significar a morte de pacientes que necessitam de respiradores, e quem pratica um ato desumano como esse tem que ser banido do serviço público. 

As investigações, tanto da polícia, quanto do Ministério Público precisam dar uma resposta à sociedade, identificando o responsável ou responsáveis, para que haja uma punição à altura da gravidade desse crime. 

E nesse momento é bom lembrar que esse não é o primeiro desvio de material da secretaria de saúde. Há uns dois anos, furtaram centrais de ar, computadores e televisores e ninguém até o momento foi responsabilizado por isso. 

No momento em que Brasil ultrapassa duzentas e sessenta mil mortes pela covid-19, crimes com esse potencial lesivo não podem ficar impunes.  

Jornalista Weliton Lima – Comentário do Focalizando, 11/03/2021

quinta-feira, fevereiro 11, 2021

Médicos alertam sobre uso de ivermectina contra Covid-19, após suspeita de paciente com hepatite aguda

Mulher jovem desenvolveu quadro grave, podendo necessitar de transplante; medicação é segura para uso descrito na bula

O alerta de que uma mulher está com hepatite medicamentosa, correndo risco de necessitar de um transplante de fígado, supostamente por tomar 18 mg por dia de ivermectina por uma semana para combater um quadro leve de Covid-19 fez médicos mais uma vez pedirem que a população não use remédios de forma indiscriminada contra a doença.

O caso foi alertado em um tuíte do pneumologista Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. Após a postagem, o médico fechou suas redes sociais em razão de ataques virtuais.

“Me solicitaram avaliação para uma paciente com hepatite medicamentosa. Está a um passo de precisar de um transplante de fígado. Ganha um troféu quem adivinhar qual medicação foi a culpada”, diz no tuíte. “Pois é. Hepatite medicamentosa por ivermectina. 18 mg por dia por uma semana. Por Covid leve em jovem. Muito triste ver uma pessoa jovem a ponto de precisar de um transplante por usar uma medicação que não funciona em uma situação que não precisa de remédio algum.

A ivermectina é um vermífugo usado para promover a eliminação de vários parasitas do corpo. O medicamento faz parte do chamado "Kit Covid", voltado ao suposto "tratamento precoce" da doença. O presidente Jair Bolsonaro costuma defender o uso desses remédios, mesmo sem comprovação de eficácia por estudos científicos.

É uma falácia dizer que é uma droga segura'

Há uma semana, a MSD, farmacêutica responsável pela fabricação da ivermectina, informou em comunicado que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do medicamento contra a Covid-19

O médico hepatologista Paulo Bittencourt, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado da Sociedade Brasileira de Hepatologia, explica que 27% das hepatites agudas graves ou fulminantes são de origem medicamentosa. É a principal causa de um problema que, muitas vezes, acaba exigindo um transplante de fígado.

Fonte: O Globo

segunda-feira, janeiro 25, 2021

Nasce o primeiro bebê no Hospital Regional do Tapajós

 Mesmo não tendo ainda iniciado o Serviço de Obstetrícia, o HRT atendeu a uma urgência e realizou a cesárea que salvou a mãe e a criança

O primeiro parto no Hospital Regional do Tapajós (HRT), em Itaituba (HRT), oeste do Pará, foi realizado na quinta-feira (21), às 23h05. O bebê nasceu de cesárea, feita pelas equipes médicas do HRT e do Hospital Municipal de Itaituba. O parto ocorreu apesar de o HRT ainda não ter iniciado o Serviço de Emergência Obstétrica, que será oferecido em breve juntamente com as emergências em Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e urgência referenciada em Pediatria e Neurologia.

A unidade, que integra a rede pública estadual de saúde, já oferece o Serviço de Politrauma nas áreas de Ortopedia, Cirurgia Geral e Neurocirurgia desde 18 de janeiro, e continua como referência para atendimento de pacientes com Covid-19 na região.

Segundo a diretora-geral do HRT, Karla Cajaíba, por volta de 21 h da última quinta-feira ela foi acionada pelo médico Leonardo Perez, do Hospital Municipal de Itaituba, solicitando um leito para uma gestante em trabalho de parto e com suspeita de Covid-19, que precisava se submeter a uma cesárea. "O HRT foi fundamental em mais uma história com final feliz", ressaltou a gestora.

Conforme Leonardo Perez, que participou da cirurgia, a paciente havia dado entrada no Hospital Municipal na madrugada de quinta-feira em trabalho de parto prematuro, com 37 semanas de gestação. Ela estava com dois centímetros de dilatação e ficou em observação por 12 horas, recebendo a assistência necessária.

Sintomas de Covid-19 - Como não houve progressão no trabalho de parto, a gestante começou a apresentar quadro febril, com hemograma, indicando infecção. Também havia relato de dor de cabeça por dois dias antes e um quadro de taquicardia fetal, que poderia afetar o bebê.

Diante dessa situação, o leito foi disponibilizado para a paciente no HRT às 21 h, e a cirurgia começou às 22h30. "A cirurgia foi um sucesso! O HRT deu todo o suporte, com pós-operatório da paciente sem intercorrência, e programação de alta para este sábado (23)", disse o médico Leonardo Perez.

Por ser prematuro, o bebê precisou ser encaminhado à Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do Hospital Municipal, mas já está bem, sem suporte de oxigênio, e teve alta na tarde de sexta-feira (22), enquanto a mãe está internada em isolamento no HRT por haver suspeita de Covid-19, e ainda aguarda o resultado do exame de RT-PCR.

Também participaram do parto do primeiro bebê no Hospital Regional do Tapajós os médicos Rafael Cordeiro, Fábio Mendes, Taylane Sousa Lima (pediatra), Walter Ballhester (anestesista) e as enfermeiras Dalachyele Pires e Vanessa Lima. (Texto: Roberta Vilanova)

sexta-feira, novembro 13, 2020

Fundação Hemopa envia 140 bolsas de sangue para o Amapá

Paulo Coelho é doador há mais de 20 anos, e esta semana, aproveitou a folga do trabalho para cumprir com o seu papel de cidadão solidário. "Cheguei aqui no Hemopa, me deparei com a campanha a favor do Estado do Amapá, e eu fiquei muito feliz em poder ajudar os nossos irmãos de lá", disse o pintor de prédios. 

Ele é um entre dezenas de pessoas que aderiram à iniciativa da Fundaão Hemopa. Nesta sexta-feira (13), a Fundação Hemopa enviará 140 bolsas de sangue para o Hemocentro do Amapá.

Nos dias 10 e 11 de novembro, o Hemopa lançou a campanha 'S.O.S Amapá' e mobilizou doadores de sangue para suprir a necessidade do Hemocentro amapaense, diante do estado de calamidade do Estado por causa do incêndio que atingiu a subestação de energia elétrica localizada na Zona Norte de Macapá e deixou a população sem luz.

"O povo paraense é muito solidário. Todos os hemocentros do Brasil estão com baixa de comparecimentos de voluntários por causa da pandemia. A luta para manter o estoque é diária. Mas a situação do Amapá é extrema e por isso decidimos ajudar o Estado vizinho. Temos que nos dar as mãos para não deixar que o atendimento transfusional seja abalado", destacou Paulo Bezerra, presidente da Fundação Hemopa.


Dia Mundial do Diabetes: Saiba quais são os perigos dessa doença, que atinge 463 milhões de pessoas no mundo

O açúcar não é a única causa para o desenvolvimento dessa enfermidade. O excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar também são fatores agravantes

O Dia Mundial do Diabetes é promovido no dia 14 de novembro para dar luz a esse importante tema e também para conscientizar a população sobre a prevenção e tratamento da doença, que atinge 16 milhões de brasileiros, segundo dados da OMS.

Segundo pesquisa realizada, em 2019, pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), 463 milhões de pessoas no mundo, entre 20 e 79 anos, possuem diabetes. As estimativas se baseiam nos casos diagnosticados, portanto, os números reais assustam porque podem ser ainda maiores do que os registrados, já que muitas pessoas possuem diabetes sem saber.

É uma doença silenciosa e perigosa. Você já deve ter ouvido falar que o açúcar é o grande vilão para o desenvolvimento da doença, mas ele não é o único: o excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade, que é um problema global e tem aumentado cada vez mais nos últimos anos.

A enfermidade ocorre pela falta de insulina e/ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente sua função no organismo, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue, chamado de hiperglicemia, que pode prejudicar vários órgãos, entre eles os nervos, vasos sanguíneos, rins, olhos, coração, colocando a vida do portador da doença em risco.

Existem diferentes tipos de diabetes:

- Tipo 1 (insulinodependente): geralmente diagnosticado na infância ou adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, resultando na retenção da glicose no sangue ao invés de ser utilizada como energia pelas células do corpo. Nesse tipo, a pessoa precisa ser tratada por meio de aplicações diárias de injeções de insulina;

- Tipo 2: é responsável por quase 90% dos casos, costuma ser mais frequente em adultos e está associado a um estilo de vida não saudável. Aparece quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. O tratamento é feito por medicamentos, exercícios físicos e planejamento alimentar;

- Diabetes gestacional: as mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o nível de glicose no sangue da gestante, mas o aumento de peso excessivo também é um fator de risco.

Para detectar essa patologia é necessário realizar o exame de sangue. Contudo, alguns sintomas podem ser identificados com mais facilidade: poliúria (urinar demais), aumento do apetite, alterações visuais, feridas que demoram a cicatrizar, distúrbios cardíacos e renais.

É importante não minimizar os sintomas e procurar um médico para manter os exames em dia, além da prática de hábitos saudáveis. Quando o diabetes não é tratado podem surgir complicações graves com risco de vida.

terça-feira, outubro 13, 2020

O Possível Fechamento do HRT Predominou nos Debates na Câmara, hoje


O prato do dia foi a situação do Hospital Regional do Tapajós, assunto de todos os vereadores que usaram a tribuna da Câmara, e até nos apartes foi quase somente disso que se falou.

Quem abriu o desfile das lamúrias com direto a emoções fortes foi o vereador Peninha, que em conversa com a reportagem do blog, disse que já vem falando há semanas desse imbróglio.

As irregularidades praticadas pelo Instituto Pan-americano de Gestão tem sido motivo de denúncias nossas há bastante tempo. Dentre os problemas, existe o não pagamento dos salários dos servidores que estão na linha de frente do combate da Covid-19, que são enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e outros.

Uns estão com salários atrasados por dois meses, outros por três, e não se tem uma informação sobre o pagamento.

Fomos pesquisar sobre esse instituto. Descobrimos que o problema não é somente na unidade de Itaituba. Enganou profissionais, como médicos trazidos de São Paulo para Santarém, teve problemas em Castelo de Sonhos e na cidade de Altamira.

Onde eles montaram hospitais de campanha eles deram calotes nos funcionários. E não há razão para isso, porque o IPG recebeu mais de R$ 60 milhões do mês de abril pra cá. Então, o que foi feito desse dinheiro todo?

Somente para o Hospital Regional do Tapajós foram liberados mais de R$ 20 milhões. Onde está esse dinheiro? O que fizeram com esse dinheiro, que não pagaram nem os salários dos servidores?

E tem mais, eu tenho informações que tem coisas para serem explicadas a respeito das compras feitas para o HRT, porque se compra uma determinada quantidade de produtos para o hospital, a quantidade consta da nota fiscal, mas o que é entregue é somente uma parte. Se comprarem 50 soros, vem os 50 na nota fiscal, mas, só são entregues 10, 15…

Eu acredito que a Polícia Federal, que já esteve no Regional, que vai lá de vez em quando para investigar, já deve ter todas as informações e quem sabe, muito mais. Uma hora dessas a gente vai ouvir notícias sobre escândalo no Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba.

É lamentável. Nós brigamos tanto para termos esse hospital, e o que estamos vendo é que o nosso sonho virou um pesadelo.

Amanhã, quarta-feira, dia 14 de outubro, termina o contrato do IPG com o governo do Estado, que não vai renovar, de acordo com as informações que eu tenho.

O Estado, até agora não se pronunciou, o Estado não tem explicação nenhuma para dar para a população deste região. Nós temos cobrado dos nossos deputados estaduais, estamos cobrando do secretário de saúde do Estado, estamos cobrando do governo do Estado e ninguém diz nada. Isso é revoltante.

A gente gostaria que governo do Estado dissesse alguma coisa. Que diga que o hospital vai fechar, que vai ser feita uma licitação para contratar uma empresa para colocar para funcionar com as especialidades prometidas. A população está nos cobrando com razão.

Existem oito pacientes com coronavírus no hospital, que pelo jeito, vão ter que ser transferidos para Santarém. E a Covid-19 ainda não acabou, nem aqui em Itaituba, nem nos demais municípios da nossa região”, disse o vereador.

Peninha falou na tribuna, que é do mesmo partido do governador, mas, isso não o impede de fazer cobranças, porque se ele tem mandato, quem deu foi o povo, ao qual deve explicações.

Hoje eu estou vereador, e quem me deu o mandato foi o povo, não foi o governador. O tratamento que o governo do Estado está dando para a população é revoltante.

Temos um hospital de primeiro mundo, bem equipado, capaz de atender bem quem precisa. O que está faltando é o governo do Estado colocar uma empresa séria para administrar”, concluiu Peninha.

sexta-feira, julho 31, 2020

Projeto inédito do Hospital Regional do Baixo Amazonas cuida de pacientes oncológicos em casa


O tratamento contra o câncer no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, ganhou um novo capítulo por meio de uma iniciativa inédita. A unidade está levando o cuidado e a assistência clínica diretamente na casa de pacientes oncológicos.

 

O projeto, que leva o nome de “HRBA na Sua Casa”, com início no final do mês de maio, já realizou 91 atendimentos, proporcionando mais conforto aos usuários que fazem tratamento contra o câncer. Além de buscar a reabilitação do paciente, o objetivo da iniciativa também diminui o risco de infecções e contribui para gestão de leitos no pronto atendimento do hospital.

 

Para a enfermeira Enilda Gambôa, coordenadora do projeto e supervisora do Núcleo Interno de Regulação (NIR), a iniciativa surge em um momento importante e auxilia na prevenção de riscos. “Além dos inúmeros benefícios na reabilitação, evitamos que o paciente circule de maneira desnecessária, o que reduz as chances de contaminação pelo coronavírus”, destaca.

 

O HRBA é uma unidade pertencente ao Governo do Pará, gerenciada pela Pró-Saúde, por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (SESPA), sendo referência no tratamento oncológico na região do Baixo Amazonas e Xingu.

 

Projeto também aumenta o vínculo familiar

 

Antônio Benedito Simões, de 53 anos, há dois meses vem lutando contra o câncer. O acompanhamento em casa promovido pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas tem ajudado também a família. “Eu agradeço por terem vindo em nossa casa. Ele está debilitado, não está trabalhando e isso ajuda muito a gente não ter que se deslocar até o hospital. Aqui a médica vem cuidar dele, dar atenção. Ele vai se recuperar, em nome de Jesus”, comenta a esposa Marli dos Passos Lima.

 

O “HRBA na Sua Casa” é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiro, técnico em enfermagem, médico e entre outros especialistas dependendo da necessidade de cada usuário.

 

“Para que o paciente seja admitido neste tipo de atendimento, a equipe faz uma avaliação prévia, traçando um plano terapêutico de cuidados domiciliares. Além disso, os familiares ou cuidadores são capacitados pela equipe para que estejam aptos para prosseguirem com o tratamento iniciado. Nosso foco é a reabilitação em menor tempo e com vínculo familiar”, afirma a oncologista e coordenadora do projeto, Vivian Costa.

 

Além do atendimento em casa, a equipe tira dúvidas por meio do serviço de teleconsultas, em número de telefone disponibilizado aos familiares.

 

“O projeto tem uma missão extraordinária. Estamos reduzindo a exposição e o risco de contaminação do paciente oncológico por Covid-19, mas principalmente, humanizando a atenção à saúde com a ampliação da autonomia dos usuários, trazendo resolutividade aos casos, por meio de uma assistência de qualidade”, afirma o diretor Hospitalar do HRBA, Hebert Moreschi.

 

Reconhecido como um dos dez melhores hospitais públicos do Brasil, o Hospital Regional do Baixo Amazonas presta serviço 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), atendendo uma população estimada em mais de 1,3 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu.


Anna Karla Lima

Analista de Comunicação