segunda-feira, dezembro 29, 2014

Os verdadeiros donos do mundo:

67 pessoas possuem um patrimônio igual ao de metade do planeta – e a diferença entre elas e o resto de nós não para de crescer.


ANDREAS MÜLLER


Este ano, um grupo de 130 pessoas se reuniu em Copenhague, capital da Dinamarca. Discutiram assuntos como economia global, mudanças climáticas, guerras. Fizeram previsões, debateram, traçaram estratégias. Parecia uma assembleia da ONU. Mas era um encontro do Grupo de Bilderberg: organização criada em 1954 para reunir as pessoas mais poderosas do planeta. Seu encontro anual, que não é aberto a ninguém da imprensa, reúne multibilionários e chefes de Estado e de Exércitos (este ano, os destaques foram o líder supremo da OTAN, aliança militar presente em 28 países, e o diretor-geral da NSA, a superagência de espionagem americana).

“Estamos falando de uma rede global, mais poderosa do que qualquer país, e determinada a controlar a humanidade”, diz o russo Daniel Estulin, autor de um livro sobre o grupo. Ele pode estar exagerando um pouco. Mas é fato que os ultrarricos nunca tiveram tanta força. A economia mundial patina e não consegue se recuperar da megacrise de 2008, a maior dos últimos 80 anos. Ela começou com quebras de grandes bancos nos EUA [Estados Unidos da América], que deixaram um rombo estimado em US$ 2,7 trilhões, e se espalhou pelo planeta, gerando grandes ondas de desemprego e recessão – da qual as principais economias do mundo ainda não se recuperaram. Mas mesmo assim, em plena tempestade, o número de bilionários dobrou. Agora um pequeno grupo, com as 67 pessoas mais ricas do mundo, tem tanto dinheiro quanto os 3,5 bilhões de humanos mais pobres. É como se, financeiramente, metade do planeta coubesse dentro de um ônibus. A desigualdade de renda explodiu, e está se aproximando dos níveis que antecederam a Primeira Guerra Mundial. E isso tende a ser um problema para quase todo mundo.

Mas antes: como chegamos a esse ponto? Afinal, se o mundo está em crise, todos perdem, certo? Mais ou menos. Na verdade, as crises têm o poder de concentrar renda, deixar os ricos mais ricos. E é fácil entender o porquê. Quando as coisas apertam, pessoas e empresas são obrigadas a se desfazer do seu patrimônio. Vendem imóveis pela metade do preço, liquidam ações por menos do que valem e, claro, saem perdendo. Quem ganha são uns poucos – que têm dinheiro para comprar tudo isso. “Para cada novo milionário, há muito mais gente que perde dinheiro. Em geral, quem mais sofre são os pobres e a classe média”, diz Rodolfo Olivo, professor de finanças da USP. Os mais ricos compraram ações e empresas pagando pouco, logo no estouro da crise, e ganharam com isso. De 2009 para cá o índice Dow Jones, que mede as principais ações das bolsas americanas, subiu 149%.

Ao mesmo tempo em que aumentava a concentração de renda, a crise emperrou as economias e instigou movimentos como o Occupy Wall Street – que começou como um protesto de 100 mil pessoas no centro financeiro de Nova York e chegou a 1.500 cidades pelo mundo.

Tudo isso teve uma consequência inédita: fez um livro de economia virar best-seller. O Capital no Século XXI, escrito pelo economista francês Thomas Piketty, é um catatau de quase 700 páginas, que analisa as economias de 20 países ao longo de mais de um século. É denso, complexo, difícil de ler. Mas se tornou número 1 na Europa e nos EUA, com centenas de milhares de cópias vendidas. No Brasil, foi lançado em novembro e imediatamente alcançou o segundo lugar (só perdendo para a biografia do líder religioso Edir Macedo). Piketty tem chamdo a atenção – e causado furor – porque demonstrou, com estatísticas, que a desigualdade social está aumentando. E apresentou uma explicação para esse fenômeno.

Manifestação "Occupy Wall Street" em Nova York
Tradução do cartaz: 
"Você perdeu a sua casa? Wall Street roubou de você."
O contraste entre ricos e pobres não surge do nada. Ele vem de uma força elementar: a diferença entre o capital e o trabalho. O capital (dinheiro, imóveis, fábricas, ações, bens) pode ser investido e gerar mais capital. Já o trabalho não tem esse poder multiplicador. E aí, diz Piketty, r > g. Essa fórmula, que foi inventada por ele, é bem simples. O “r” é o ganho médio que o capital consegue obter em um ano, por meio de investimentos. Já o “g” representa a taxa de crescimento da economia. Ou seja: se r é maior que g, quem tem capital para investir sempre ganha mais do que a economia como um todo. E fica com uma fatia cada vez maior do bolo. Já quem trabalha e recebe salário, ou seja a maioria das pessoas, fica com menos. E como dizia o refrão daquela música, “o de cima sobre e o de baixo desce”.

Nem sempre foi assim. Entre as décadas de 1950 e 1970, o processo foi inverso. O crescimento da economia era maior que o ganho dos investimentos (ou seja, g > r). O mercado financeiro lucrava menos do que a “economia real”, embalada pela reconstrução da Europa e a explosão de prosperidade nos EUA. A desigualdade diminuiu. Mas a onda virou, e a distância entre ricos e pobres voltou a crescer.

No final dos anos 70, os presidentes das 350 maiores companhias do mundo ganhavam, em média, 30 a 40 vezes mais que os funcionários de base. Hoje, a diferença de salário entre o presidente e o peão passa de 300 vezes. Nos Estados Unidos, o salário médio dos trabalhadores encolheu de US$ 4 mil para US$ 2.750 (em valores reais, descontando a inflação do período) entre 1978 e 2010. Já a remuneração do 1% mais rico disparou: foi de US$ 25 mil para US$ 83 mil.

No Brasil, a concentração de renda caiu nos últimos 20 anos. Mas ainda é brutal. Somos o 13º país mais desigual do mundo, só perdendo para nações muito pobres, como Botsuana, Namíbia e Haiti. “Quanto maior é a desigualdade, mais altas são as taxas de homicídio, de uso de drogas, mortalidade infantil, doenças psiquiátricas e até de obesidade”, diz Richard Wilkinson, diretor da ONG britânica The Equality Trust.

Reduzir a diferença entre ricos e pobres não é apenas uma questão humanitária ou ideológica. É importante para a saúde da própria economia. E quem diz isso não são pregadores esquerdistas: é o Fundo Monetário Internacional, que publicou um estudo mostrando como a desigualdade extrema tende a gerar crises, e o World Economic Forum – que reúne 700 líderes econômicos globais e este ano elegeu a desigualdade como o grande problema do mundo atual. Até o papa Franciscoandou palpitando a respeito: para ele, a desigualdade “provocará uma explosão da violência” no mundo se não for contida.

O DINHEIRO NO PODER

Os donos do mundo aproveitaram a crise e exploraram a diferença entre capital e trabalho para aumentar suas fortunas. Mas também podem recorrer a outros meios, como a política. A história está recheada de casos de multibilionários que usaram suas fortunas para moldar o destino da humanidade – e ficaram ainda mais ricos fazendo isso.

No século 19, o banqueiro Nathan Rothschild foi o grande instigador da derrota de Napoleão na batalha de Waterloo. Ele comprou a maior parte dos títulos emitidos pelo Exército inglês para financiar a guerra. Cheio de dinheiro, e portanto de armas, o Exército foi ao front e venceu. Rothschild foi a primeira pessoa na Inglaterra a ficar sabendo. Sem avisar ninguém, saiu vendendo seus títulos. Os outros investidores acharam que a Inglaterra tinha perdido a guerra, e também venderam os títulos que possuíam. Isso derrubou os preços deles. Rothschild aproveitou para recomprar tudo, pagando baratíssimo. No dia seguinte, quando o resto do país foi informado da vitória, o valor dos papéis disparou. E Rothschild multiplicou sua fortuna em 20 vezes. Ela chegou a US$ 350 bilhões, em valores atuais. Dá mais de quatro Bill Gates.

Hoje, a influência dos überricos [superricos] na política é mais sutil, mas igualmente forte. Um bom exemplo é o Tea Party, que surgiu nos Estados Unidos em 2009 – à primeira vista, como movimento popular. De repente, milhares de americanos estavam nas ruas para protestar contra coisas que os incomodavam. Só que ninguém estava reclamando da falta de saúde ou educação, ou de 20 centavos a mais na passagem do ônibus. As reivindicações eram mais ao gosto de empresários e banqueiros: redução de impostos, liberação nas emissões de CO2 (que, segundo Tea Party, não é o responsável pelo aquecimento global) e fim do sistema de saúde gratuito que Barack Obama tentava implantar nos EUA.

Com inclinações tão ostensivas, era difícil que a máscara não caísse. A imprensa americana logo descobriu que, na verdade, o Tea Party tinha sido criado e era financiado pelos irmãos David e Charles Koch – que estão entre as dez pessoas mais ricas do mundo. Só neste ano, eles já compraram 43.900 espaços publicitários em TVs e rádios dos Estados Unidos para difundir mensagens políticas e apoiar determinados candidatos. Quando foram flagrados como criadores do movimento, os irmãos Koch não se abalaram. Admitiram tudo, e disseram que seu objetivo é melhorar a “qualidade de vida” da sociedade.

No Brasil, são notórios os casos de empresas ou de milionários que dão dinheiro para financiar partidos políticos: são as controversas doações de campanha. Nas últimas eleições [outubro/2014], elas ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão, segundo o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. As dez empresas que mais doaram (JBS, Bradesco, Itaú, OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz Galvão, Vale e Ambev) financiaram 70% de todos os deputados federais eleitos – 360 de 513, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.

As doações são permitidas por lei. Mas podem causar distorções. Imagine que você foi eleito deputado. Certo dia, sua secretária avisa que há duas pessoas esperando você. Uma é um cidadão qualquer. A outra é um empresário que doou alguns milhões para a sua campanha (e de cuja ajuda você vai precisar na próxima eleição). “Quem você se sentiria mais pressionado a receber?”, pergunta Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.

“Os grandes doadores exercem uma pressão muito maior sobre os políticos.” Uma possível saída seria limitar ou proibir as doações privadas e financiar as campanhas com dinheiro público, como já acontece em países como Suécia e França. Isso ajudaria a conter a influência dos empresários. Mas a medida também tem seu lado polêmico, pois consumiria recursos públicos. O valor do financiamento poderia ser fixado por lei, obrigando as campanhas a gastar menos do que hoje. Isso enfrentaria grande resistência da classe política, e o financiamento público não é uma panaceia – pois candidatos mal-intencionados sempre poderiam receber dinheiro por fora, por meio de caixa 2.

EFEITO MATEUS

Os impostos. Quando pensamos neles, costumamos pensar no governo: o dinheiro que ele arrecada e os serviços públicos, como saúde e educação, que fornece em troca. O que pouca gente sabe é que, no Brasil, os ricos pagam proporcionalmente menos impostos do que o resto da sociedade. Soa incrível, mas é verdade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra o que acontece. Uma pessoa que ganha dois salários mínimos por mês gasta 53,9% da sua renda com impostos, que estão embutidos nos produtos que ele compra. Tem de trabalhar 197 dias por ano só para pagar impostos. Já alguém que recebe 30 salários mínimos paga apenas 29% - e trabalha 106 dias, quase a metade do tempo, para sustentar o governo.

Isso acontece porque, ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, os impostos brasileiros estão mais concentrados nos produtos que as pessoas compram, e não no dinheiro que elas ganham. E essa característica é uma máquina de produzir desigualdade: porque os impostos tomam mais dinheiro daqueles que menos têm. “Isso onera os mais pobres, tornando-os mais pobres ainda”, diz Evilásio Salvador, da Universidade de Brasília. É o que os economistas chamam de Efeito Mateus (uma referência à passagem bíblica Mateus 25,14-30: “Porque àquele que tem lhe será dado, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado”).

Inverter essa lógica é difícil – afinal os mais ricos têm poder para pressionar os políticos. Mas até alguns deles se dizem dispostos a mudar. O megainvestidor Warren Buffet, terceiro homem mais rico do mundo, sugeriu um plano ao presidente dos EUA. A proposta, que ficou conhecida como “The Buffett Rule” (Regra Buffett), criava um imposto de renda de pelo menos 30% sobre quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano. Isso só afetaria 0,3% das pessoas. Mas arrecadaria US$ 36 bilhões. É um oceano de dinheiro (mais do que todo o orçamento do Ministério da Educação brasileiro). A proposta foi à votação no Congresso, e perdeu. Segundo uma pesquisa da CNN, 72% dos americanos eram a favor dela.

Se nada mudar, a desigualdade no mundo tende a continuar crescendo (pois r > g, lembra?). É difícil prever as consequências disso. Mas uma delas pode ser a radicalização política. Um estudo feito por três universidades americanas (Columbia, Houston e Princeton) constatou que, quanto maior a desigualdade econômica num país, mais forte tende a ser a divisão entre os seus grupos de esquerda e direita. E a história sugere que a superconcentração de recursos pode acabar em algum tipo de tumulto.

Já aconteceu. Houve um país que passou por um processo muito forte, e muito acelerado, de concentração de renda. Em apenas cinco anos, a fatia do bolo pertencente ao 1% mais rico cresceu 50%. A renda das demais pessoas caiu a ponto de prejudicar sua alimentação – e aumentar a mortalidade infantil em 16% em determinadas regiões do país. Seu líder fazia discursos cada vez mais inflamados, nos quais se dizia “inimigo do capitalismo”. Essa nação era a Alemanha. Seu líder, Adolf Hitler. A consequência, a Segunda Guerra Mundial.

OS 67 ULTRARRICOS DO MUNDO (EM DÓLARES)

01- Bill Gates – US$ 80,9 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

02- Carlos Slim Helu & Família – US$ 78,7 BILHÕES – AMÉRICA MÓVIL – México

03Warren Buffett – US$68,4 BILHÕES – BERKSHIRE HATHAWAY (Investimentos) – Estados Unidos

04- Amancio Ortega – US$ 58,1 BILHÕES – ZARA – Espanha

05- Larry Ellison – US$ 48,8 BILHÕES – ORACLE (Software) – Estados Unidos

06- Charles Koch – US$ 41,9 BILHÕES – KOCH INDUSTRIES – Estados Unidos

07- David Koch – US$ 41,9 BILHÕES – KOCH INDUSTRIES – Estados Unidos

08- Christy Walton & Família – US$ 37,9 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

09- Jim Walton – US$ 36,6 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

10- Mark Zuckerberger – US$ 35,5 BILHÕES – FACEBOOK – Estados Unidos

11- Alice Walton – US$ 35,1 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

12- S. Robson Walton – US$ 35,1 BILHÕES – WALMART – Estados Unidos

13- Michael Bloomberg – US$ 34,5 BILHÕES – BLOOMBERG (Mídia) – Estados Unidos

14- Liliane Bettencourt & Família – US$ 34,2 BILHÕES – L’OREAL – França

15- Sheldon Adelson – US$ 32,1 BILHÕES – DONO DE CASSINOS – Estados Unidos

16- Li Ka-Shing – Us$ 31,3 BILHÕES – PORTOS E EMPRESAS DE PLÁSTICO – Hong Kong

17- Stefan Persson – US$ 30,4 BILHÕES – H & M (ROUPAS) – Suécia

18- Bernard Arnault & Família – US$ 30,2 BILHÕES – LVMH (LOUIS VUITTON) – França

19- Larry Page – US$ 29,9 BILHÕES – GOOGLE – Estados Unidos

20- Sergey Brin – US$ 29,5 BILHÕES – GOOGLE – Estados Unidos

21- Jeff Bezos – US$ 26,9 BILHÕES – AMAZON – Estados Unidos

22- Carl Icahn – US$ 25,5 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

23- Michele Ferrero & Família – US$ 25 BILHÕES – GRUPO FERRERO (CHOCOLATES) – Itália

24- George Soros – US$ 24 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

25- David Thomson & Família – US$ 24 BILHÕES – THOMSON REUTERS (MÍDIA) – Canadá

26 – Forrest Mars Jr. – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. (CHOCOLATES) – Estados Unidos

27- Jacqueline Mars – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. – Estados Uniddos

28- John Mars – US$ 23,1 BILHÕES – MARS INC. – Estados Unidos

29- Aliko Dangote – US$ 23 BILHÕES – DANGOTE GROUP (AÇÚCAR) – Nigéria

30- Lee Shau Kee – US$ 22,4 BILHÕES – DONO DE HOTÉIS E IMÓVEIS – Hong Kong

31- Steve Ballmer – US$ 22,3 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

32- Mukesh Ambani – US$ 21,8 BILHÕES – RELIANCE INDUSTRIES (ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES) – Índia

33- Al-Waleed Bin Talal Alsaud – US$ 21,5 BILHÕES – FAMÍLIA REAL – Arábia Saudita

34- Jorge Paulo Lemann – US$ 21,5 BILHÕES – 3G CAPITAL (CONTROLADORA DA AMBEV – BEBIDAS) – Brasil

35- Phil Knight – US$ 21,4 BILHÕES – NIKE – Estados Unidos

36- Michael Dell – US$ 21,1 BILHÕES – DELL – Estados Unidos

37- Jack Ma – US$ 21 BILHÕES – ALIBABA GROUP (COMÉRCIO ELETRÔNICO) – China

38- Len Blavatnik – US$ 19,7 BILHÕES – INVESTIDOR – Estados Unidos

39- Dilip Shanghvi – US$ 17,9 BILHÕES – SUN PHARMACEUTICAL INDUSTRIES – Índia

40- Leonardo Del Vecchio – US$ 17,8 BILHÕES – LUXOTTICA (ÓCULOS) – Itália

41- Alisher Usmanov – US$ 17,5 BILHÕES – USM HOLDINGS (MINERAÇÃO) – Rússia

42- Tadashi Yanai & Família – US$ 17,1 BILHÕES – FAST RETAILING (VAREJO) – Japão

43- Paul Allen – US$ 17 BILHÕES – MICROSOFT – Estados Unidos

44- Masayoshi Son – US$ 16,8 BILHÕES – SOFTBANK – Japão

45- Michael Otto & Família – US$ 16,6 BILHÕES – OTTO GMBH & CO (VAREJO) – Alemanha

46- LAURENE POWELL JOBS & FAMÍLIA – US$ 16,6 BILHÕES – APPLE, DISNEY – Estados Unidos

47- Theo Albrecht Jr. & Família – US$ 16,5 BILHÕES – TRADER JOE’S (VAREJO) – Alemanha

48- Charles Ergen – US$ 16,2 BILHÕES – DISH NETWORK (TV POR ASSINATURA) – Estados Unidos

49- Robin Li – US$ 16,1 BILHÕES – BAIDU (INTERNET) – China

50- Gina Rinehart – US$ 15,9 BILHÕES – HANCOCK PROSPECTING (MINÉRIOS) – Austrália

51- Anne Cox Chambers – US$ 15,8 BILHÕES – COX ENTERPRISES (MÍDIA) – Estados Unidos

52- Mikhail Fridman – US$ 15,7 BILHÕES – ALFA-BANK – Rússia

53- Joseph Safra – US$ 15,5 BILHÕES – BANCO SAFRA – Brasil

54- Viktor Vekselberg – US$ 15,4 BILHÕES – RENOVA GROUP (ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES) – Rússia

55- Susanne Klatten – US$ 15,3 BILHÕES – BMW – Alemanha

56- Donald Bren – US$ 15,3 BILHÕES – IRVINE COMPANY (IMÓVEIS) – Estados Unidos

57- Ray Dalio – US$ 15,2 BILHÕES – BRIDGEWATER ASSOCIATES  (INVESTIMENTOS) – Estados Unidos

58- Luis Carlos Sarmiento – US$ 15,1 BILHÕES – GRUPO AVAL (BANCO) – Colômbia

59- Pallonji Mistry – US$ 15,1 BILHÕES – SHOPOORJI PALLONJI GROUP (CONSTRUÇÃO) – Índia/Irlanda

60- Azim Premji – US$ 15,1 BILHÕES – WIPRO (TECNOLOGIA) – Índia

61- German Larrea Mota Velaco & Família – US$ 14,8 BILHÕES – GRUPO MEXICO (MINERAÇÃO) – México

62- Dieter Schwarz – US$ 14,7 BILHÕES – SCHWARZ GROUP (VAREJO) – Alemanha

63- Ma Huateng – US$ 14,7 BILHÕES – TENCENT (INTERNET) – China

64- Harold Hamm – US$ 14,6 BILHÕES – CONTINENTAL RESOURCES (ENERGIA) – Estados Unidos

65- Lui Che Woo – US$ 14,5 BILHÕES – GALAXY ENTERTAINMENT (HOTÉIS E CASINOS) – Hong Kong

66- Thomas & Raymond Kwok & Família – US$ 14,5 BILHÕES – SUN HUNG KAI PROPERTIES (IMÓVEIS) – Hong Kong

67- Lakshmi Mittal – US$ 14,5 BILHÕES – ARCELORMITTAL (MINERAÇÃO E AÇO) – Índia

Fonte: Revista SUPER INTERESSANTE - Edição Impressa

Observação: vale a pena ler o artigo na revista, pois há infográficos de excelente didática e qualidade sobre esse assunto, confira!
Postado por Padre Telmo Figueiredo 

Azul vai bancar treinamento de quatro servidores do aeroporto

Foto: JParente
A Azul Linha Aéreas, cujos voos para Itaituba estão suspensos desde o dia 22 deste mês, por recomendação da ANAC, tem interesse que as operações sejam normalizadas no aeródromo do município, pois a demanda por passagens aéreas tem sido bastante expressiva.

A referida empresa vai bancar integralmente o treinamento de quatro funcionários que atuam no setor de segurança, a fim de colaborar para que as não conformidades sejam sanadas.

Essas quatro pessoas dividem-se entre pessoal de segurança na hora dos passageiros adentrarem ao salão de embarque e de fiscalização da pista de pouso.

Os servidores irão fazer um curso em São Paulo, com hotel pago, curso pago pela Azul, que os levará e os trará de volta.

A MAP já havia doado os equipamentos para vistoria individual dos passageiros na hora do embarque.

A Prefeitura adquiriu pó químico, item indispensável para a segurança das operações, caso haja algum problema.

A Secretaria de Aviação Civil adquiriu um carro de combate a incêndio que foi doado para a prefeitura.

Esse carro vai resolver o problema que se arrasta por anos seguidos, pois o que tem sido usados costuma dar problemas de vez em quando.

Com as festas de final de ano, não se ainda ao certo que dia o citado carro de combate a incêndio vai chegar ao município.

Quanto ao que estava em uso, a prefeitura não deu informação alguma a respeito da data que ele estará recuperado.

Médicos ameaçam paralisar em Santarém

Secretária Valdenira Cunha está de férias e pode não voltar à pasta da saúde


Os médicos que prestam serviços ao Hospital Municipal de Santarém ficaram sem receber seus vencimentos e passaram o Natal sem dinheiro. Tal situação deixou a classe indignada e possivelmente haverá uma paralisação nos primeiros dias do ano de 2015.

A secretária Valdenira Cunha está de férias e a Secretária adjunta Livia Corrêa pediu exoneração do cargo. Há comentários de que Valdenira Cunha não voltará a assumir a pasta da saúde de Santarém e o sonho do prefeito Alexandre Von é ver o médico e deputado estadual Nélio Aguiar à frente da Secretaria de Saúde de Santarém.

PREFEITURA SE PRONUNCIA: A Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), esclarece que o recurso de Média e Alta Complexidade (MAC) para pagamento dos médicos do Hospital Municipal, que deveria ter sido repassado ao Município no último dia 10/12, somente foi liberado no dia 23/12, pelo Ministério da Saúde, e transferido no mesmo dia à empresa (EMED – Sociedade dos Médicos do Oeste do Pará LTDA) que faz o repasse aos profissionais médicos do Hospital Municipal de Santarém (HMS).

A Prefeitura esclarece, portanto, que o atraso do referido pagamento deveu-se ao atraso do repasse da verba específica pelo Ministério da Saúde, o que foi normalizado no ultimo dia 23/12.

MÉDICOS DO HOSPITAL REGIONAL TAMBÉM ESTÃO SEM RECEBER: Os médicos do Hospital Regional do Baixo Amazonas também ficaram sem receber seus salários. A Pró-Saúde, que administra o HRBA, não pagou a categoria no dia 05 de dezembro, referente ao mês de dezembro e os comentários são de que os salários dos profissionais de saúde só serão pagos na primeira quinzena de janeiro de 2015, fato que deixou a classe revoltada.

Fonte: RG 15\O Impacto

Puty e Maia entre os 10 melhores deputados do país, segundo a Veja

Foto: JParente
Dois deputados do Pará – Cláudio Puty (PT – foto) e Lira Maia (DEM) –  estão entre os 10 melhores no “Ranking do Progresso” de 2014 da Veja.
A divulgação da lista saiu na edição deste final de semana da revista.
Puty aparece em 7º lugar, com nota 8,62; Maia em 9º, com 8,6. Nenhum dos dois foi reeleito para o cargo.
Entre os senadores, o paraense mais bem avaliado pela Veja foi Jader Barbalho (PMDB), com nota 6,06 — na 21ª posição.
1º – MARCUS PESTANA – 10 – PSDB de MG
2º – GABRIEL GUIMARÃES – 9,98 – PT de MG
3º – ANGELO VANHONI – 9,36 – PT do PR
Cláudio Puty - Blog do Jeso4º – RAUL HENRY – 8,69 – PMDB de PE
5º – ALESSANDRO MOLON – 8,66 – PT do RJ
6º – HÉLIO SANTOS – 8,64 – PSDB do MA
7º – CLÁUDIO PUTY – 8,62 – PT do PA
8º – JORGE CÔRTE REAL – 8,61 – PTB do PE
9º – LIRA MAIA – 8,6 – DEM do PA
10º – AMAURI TEIXEIRA – 8,58 – PT da BA
Fonte: blog do Jeso

Empresário fala sobre informações a respeito do aumento do preço da carne

Blog do Norton Sussuarana

 Tendo em vista a repercussão da postagem sobre os abusivos aumentos no preço da carne bovina, o administrador deste blog foi procurado pelo sr. José Lemos, conhecido como TATÁ, e este prestou alguns esclarecimentos acerca desse assunto, que já foi tema em diversos blogs de Itaituba, mas que antes não havia resposta sobre essas infundadas acusações, conforme o empresário!

É política do blog abrir espaço para qualquer pessoa/entidade que se sinta prejudicada/ofendida por quaisquer postagens aqui publicadas, como direito de resposta!

Primeiramente, Tata informou que não abate bovinos de sua propriedade, sendo que presta serviços a terceiros com abate de gado bovino para os irmãos Luís e Leonardo; para os senhores Vagnaldo, Zezinho, Paraibinha, Antônio Neto Custódio, Supermercado Milhomen, entre outros e que o FRIVATA não tem qualquer influência ou ingerência no preço repassado aos açougues.

Que os acima citados, após emissão da GTA, pagamento dos impostos à SEFA e de posse do CAR, levam seus bovinos para o frigorífico Frivata para o abate, pagando ao sr. Tatá R$70,00 por bovino abatido; que por esse preço, o Frivata compromete-se também em fazer a entrega da carne resfriada nos locais determinados pelos proprietários do gado abatido, que são os encarregados de fazer a cobrança da carne deixada nos açougues; que o valor do quilograma da carne para os revendedores (açougueiros) é de R$ 9,00 (nove reais), com pagamento após oito dias!

Ressalta o dono do Frivata que esse preço não é pela carne pura. Ou seja, em um quarto de boi, uma banda ou o boi inteiro, o quilograma é de R$ 9,00 e que esse preço é imposto pelos proprietários dos animais abatidos, não tendo o FRIVATA qualquer responsabilidade quanto à majoração ou diminuição no valor do preço da carne, posto que os animais abatidos não são de propriedade do Frigorífico Frivata, mas de terceiros!

Tata afirma que esse preço de R$ 9,00 esta dentro da tabela nacional de Cotações da Arroba do Boi Gordo (vide tabela abaixo) e quando o Frivata fazia abate de sua própria produção, o preço do quilograma da carne era de R$ 6,50 e que deixou de abater bovinos próprios em função dos atrasos nos pagamentos das carnes fornecidas e agora, com essa prestação de serviço no abate, não tem mais essas 'dores' de cabeça! Que sua responsabilidade é somente de abate e entrega. E nada Mais!

Finalizou Tatá informando que trabalha dentro de todas as normas sanitárias exigidas e que é o único frigorífico propriamente dito em Itaituba!

Nota do blog: Em pesquisas na internet, verifica-se que a oscilação entre o menor preço do quilograma (R$ 8,86), com a arroba (uma arroba equivale a 15 Kg) a R$132,00 e o maior preço do quilograma (R$ 9,60), com a arroba a R$144,00, no estado de São Paulo, onde se vende a arroba mais cara, ficando Mato Grosso com o menor preço/arroba, conforme tabela, é pequena. Assim, esse preço de R$ 9,00 o quilograma da carne, está dentro da média nacional, mas há que se ressaltar que Itaituba/PA ainda não tem a renda per capita de um município do estado de São Paulo ou Mato Grosso, o que deixa nossa carne com preço superior a de tais estados.

Habilitação de Renner soma mais de 500 pontos

Habilitação de Renner soma mais de 500 pontos (Foto: Reprodução/Band)
A carteira de habilitação do cantor Renner soma mais de 500 pontos, segundo informações publicadas no site da Band, no sábado (27). O cantor foi detido após se envolver em um acidente na sexta-feira (26), na Avenida Pedro Bueno, altura do número 2000, no Jabaquara, zona Sul de São Paulo.
Segundo a matéria publicada no site, a equipe do "Jornal da Band" teve acesso com exclusividade ao prontuário do Detran que mostra a situação da carteira de habilitação de Renner. Diferente do que foi divulgado anteriormente, o cantor soma 512 pontos por causa de 108 multas, a maioria por excesso de velocidade.
Renner estava com a carteira vencida há quatro anos e pagou R$ 10 mil de fiança para ser liberado. Ele deverá responder por embriaguez ao volante e tentativa de fuga. 
Visivelmente alterado, o sertanejo disse que tomou "velódica" (vodka) antes do acidente. DOL

sábado, dezembro 27, 2014

Morre em Goiânia, o ex-vereador Apoliano Tavares

Ele foi vereador de oposição ao governo de Wirland Freire

O ex-vereador Raimundo Apoliano Tavares morreu na tarde desta sexta-feira, 26 de dezembro, na cidade de Goiânia.

Ultimamente ele não gozava de boa saúde, com sérios problemas hepáticos, de acordo com o que foi passado para o blog.

Seu corpo deverá ser transladado para a cidade de Itaituba, na manhã deste sábado.

VEREADOR – Apoliano Tavares, como era conhecido, era filiado ao PT, tendo sido militante dos mais ativos neste município durante muitos anos.

Nos últimos anos ele afastou-se da lide política, cuidando das suas atividades particulares.

Foi vereador, de 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, fazendo oposição ao então prefeito Wirland Freire.

Apoliano era pai dos empresários Tiago Apoliano e André, proprietários da loja  
Tatico.


O blog apresenta votos de pesar aos seus familiares.

sexta-feira, dezembro 26, 2014

Fofoca do garimpo dos Periquitos, no Remanso dos Macados, durou menos que um sonho de verão


O Rio Tapajós subiu rápido e o ouro desapareceu

O garimpo Remanso dos Macacos, que foi descoberto há cerca de 40 dias atrás, iludiu, como sempre, muita gente. Na euforia da garimpagem, alguns garimpeiros ainda conseguiram extrair certa quantidade de ouro, que empolgou muita gente atraída pelo Novo Eldorado, mas o Remanso dos Macacos não passou de ilusão e hoje o blefo toma conta.

No seu auge, aquele novo garimpo, chegou a abrigar em torno de 80 balsas, e o que se vê hoje são balsas sendo removidas e outras atracadas nas margens do Rio Tapajós, sem funcionar, numa clara demonstração da ilusão que o Remanso dos Macacos é para o garimpeiro.

Dezenas de pessoas, ao saberem da “fofoca” compraram motores, mangueiros e etc. e montaram balsas. Hoje o que estamos vendo ali é o abandono dos equipamentos, que ninguém sabe quem vai pagar o prejuízo.

Ainda, acreditando em encontrar ouro, cerca de 5 balsas continuam insistindo na atividade, que não compensa por causa das despesas. No auge daquele garimpo se tirava 100, 120 gramas num dia e hoje estão sendo retiradas 2 gramas. O garimpo do Remanso dos Macacos foi mais uma ilusão de ouro que marca a historia de um dos maiores depósitos auríferos do planeta, O TAPAJÓS.



Estive esta semana, mais precisamente quarta feira, dia 24 no garimpo e vi de perto o desespero de quem investiu comprando equipamentos para garimpar, outros desmontando balsas e levando seus equipamentos. A lamentação é geral; são dezenas de balsas abandonadas nas margens do Rio Tapajós. 

Texto e fotos: blog do Peninha

Informações sobre morte de Sansão são falsas

Na rede social Whats'app, circulou boato dando conta de que o empresário Sansão, proprietário da loja a Manauara, da 16ª Rua/Travessa São José, teria sido morto ao reagir a um assalto não tem fundamento.

O boato ganhou corpo por se tratar de pessoa bastante conhecida, mas, felizmente, foi apenas mais uma dessas notícias plantadas de forma irresponsável nas redes sociais.

Também circularam informações pela mesma rede social tratando da morte de outras pessoas, mas, tudo mentira.

quinta-feira, dezembro 25, 2014

Um mar de lama está chegando a Alter do Chão e demais praias do Tapajós. Ainda dá pra remediar?

Essa matéria foi produzida há dez dias. De lá para cá a tendência é de que a situação tenha piorado consideravelmente. O blog do Jota Parente tem sido parceiro do blog do professor e jornalista Manuel Dutra, nas denúncias a respeito dessa agressão ambiental que vem sofrendo o rio Tapajós, que para o secretário de meio ambiente, José Colares, não faz mal algum ao nosso rio.

Dada a relevância de mais essa denúncia, essa bem recente, repercuto-a para que esse grito dos que tem coragem de dizer o que está acontecendo de ruim com o rio Tapajós, contraponha-se ao silêncio da mídia tradicional da nossa região, que como diz o texto a seguir, é ensurdecedor.

Essa é uma questão que não merece qualquer tipo de discussão em Itaituba, uma sociedade que em muitos aspectos, continua agindo como nos velhos tempos do auge do garimpo. O que interessa é somente quanto se vai ganhar. O que vai acontecer com o meio ambiente, isso não é problema de Itaituba, mesmo que esteja acontecendo bem ali, dentro dos limites deste município. É assim que temos agido ao longo de pelo menos as três últimas décadas.

Mas, esperar o que de uma sociedade, que de organizada nada tem. Costumo dizer que vivemos, em Itaituba, em uma sociedade desorganizada, que não consegue se unir, nem tampouco se organizar, nem mesmo quando o assunto é o iminente crescimento desenfreado da população da sede do município, quando bater à porta a obra da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, com impactos sociais imprevisíveis.

Quanto ao rio Tapajós, ah, não temos tempo para olhar para ele, para a mudança da coloração de suas águas, porque estamos muito ocupados com outras coisas mais importantes. Os nossos filhos, os nossos netos, que se virem quando chegar o tempo deles.

É assim que Itaituba age. Mas, e Santarém, com suas belas praias? Acho que não fica no Tapajós, porque à exceção do Padre Edilberto Sena, de Manuel Dutra e de mais uma meia dúzia, quase ninguém mais parece preocupado com a destruição do nosso rio. Inclusive o prefeito Alexandre Von, a quem muito será cobrado pela omissão.

A prefeita Eliene Nunes, de Itaituba, assim como seu colega Von, parece que anda muito ocupada para se preocupar com o que está ocorrendo com rio Tapajós, porque de sua boca não se ouve uma só palavra a respeito do assunto.

Jota Parente
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A lama desce veloz rumo à foz do mais belo rio e das mais belas e quilométricas praias brancas da Amazônia. O Tapajós está se transformando num imenso esgoto de mais de 400 quilômetros de extensão. Na frente de Itaituba, distante 250 km de Santarém em linha reta, o rio já é um lamaçal, como mostram estas fotos. Há menos de 30 anos isso aconteceu, e o desastre monumental só foi atenuado por causa da queda brusca dos preços do ouro no mercado internacional naquela época. Veja nas fotos a diferença da coloração das águas do mesmo rio. Dentro de pouco tempo, se nada for feito, o famosíssimo encontro das águas vai desaparecer, pois o Tapajós estará da mesma cor do Amazonas.

O Rio Tapajós em frente a Itaituba hoje ao meio-dia
 (Foto: historiador Padre Sidney Canto)

O Tapajós em Alter do Chão ainda está assim, como mostra a foto. Até quando?
(Foto: Manuel Dutra)
 Hoje o ouro tem bom preço e a agressão das imensas dragas dos garimpos é cada vez mais profunda, pois o trabalho na cata do ouro se dá  nas 24 horas sem parar, revirando o leito do rio, seus afluentes e suas margens com equipamentos cada vez mais potentes. Observe a diferença da coloração da água nas duas primeiras fotos: trata-se do mesmo rio, um trecho já imprestável pela poluição e outro ainda mantendo a coloração natural que tanto atrai turistas do Brasil e do exterior, assim como a população local.

Dentro de três semanas completará um ano que um grupo de pessoas de Santarém e Belém deu início a uma série de pedidos ao governo do Estado para que mandasse realizar, de imediato, pesquisas a fim de determinar os níveis de contaminação química e de poluição por barro do Rio Tapajós, em consequência da atividade garimpeira ilegal que se processa no curso médio do rio. O governador Simão Jatene, a quem enviamos uma carta-petição pública solicitando a medida, nunca respondeu. O resultado está aí, nestas fotos, duas feitas hoje pelo historiador Padre Sidney Canto e duas feitas por mim, na cheia de 2013

Frente de Itaituba hoje ao meio-dia

Alter do Chão: até quando estes trabalhadores terão turistas
para transportar rumo às praias brancas e limpas?

Empresa que transporta grãos para Bunge recolhe tributos em Belém

Vereador Peninha pode acionar a Justiça se a empresa não quiser negociar recolhimento em Itaituba

Foto ilustrativa (JParente)
A empresa que está transportando grãos, (balsas-rebocadores) do porto da Bunge em Miritituba vem recolhendo o ICMS em Belém. A denuncia é do vereador Peninha, que já vem alertando as autoridades municipais sobre os benefícios que os portos construídos e que estão sendo construídos vão trazer para o município.

 Segundo o edil, a empresa responsável pelo transporte de grãos, via fluvial, do porto de Miritituba até o porto de Barcarena, mesmo sendo iniciado o transporte da mercadoria no município de Itaituba, desde quando o porto começou a operar, vem recolhendo o ICMS em Belém. Isto, alega o edil, vem  causando grandes prejuízos ao município de Itaituba, que deveria ter uma arrecadação de Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviço bem maior que atualmente, que hoje é  em torno de R$ 1. 500.000,00. Esta empresa, afirma Peninha, tem sua sede em Belém.

A nossa expectativa, lembra Peninha, era que com a construção destes portos em Miritituba, o município de Itaituba ganharia mais divisas e empregos. Pelo que estamos vendo, estamos ficando apenas com os problemas. Peninha promete, na reabertura dos trabalhos da Câmara em fevereiro, pedir providencias do Poder Executivo no sentido de cobrar da empresa o recolhimento do ICMS em Itaituba. Também vai cobrar da SEFA que determine a empresa a recolher o imposto em Itaituba.

Caso o edil não consiga o recolhimento do ICMS  em Itaituba com dialogo, vai acionar o Ministério Público e até mesmo a Justiça para que o município não tenha prejuízo na sua arrecadação. O edil classificou de uma vergonha e as autoridades cruzam os braços vendo isto acontecer. Enquanto isto, a prefeita fica andando com pires na mão de cima pra baixo atrás de recursos, quando deveria cobrar destas empresas o recolhimento do ICMS  em Itaituba para que o município tivesse mais dinheiro, disse Peninha. Porém, a prefeita parece estar omissa ou conivente com isto e a população vendo as barcaças descendo rio abaixo com grãos sem recolher o imposto no município, concluiu o edil.

Fonte: Blog do Peninha...

Extraído do blog do Júnior Ribeiro


Empresário denuncia aumento abusivo do preço da carne bovina em Itaituba

Blog do Norton Sussuarana

Todos já sabíamos que o preço da carne bovina em Itaituba iria disparar com o fechamento do concorrente; mas o que não sabíamos era que os aumentos seriam exorbitantes e fora da realidade, tanto de Itaituba, quanto em relação à inflação real desse período.

E diante disso, ontem, por volta das 10/11 horas da manhã na Orla, fui parado por dono de restaurante e este indignado, falou-me que a carne verde comercializada pelo único frigorífico de Itaituba, está sendo entregue ainda quente, sem a devida refrigeração, e a entregue após as 9/10 horas, o que dificulta o trabalho das cozinheiras e acarreta prejuízos para esse empresário.

Informou ainda o empresário que a última majoração de preço na carne se deu por causa do aumento no tamanho do saco que envolve a peça de carne, mas que esse material continua do mesmo tamanho, por isso sente-se enganado!

Prosseguindo em seu desabafo, o empresário afirma que está havendo um aumento significativo no abate clandestino em Itaituba, que ocorre em sua maior parte na comunidade de Miritituba, porque o único frigorífico em funcionamento não atende a demanda da cidade, e também por fazer entrega da carne em horário muito avançado. Espera que as autoridades procurem solucionar o imbróglio envolvendo os dois frigoríficos, pois somente quem sofre é a população.

E como alerta final, o empresário confirmou ao blog que ainda essa semana haverá novo aumento no preço da carne! 
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Comentário do blog: É, meu amigo Norton, como diria o saudoso Comendador Mário Sobral (lembra dele, dos tempos de A Província do Pará?), nesse caso da carne, valha-nos quem?




Delator revela acerto prévio de preços nas obras de Belo Monte

Executivo diz que houve combinação dos 

vencedores de licitação


As investigações da Operação Lava-Jato chegaram à usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. No acordo de delação premiada assinado com o Ministério Público Federal, o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, acionista do grupo Toyo Setal, comprometeu-se a entregar à força-tarefa do Ministério Público informações detalhadas e documentos sobre "todos os fatos relacionados a acordos voltados à redução ou supressão de competitividade, com acerto prévio do vencedor, de preços, condições, divisão de lotes, etc, nas licitações e contratações" realizadas para a construção da hidrelétrica.


Em junho passado, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal a contratação, pela empresa Norte Energia, da Toyo-Setal Empreendimentos, da Engevix Engenharia e da Engevix Construções por R$ 1,038 bilhão, para montagem eletromecânica da usina. Do início das obras, em 2010, até o ano passado, o BNDES já havia repassado R$ 9,8 bilhões a título de financiamentos para a obra. Os investimentos acumulados somavam R$ 13,3 bilhões. O valor orçado para a obra já subiu dos R$ 16 bilhões iniciais para R$ 28,9 bilhões.
Mendonça Neto afirmou que os preços apresentados na licitação inicial haviam sido considerados altos pela Norte Energia, que decidiu, então, convidar outras empresas a participar da obra. Inicialmente, a convidada foi a construtora MPE, que chamou a Toyo Setal para ingressar no consórcio. O segundo consórcio foi formado pelas empreiteiras Engevix e UTC. Mas, segundo Mendonça Neto, houve novamente discordância no preço, e a Norte Energia chamou todas as empresas para conversar.
Foi então que a UTC desistiu da obra. A MPE, que atravessa dificuldades financeiras e é acusada de causar prejuízo de quase R$ 1,5 bilhão à Petrobras em sua atuação no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), também saiu de Belo Monte. Mendonça Neto afirmou que foi a própria Norte Energia, então, que sugeriu a associação entre a Engevix e a Toyo Setal, e ainda discutiu com as duas o preço a ser pago.
Todas as empresas convidadas a participar da obra da UHE de Belo Monte estão envolvidas no escândalo de desvio de recursos na Petrobras. O vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Almada foi apontado por outros diretores da empresa como o responsável pelo cartel, e na sala dele foram apreendidos documentos que comprovam o acerto prévio entre as empreiteiras nas licitações.
A Engevix fez depósitos para empresas de fachada controladas pelo doleiro Alberto Youssef e também para a Costa Global, que pertence ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Outra empresa envolvida na Lava-Jato, a Galvão Engenharia, fez parte do consórcio inicial que disputou Belo Monte. Entrou em julho de 2010 e saiu em novembro de 2011, com um ganho de quase R$ 1 bilhão.
IRMÃO DE PALOCCI É CONSELHEIRO
O governo federal tem participação importante na Norte Energia. Eletrobras e Eletronorte têm, juntas, 34,98% de participação. O Petros, o fundo de pensão da Petrobras, tem 12%. No fim de 2013, um dos conselheiros da Norte Energia era Jorge José Nahas Neto, gerente executivo de Planejamento Financeiro e Gestão de Riscos da Petrobras e representante da estatal no Petros. Outro conselheiro é Adhemar Palocci, procurador da Eletronorte no conselho da Norte Energia, irmão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Mendonça Neto se comprometeu ainda a fornecer informações à força-tarefa do MPF na Lava-Jato sobre irregularidades na área de plataformas da Petrobras. Ele assinou acordo de delação premiada individual e em nome de seis empresas ligadas ao grupo Toyo Setal: SOG Óleo e Gás, que tem 50% de participação na Toyo Setal, Setec Tecnologia, Projetec, Tipuana, PEM Engenharia e Energex. Segundo o MPF, Mendonça Neto é responsável por 17 empresas. Outras estão no nome de parentes.
Cleide Carvalho
O Globo
Editado por Folha Política

Precisamos ser investigados!

Roberto Damatta Foto: O Globo
Investigar e se escandalizar com a roubalheira da Petrobras não significa que se quer acabar com ela. Pelo contrário, o que se deseja é salvá-la

Adiretora da Petrobras admitiu num café da manhã concedida aos jornais, no dia 17 do corrente, que ela “precisa ser investigada. Os diretores, nós precisamos ser investigados.”

Seu axioma é simples: eu não temo a verdade, logo admito uma investigação. A perquirição é, em princípio, incompatível com a verdade; ou, melhor dizendo, ela conduziria a uma prova de que tanto a diretora quanto a sua diretoria nada têm a ver com a petrogatunagem que envergonha o empresariado nacional e enxovalha o governo Dilma, o PT e seus sequazes.

É o pior presente de Natal da história do Brasil.

Mas esse brado de auto-investigação permite uma ressalva que eu tomo a liberdade de fazer com um pedido de vênia à sra. Graça Foster.

Um inquérito não comprova a verdade. A investigação é um meio para se chegar à verdade ou à mentira. Ou, talvez pior que isso e como estamos fartos de testemunhar, a investigação, o julgamento, os recursos proporcionados aos poderosos pela nossa douta teologia jurídica, na qual uma ética de isenção passa ao largo, simplesmente legalizam a falcatrua e, assim fazendo, legitimam o lado mais sombrio da impunidade. Faz-se a injustiça por meio da Justiça!

Eis uma inversão inadmissível em qualquer coletividade minimamente honrada e fiel a si mesma. Torturar, roubar e assassinar não deve santificar ninguém.
Guimarães Rosa dizia que “o começo é tudo". Uma vez montado um plano, um enredo ou uma política, essas máquinas demandam coisas insuspeitas dos seus autores. Se o enredo requer um velho e os atores são jovens, há que se usar um maquiador para tornar um jovem, velho. No regime militar, montou-se um teatro que excluía parte da plateia.

Se o caminho foi para Sul ou para o Norte, o que se segue é — desculpem o óbvio — seguido. Mudar o passo no meio do salto resulta em queda ou desastre. Quando escolhemos um rumo, este rumo faz demandas e nos coage a tomar certas atitudes. Quando um regime que pretende restaurar a ordem promove e proíbe a discordância, como foi o caso do regime militar, tudo torna-se político e passível de ser investigado. Um piscar de olhos vira sinal de uma conspiração, e uma música, um hino revolucionário. Se a porta tem uma pequena brecha, é preciso arrombá-la, o que leva à criação de portas de aço.

Não há como obter democracia negando aquilo que é a própria democracia: o direito de discordar. Suprima-se esse princípio e você inventa, em nome da ordem, a subversão e a traição.

A violência surge quando o direito de criticar e discordar é escamoteado ou proibido em nome de alguma coisa. Investigar e se escandalizar com a roubalheira da Petrobras não significa que se quer acabar com ela. Pelo contrário, o que se deseja é salvá-la. O reinado da lei só existe quando a lei não foi rasgada ou controlada por uns poucos ou em nome de algo intocável ou sagrado. Pois a lei é o meio pelo qual, numa sociedade de iguais em direitos, valores são invocados, disputados e discutidos e trocam de lugar como verdades ou mentiras. A mobilidade é parte da vida democrática e ela inclui também crenças, utopias e tabus.

Um velho sábio dizia que não se pode viver sem a mentira, que é companheira da verdade. Mas se verdade e mentira formam um par, esse par só é legitimo na medida em que a mentira não seja estimulada. Em outras palavras, não se constitua como um valor.

O clamor da diretora pode ser interpretado neste sentido. Nele, há o grito do aprendiz de feiticeiro pedindo socorro a um bom exorcista. O fogo começa a pegar naqueles que talvez o ignoravam ou achavam que podiam controlá-lo. Não sei...

O que sei e lamento é que quando o escândalo vira rotina, há algo profundamente tortuoso com os valores de um país. Não há como não concordar com FHC que o Brasil perdeu o rumo. E, num sistema sem rumo, nem o capitalismo que promoveria o fim do mundo termina; e seria impossível conceber uma nova utopia com um comissariado desonesto. Aliás, com esse elo estrutural entre política e roubalheira, não dá nem para nomear um ministério.

Não se trata simplesmente de separar a honestidade da corrupção, fazendo um ingênuo pacto político para eliminar a ladroagem. O honesto e o desonesto, como o bem o mal, fazem parte da mesma moeda e ocorrem em todo lugar. A questão não é tentar acabar com um lado que não existe sem o outro, mas compreender que a desonestidade só é normal se for ilegitimada e punida.

Com os dois pesos e medidas da velha malandragem nacional estudada por mim faz tempo, a verdade não sai do fundo do poço. A honestidade só vai se transformar num valor quando a desonestidade perder a sua aura de santidade e esperteza. Precisamos, sim, ser investigados porque estamos perdidos num labirinto que construímos e jogamos fora o fio de Ariadne: o valor — escolha do caminho da luz e da lei. A capacidade de dizer não a nós mesmos.
Termino desejando a todos os que me honram lendo esta coluna um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. (O Globo)

Roberto DaMatta é antropólogo


quarta-feira, dezembro 24, 2014

Ex-comandante do CPOR-X foi indiciado

O tenente-coronel Josafá Pereira Borges foi indiciado em IPM (Inquérito Policial Militar) aberto pela Corregedoria da Polícia Militar e já enviado à Promotoria Militar, por crimes militares quando comandava o CPR-X em Itaituba. Segundo os autos, o oficial destacava soldados para fazer a segurança particular de um achacador de garimpo, conhecido na região de Moraes Almeida como “Gauchinho”. Chefiados pelo acusado os militares tomavam cassiterita dos garimpeiros, vendiam e faziam a partilha. Um dossiê popular denunciou essa organização criminosa.

Essa nota foi publica pelo jornal Diário do Para, na coluna Repórter Diário, edição de hoje.


O blog fez algumas correções, como a que dava conta de que o referido militar havia comandado o 18º BPM, pois aqui existe o 15º Batalhão de Polícia Militar.

Rivas Magazine, cheio de novidades, esperando por você

Rivas Magazine recebeu uma grande quantidade de móveis e eletrodoméstico para atender seus clientes nas compras deste final de ano.

Tem tanta coisa bonita, como guarda-roupas, sofás, mesas e outros itens, que fica até difícil escolher.


A procura tem sido muito grande por causa da beleza das peças e dos preços acessíveis, podendo o cliente comprar à vista, por um preço especial, ou no crediário da própria loja, para pagar em suaves prestações.


Faça uma visita e fale com o Rivelino, ou com qualquer um dos seus colaboradores. Você vai se surpreender com o ótimo atendimento.


Rivas Magazine, localizado na Travessa 13 de Maio, próximo da 3ª Rua do bairro Bela Vista.