segunda-feira, junho 15, 2015

Poícia apreende caçamba com suspeita de ser roubada, que prestava serviços para a prefeitura

Numa blitz de rotina as Policias Civil e militar aprenderam uma caçamba que seria sido roubada. A mesma estava carregada de entulhos. O fato ocorreu na noite de sexta feira dia 12. 

Quando abordado, o motorista do veículo afirmou que estava trabalhando para a prefeitura e que iria pegar os documentos do veiculo, e sua habilitação, todavia não retornou e nem mais foi localizado.

Mas para surpresa dos policiais o motorista sumiu e não retornou com os supostos documentos levantando suspeitas de irregularidades. A caçamba que seria de uma empresa que presta serviços para a prefeitura de Itaituba (Com placa de São Paulo) se encontra em frente a 19ª seccional até que o mistério seja desvendado. 

Fonte: blog Tribuna Tapajônica (Nazareno Santos)
Extraído do blog do Norton Sussuarana

O crime compensa quando não há punição

A preocupação, de Marcelo e de todos que tem suas coisas roubadas é que, mesmo que os ladrões sejam presos pela polícia, pouco depois estão na rua para fazer tudo de novo, de novo, de novo...

Foi isso que aconteceu com o roubo de celulares da loja Gazin da Travessa João Pessoa.

A Polícia Militar foi chamada, e quando o sargento responsável pela equipe que foi ao local para levantar detalhes viu a gravação do vídeo não acreditou.

Ele disse: tem alguma coisa errada aqui. Essa gravação é nova?

Sim, é de ontem à noite, informou o pessoal da loja.

O sargento disse: mas, ontem à tarde eu prendi esses caras! Eles devem estar presos!

Quando o policial chegou à 19ª Seccional, os ladrões de fato já não estavam mais lá, pois um advogado havia conseguido libertá-los.

Lembram daquele roubo na Itafrigo?

Dois ladrões oriundos de Macapá, entraram na calada da noite, tendo levado mais de R$ 50 mil.

A Polícia Militar foi acionada imediatamente pelo vigia e os dois foram presos pouco depois de saírem do local.


Cerca de dez dias depois já estavam livres para praticar novos arrombamentos e levar o que quisessem, na certeza de que a impunidade faz com que o crime compense neste município.

Via Celular foi roubada, de novo

Pela segunda vez, a loja Via Celular, do empresário Marcelo Cajado foi alvo dos ladrões.

Aconteceu na noite de sábado para domingo, ocasião em que os bandidos levaram diversos aparelhos, exatamente os mais caros.

O empresário não sabe mais o que fazer para evitar tanto prejuízo.

Data para inauguração só depende de Brasília

Só depende do Palácio do Planalto informar se vai mandar, ou não, um representante para o evento de inauguração do Residencial Wirland Freire para que a data da festa seja definida.

A coordenadora do setor de habitação da PMI, Fátima Rosa, disse que a festa vai acontecer em breve, pois as pessoas que vão assinar contrato precisam fazer suas mudanças.


Espera-se que essa resposta de Brasília possa chegar durante esta semana.

Programação de assinatura da contratos para o Residencial WF está mantida

A coordenação de habitação da prefeitura de Itaituba confirmou que não haverá alteração nas datas marcadas para que as pessoas selecionadas para ganhar uma casa no residencial Wirland Freire, do programa Minha Casa, Minha Vida assinem o contrato.

Terça e quarta-feira desta semana, divididas em dois grupos, elas assinarão o contrato.

Amanhã, terça, será a vez de quem começa pelas letras de A a J. Quarta-feira está reservado o dia para quem começa pelas iniciais de K a Z.


Dessa forma, a sugestão de alguns vereadores, que resultado em um consenso na audiência pública realizada quarta-feira da semana passada não será levada em conta, mesmo porque nenhum documento nesse sentido chegou à coordenação de habitação.

domingo, junho 14, 2015

Profissionalismo é isso: Cantor quebra perna no palco mas continua show

Cantor quebra perna no palco mas continua show  (Foto: Reprodução/Instagram)

Para a banda americana Foo Fighters, a máxima “o show deve continuar” é quase lei. Prova disso ocorreu durante uma apresentação na Suécia, nesta sexta-feira (12), quando o vocalista Dave Grohl caiu do palco e quebrou uma das pernas. Ao invés de encerrar a apresentação, ele decidiu voltar ao palco minutos depois de ser socorrido.
A queda ocorreu durante a segunda música tocada pela banda. Ao cair, Dave pediu o microfone e afirmou “eu acho que realmente quebrei a perna! Então prestem atenção: vocês têm a minha palavra de que o Foo Fighters vai voltar e terminar o show, mas agora, vou ao hospital consertar minha perna. Porém, depois voltaremos e tocaremos para vocês de novo!”.
Enquanto o cantor era atendido, a banda permaneceu no palco, tocando covers de outras bandas, com o baterista Taylor Hawkins nos vocais. Poucos minutos depois, Dave retornou ao palco em uma maca, com a perna já engessada, e terminou o show sentado em uma cadeira.

sexta-feira, junho 12, 2015

Quem não gosta de política...

Jota Parente - Poeta e dramaturgo alemão, Bertold Brecht nasceu em 10 de fevereiro de 1898 e morreu em 14 de agosto de 1956. Marxista, Brecht deixou a Alemanha com a ascensão do nazismo e exilou-se em vários países (Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e Estados Unidos). É considerado um dos principais dramaturgos do século XX, com textos que buscavam reforçar a conscientização política. Já naquele tempo ele falava sobre a alienação política dos cidadãos, o que continua acontecendo até hoje, apesar de todo o desenvolvimento, apesar da celeridade com que temos acessos às informações a respeito dos políticos hoje em dia.
Em seu poema, “Analfabeto político”, ele sustenta a tese de que o cidadão que se aliena das discussões políticas é o maior responsável pela vitória dos corruptos e dos maus políticos.
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Texto extraído do site Congresso em Foco)
Não se trata aqui, apenas de uma ação de control C + control V. O objetivo é despertar naqueles que vivem dizendo que odeiam política, porque político não presta, porque político é tudo ladrão, farinha do mesmo saco, que só pensa em se dar bem, etc...etc...etc...
Tudo isso tem muito de verdade, mas, toda generalização é perigosa, pois não existem só políticos ruins. Há muita gente boa, trigo bom que precisa ser separado do joio. Contudo, o mal tende a ganhar notoriedade com maior rapidez, principalmente em um país como o nosso, no qual os casos de corrupção envolvendo detentores de mandato eletivo se sucedem.
Não participar da vida política da sua associação de bairro, do seu clube, das eleições municipais, estaduais ou de nível nacional significa que a pessoa lava as mãos para algo que lhe diz respeito, porque queiramos ou não, praticamente tudo que acontece no dia a dia na nossa relação com o Estado passa pela política.
Quem diz que não gosta de política, aqueles que não se interessam por ela, enquadram-se no rol dos analfabetos políticos de Bertold Brecht. E embora tenhamos todos os motivos de sobra para decepções, porque a classe política do Brasil está com sua credibilidade rés ao chão, não vai ser enterrando a cabeça na areia como o avestruz, ignorando os temas do dia a dia, que vamos contribuir para melhorar a qualidade dos nossos quadros políticos.
O filósofo Platão, quatro séculos antes de Cristo, já dizia: Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política; simplesmente, serão
governados por aqueles gostam.
É exatamente o que acontece em cada eleição quando o eleitor deixa de participar, mesmo que seja apenas com o seu voto, que embora sendo único, é determinante para o destino do seu município, do seu estado ou do nosso país.
Batemos no peito e dizemos que somos um povo bom, pacífico e ordeiro, quando uma pesquisa recente da ONU nos colocou como um povo violento, vivendo em um país no qual a violência só faz aumentar. O Estado é incapaz de deter essa onda que nos assusta a todos, e nós, cidadãos, na maioria das vezes só fazemos lamentar pelos cantos, alienados do processo político. E sem a nossa efetiva participação, sem cobrarmos pra valer dos nossos governantes, agindo como analfabetos políticos, em nada ajudamos a melhorar o nosso Brasil.

Tomemos por base a Reforma Política que está sendo discutida e votada na Câmara Federal. Os deputados federais mudaram pouca coisa, até agora. De importante, mesmo, somente o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente. Ou seja, mexeram no Executivo. Quando chegou a hora de mudar alguma coisa no Legislativo, ou cortar na própria carne, foi deixado tudo como estava. Foram esses caras que nós mandamos para lá. Da próxima vez vamos prestar mais atenção em quem iremos votar. Mas, para isso, quanto menos analfabetos políticos houver, melhor serão as nossas escolhas.
Artigo publica na edição 199, do Jornal do Comercio, que circulou no começo desta semana

Crítica sobre a situação do idoso

Marilene Parente - Um estudo desenvolvido em Porto Alegre faz uma crítica cultural da mentalidade sobre a situação do idoso no atual contexto sociocultural pós-moderno. Valho-me dele para tratar de um assunto tão importante, mas, ao qual nossa sociedade dá pouca importância, o idoso. Existe uma dificuldade na cultura moderna em abordar a questão do idoso. A velhice é um assunto vergonhoso do qual é indecente falar. Trata-se de um tabu que é melhor esquecer, por ser um assunto que incomoda. Vive-se uma contradição entre a busca de uma sempre maior longevidade e uma crescente situação de marginalização e obsolescência do idoso.
Constata-se que, por um lado, a ciência busca a realização do sonho da imortalidade mas, por outro, a economia aponta para a inutilidade do idoso reduzido à sua condição de puro consumidor de produtos que prometem longevidade. Em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento a expectativa de vida aumentou consideravelmente no último século. Em 2000 a expectativa de vida no Brasil era de 64,8 anos para os homens e 72,5 para as mulheres. Em 20 anos a estimativa de vida dos brasileiros aumentou 7,6 anos para os homens e 8,2 para as mulheres.
Se em 1940 a participação da população com mais de 65 anos era de 2,4%, em 2000 era de 5,8%. As últimas projeções indicam que esse segmento será de 15% da população no ano de 2020. O aumento de longevidade é causado pela melhoria dos níveis de nutrição e dos serviços de saúde. A esse crescimento da estimativa de vida não correspondeu uma valorização social das pessoas idosas. Elas são sempre mais vistas como um estorvo para as famílias e fator de gastos previdenciários.
A geriatria e a gerontologia preocupam-se em alongar quantitativamente e melhorar qualitativamente a vida dos idosos, mas a mentalidade sociocultural que valoriza o ideal da juventude e as estruturas político-econômicas que favorecem a utilidade social das pessoas não sabem bem o que fazer com os idosos sempre mais presentes no cenário social.
Se, numa situação abastada, a presença do idoso é um problema e motivo de preocupação, na família pobre de periferia o idoso é disputado, porque é um fator de ingresso de renda e em alguns casos o único sustento da família por meio da parca aposentadoria. Por outro lado, a mulher idosa exerce um papel importante no cuidado da casa e dos netos, enquanto os outros membros adultos trabalham fora.
Nesse sentido o idoso pobre pode passar necessidade por ter uma aposentadoria insignificante, mas, por outro lado, sente-se valorizado e útil ao convívio familiar. Mas essa valorização pode também ser interesseira, engendrando relações patológicas de manipulação e aproveitamento em detrimento do bem estar do idoso. Assim a ancianidade é, por um lado, uma questão demográfica e gerontológica que aponta para uma crescente melhoria quantitativa e qualitativa da vida dos idosos e, por outro, é uma questão sociocultural e econômica que não se sabe como lidar, porque incomoda e cria mal-estar. O problema ético de fundo da situação do idoso tem sua origem nessa esquizofrenia e contradição entre valorização e desvalorização da senectude. A causa dessa esquizofrenia está na crise do paradigma cultural que sustenta a sociedade atual.
A identificação entre trabalho e emprego leva a que o aposentado se sinta inútil já que não consegue mais ser aceito num trabalho com vínculo empregatício e, portanto, receber salário. Na mentalidade atual, o trabalho assalariado é socialmente reconhecido. Só a pessoa com emprego é reconhecida como útil para a sociedade. Essa compreensão cria uma consciência de inutilidade e obsolescência no aposentado. Essa consciência cresce com o aparecimento dos achaques da velhice e na medida em que lhe é conferido o papel reconhecido de aposentado/idoso que engloba o direito de não trabalhar e receber a assistência social.
Os valores que a cultura atual favorece dificultam a vivência do processo de envelhecimento. Essa dificuldade leva a desenvolver sucedâneos e a criar tabus que eludem a realidade da senectude. Faz parte de uma velhice sadia a aceitação tranquila das deficiências e fraquezas inevitáveis que a longevidade impõe e a consequente reconciliação pacífica com a perspectiva da morte. Mas a cultura atual, movida pela utopia da saúde perfeita, não consegue oferecer recursos simbólicos que ajudem a essa integração sadia da ancianidade.
Num mundo sanitariamente perfeito, a velhice é transformada em doença que precisa ser debelada. Não existe lugar reconhecido para os idosos porque estes não correspondem ao ideal de pessoa em perfeitas condições. Eles são recolhidos nos asilos e clínicas, porque são um estorvo num mundo organizado para a produtividade. São escondidos do convívio porque estampam, no seu rosto, as rugas da velhice que incomodam o estereótipo cultural da eterna juventude. A figura do idoso questiona a idealização atual do jovem, porque lembra inconscientemente a esse que ele será um dia o que o ancião é hoje. Essa lembrança é indecente para a cultura atual. Por isso é melhor esquecê-la e não falar dela. Nessa situação cultural, o idoso não tem um lugar nem um papel social reconhecidos.

Marilene Parente, bacharel em Direito - Artigo publicado na edição 199 do Jornal do Comércio, que circulou no começo desta semana

Seu Maurício, 89 anos e uma rida história de vida pra contar

Maurício Batista de Oliveira está chegando aos 89 anos, que serão completados no próximo dia 10 de junho. Nasceu no interior do estado de São Paulo, no ano de 1926, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, que na época era apenas uma pequena aglomeração de pessoas que viviam da agricultura, e que tem atualmente 46 mil habitantes. Desses 89 anos de vida, 33 anos tem sido vividos em Itaituba.
Filho de pai espanhol (José Batista Gomes) e mãe brasileira (Natália Carlos de Oliveira), totalmente lúcido, apenas com limitações na audição, com muita história para contar, ele recebeu a reportagem do Jornal do Comércio para uma longa conversa que rendeu a reportagem a seguir, em sua chácara de 50 metros de frente por 180 de fundo, muito bem localizada na Quarta Rua do bairro da Floresta:
JC – É verdade que seu pai, seu José Batista Gomes, foi combatente na primeira guerra mundial?
Maurício – Sim, é verdade. Meu pai contava que ele lutou naquela guerra durante três anos. Participou de muitos combates, vendo muita gente morrer no campo de batalha. Um dia ele encontrou um primo dele que trabalhava em um navio cargueiro que transportava carvão mineral para outros países. O primo perguntou se papai gostaria de deixar aquela guerra na qual poderia morrer a qualquer momento. Ele respondeu que sim, mas, não sabia como. Então o primo lhe disse que naquela noite seu navio iria partir para o Brasil com uma carga de carvão. Se ele quisesse, que fosse até o porto onde havia vários homens carregando o navio.
Ele deveria pegar uma pá e trabalhar junto com os demais, sujando-se ao máximo para não ser reconhecido. Papai não se fez de rogado, foi para o porto, trabalhou o dia todo, e quando os trabalhadores foram para bordo ele foi junto, misturando-se a eles para que algum espião o reconhecesse. Ele dizia que depois que o navio já estava em alto mar, deu um adeus à sua terra natal. Adeus, Espanha! Talvez a gente nunca mais se veja, disse ele, que nunca mais voltou lá.
JC – Até que idade o senhor viveu em Santa Cruz do Rio Pardo e como era a vida lá?
Maurício – Santa Cruz do Rio Pardo fica perto da divisa com o Paraná. São mais ou menos trinta quilômetros de distância. Também fica próximo de Ourinhos. Nós moramos sempre no interior, trabalhando no campo. Meu pai produzia café e plantava também milho, arroz, feijão e outras lavouras. Mas, o forte era o café. Vida dura aquela que a gente levava, com muitas dificuldades. Ficamos lá até quando eu tinha entre dezessete e dezoito anos.
JC – O senhor teve alguma oportunidade para estudar?
Maurício – Não, eu nunca peguei em uma bolsa para ir à escola; nunca entrei em um grupo escolar. O pouco que eu aprendi foi por causa de um tio meu, irmão de meu pai, que era engenheiro e me ensinou a ler e a escrever um pouco. Sou muito bom mesmo é de matemática.
JC – Depois, sua família mudou para onde?
Maurício – Fomos para o município de Santa Maria, no Norte do Paraná, cerca de 50 quilômetros distante de Londrina e menos de 100 quilômetros de Santa Cruz do Rio Pardo. Até os 57 anos eu fiquei lá, trabalhando o tempo quase todo no campo. Durante um ano eu exerci a profissão de sapateiro, mas, depois voltei para a roça. Casei aos 26 anos e fiquei mais dois ao lado do meu pai. Um dia eu resolvi que era hora de tocar a minha vida por conta própria. Um dia, enquanto eu e meus irmãos esperámos que meu pai fosse levar o nosso almoço eu disse para eles: eu vou falar pro pai que eu vou embora. Um deles respondeu que papai não iria gostar. Eu falei que já era casado e que tinha um filho, portanto, tinha que cuidar da minha vida. Quando meu pai chegou eu comuniquei a ele minha decisão.
Foi assim que eu e minha primeira esposa (falecida) Terezinha Dias Batista saímos da aba do meu pai. Nós tivemos cinco filhos, que são: Ademir, Adevair, Antônio, Edna e Sérgio. Hoje tenho vários netos, bisnetos e até tataranetos.
JC – Como se deu sua vinda para o Pará, quase aos 60 anos?
Maurício – Eu tinha uma terra lá no Paraná, que eu vendi e comprei uma serraria em Altônia. Foi um negócio que me deu muito trabalho e muita dor de cabeça. Caminhões quebravam, os meus filhos eram muito novos e eu não queria que eles mexessem com toras, porque era um serviço muito perigoso. Houve alguns sustos com acidentes que felizmente não deixaram ninguém machucado, e isso me levou a vender a serraria.
            Peguei a família, botei em um caminhão e viemos para Altamira, onde troquei o caminhão em dois lotes de terra, mas, encontrei muitas dificuldades. Um dia a gente estava sentado em uma árvore caída, na roça, conversando, quando eu disse para minha mulher: olha, amanhã eu estou pensando em ir a Itaituba. Nós tínhamos uma Kombi e Terezinha era uma mulher muito disposta. Ela respondeu: Vá lá! Se tivermos que mudar para lá, mudaremos. Cheguei em casa, tomei banho e peguei o ônibus da noite, que saía para Itaituba. Vim sozinho.
Cheguei aqui e fui para a casa de um cunhado meu, Toninho, que ainda hoje mora aqui. Nisso chegou um homem ao qual fui apresentado, que me perguntou se eu estava aqui para comprar alguma casa, ou uma terra. Eu respondi que queria comprar um pedaço de terra. Foi então que ele me trouxe para ver essa área, que hoje forma a minha chácara e de um filho, pegada uma da outra. Gostei e fechei o negócio por 150 mil não sei o que, porque nem me lembro qual era o dinheiro da época (era o Cruzeiro Cr$).
Voltei para Altamira e comuniquei à mulher que havia comprado essa terrinha. Ela disse, então vamos embora. Era uma mulher muito disposta. Eu já tinha dois filhos casados, que moravam comigo, o Ademir e o Adevair (Zero Vinte). Quando chegamos aqui, começamos do zero. Começamos a desmatar, fizemos essa casa e aqui estamos até hoje. Era tudo mato. Perto daqui só morava um senhor. Não havia rua, nem estrada. Só um caminho. Isso foi em janeiro de 1982.
JC – Qual foi sua atividade primeira ao chegar a Itaituba?
Maurício – Começamos plantando horta. Plantava alface, cebola, coentro, couve, pepino e outras coisas. Naquele tempo as hortaliças rendiam um bom dinheiro. Eu cheguei a ter durante um bom tempo, mais de cem canteiros. Era tudo verdinho. Era tudo muito bem cuidado, que causava admiração das pessoas, pois era tudo limpinho, com os caminhos bem limpos para andar entre os canteiros.
JC – Então, a horta deu bons lucros?
Maurício Deu, sim. Com dinheiro da horta eu comprei mais dois terrenos atrás deste aqui, comprei um lote no Trairão, fiz casa junto com minha atual esposa, Maria dos Santos de Oliveira, comprei carro. Naquela época a gente vendia muito para os garimpos. A gente entregava entre 200 e 300 maços de cheiro verde todo santo dia. Também produzíamos tomate, quiabo e maxixe, e tudo isso era consumido tanto pelos garimpos quanto pela cidade, onde a gente entregava, todo dia, no mínimo, 150 pés de alface, 150 maços de cheiro verde e o que mais tivesse. O garimpo nos deu bons lucros, sim.
JC – O senhor ainda trabalha cuidando das plantas, já que há um grande número de pés de acerola que lhe dá uma boa renda?
Maurício – Muito pouco. Hoje em dia, quem cuida mais é a Maria. Vou fazer 89 anos no próximo dia 10 de junho e por causa da idade me sinto cansado. Ainda faço alguma coisinha, aqui e ali, mas, pouca coisa. Minha esposa Maria gostaria que a gente fosse morar no Trairão, onde temos casa, porque é um espaço menor. Acontece que eu gosto muito daqui, exatamente por causa do espaço grande, que deixa a gente à vontade para andar para um lado ou para outro. Estamos no meio da cidade; tudo que se precisa a gente tem. Trairão é uma cidade pequena, onde não tem tudo que a gente precisa. Eu não me vejo fora daqui deste lugar.
JC – O senhor tem uma família abençoada...
Maurício – Graças a Deus, eu tenho uma família muito boa. Meus filhos são todos muito bons filhos, minhas noras são muito boas comigo, tenho uma ótima esposa, sou muito amado pelos meus netos. Tenho uma família muito unida.
JC – Com essa bela história de vida que o senhor escreveu, se pudesse, mudaria alguma coisa, ou acha que fez tudo como deveria ser feito?
Maurício – Eu me considero muito satisfeito com a história de vida que eu construí. Não mudaria nada. Até mesmo a decisão de vir para Itaituba em um período em que a cidade era só barro, muita poeira no verão e lama pra todo lado no inverno, com muita violência, muitas mortes, foi uma decisão acertada, porque aqui a gente se encontrou, se deu bem, onde eu e minha família construímos as nossas coisas aqui. E eu gosto mais da vida que a gente leva hoje. Então, deixaria essa história do jeito que ela está escrita.

Fátima Rosa em O Assunto É Este

Neste sábado, 13 de junho, a convidada do programa o Assunto É Este, na Alternativa FM, de dez ao meio-dia, será a senhora Fátima Rosa, coordenadora do setor de habitação da prefeitura.

Durante cerca de uma hora ela vai responder às perguntas do programa a respeito da seleção das pessoas para o Residencial Wirland Freire.

Ela vai esclarecer tudo sobre as denúncias feitas pelo grupo de mulheres que afirmam que houve favorecimento para pessoas que não precisam, enquanto quem precisa ficou de fora.

Nenhuma pergunta ficará sem resposta.

Lanchas recorreram uma contra a outra

A licitação para a linha Itaituba-Santarém, que ocorreu concomitantemente com a dos barcos na qual entrou areia, está na esfera do jurídico da Arcon.

O processo está parado porque os grupos Erlon Rocha (Ana Karoline) e Tapajós, que tem lanchas que já fazem algumas linhas partindo de Santarém,  recorreu um contra o outro.

A Ana Karoline apresentou proposta para passagem nesse trecho ao preço de R$ 80,00, enquanto o valor da Tapajós apresentado em sua proposta foi de R$ 87,00.

A Tapajós recorreu contra a Ana Karoline, que recorreu contra a Tapajós.

A palavra final será dada pelo jurídico da Arcon.

Linha fluvial Itaituba-Santarém :a licitação que empacou

O assunto parece ter caído no esquecimento, pois ninguém mais fala. Empacou a tão sonhada, a tão esperada, a tão protelada e tão enrolada licitação para barcos e lanchas que fazem a linha fluvial entre Itaituba e Santarém.

Sabem qual o motivo? Foi porque não apareceu nem uma empresa proprietária de barcou.

Estanho, muito estranho, não acham? Ninguém apareceu!

Houve muitos comentários a respeito da lisura do processo. Ou seria da falta de lisura?

Coincidência ou não, o gerente do Grupo Técnico do Setor de Hidroviário da Arcon, Fernando Tobias, foi exonerado poucos dias depois do cancelamento da licitação por falta de candidatos, em função dos comentários a respeito.

O que isso significa? Significa que o cartel dos barcos, que existe há anos e anos, ganhou mais uma vez, enquanto os usuários desse serviço de péssima qualidade perderam novamente. Mas a vingança de quem precisa viajar é ir quase que somente de lancha ou de ônibus. Os barcos, hoje em dia, estão viajando com cargas, pois quem tem juízo não anda de barco nessa linha.

quinta-feira, junho 11, 2015

Garimpagem com dragas avança no rio Tapajós

A garimpagem no leito do rio Tapajós e seus afluentes avança rapidamente e a destruição da paisagem natural do rio cada vez mais se aproxima de Itaituba.

As dragas que descem o rio já chegaram a São Luiz do Tapajós, comunidade localizada a cerca de cinquenta quilômetros da sede do município, mas o novo eldorado do ouro é no rio Jamaxim, afluente do Tapajós. É lá que estão se concentrando quase todas as dragas que estavam espalhadas pelo Tapajós.  São mais de sessenta trabalhando numa pequena extensão do rio e sem nenhum tipo de fiscalização.  

A voracidade da garimpagem no leito do Tapajós e seus afluentes aumentou em 2013, depois do barulho feito pela secretaria de meio ambiente do estado que prometia na época regulamentar esse tipo de atividade, mas na prática todo estardalhaço acabou em nada.
Os poucos donos de balsas que se legalizaram, hoje disputam o espaço com os clandestinos que preferiram ignorar o decreto do governo que proibiu a garimpagem nos tributários.

Questionada sobre essa atividade ilegal, a SEMMA do município alega que sem o apoio da policia ambiental não há como fiscalizar; já a SEMA estadual continua com o mesmo discurso de sempre, que vai implantar uma representação aqui em Itaituba para facilitar a sua logística de fiscalização, mas o atual secretário não diz exatamente quando isso vai acontecer, e enquanto os órgãos de fiscalização estão parados, as margens do Tapajós e seus afluentes estão sendo destruídas  pela ação das dragas e PCs.

O curioso é que nenhuma voz se levanta para denunciar e cobrar providencia contra esse crime ambiental, até os ribeirinhos estão sendo cooptados pelos donos de dragas e silenciaram. Já os ativistas ambientais, esses só se mobilizam para impedir a construção de hidrelétrica, o resto tudo pode.

Enquanto isso, o Tapajós vai agonizando lentamente...
Weliton Lima, jornalista, comentário do telejornal Focalizando, quinta, 11/06/2015
------------------------------------

Nota do blog: Quando exercia o cargo de deputado federal, o advogado Dudimar Paxiúba cansou de dizer que o senhor José Colares, então secretário de meio ambiente do estado, hoje promovido a secretário de planejamento, não era exatamente um exemplo bem acabado de alguém muito preocupado com o meio ambiente. 

Seu discurso dizia uma coisa, mas, na verdade ele colocava muito pouco daquela conversa mole em prática. Estão aí essas dragas para provar isso. 

Para Colares, elas não fazem mal ao nosso antigamente belo rio Tapajós, do mesmo jeito que elas não causaram nenhum dado ao rio Madeira, de onde veio a maioria delas.

Altair Santos, acusado como mandante do assassinato da advogada Leda Martha é transferido para Belém

 O advogado Altair Santos, acusado de ser o mandante do assassinato de sua ex-esposa, a procuradora do município, Leda Martha, teve sua transferência confirmada para Belém.

Cristina Bueno, presidente da subsecção da OAB em Itaituba, disse à imprensa, que essa transferência é importante, porque a permanência de Altair preso no município causava retardos no processo que visa a levá-lo a juri.


Passado um ano e três meses do assassinado, o acusado pelo assassinato, Dejaci Ferreira de Sousa continua foragido, ficando cada vez mais distante a chance da polícia colocar a mão nele.

Esse crime chocou, não somente Itaituba, como todo o estado do Pará, e até bem mais longe.

Queda no preço do minério leva a demissões a afeta cidades de Minas

O antigo hotel que servia, até março, de alojamento para cerca de 350 terceirizados do setor de extração de ferro, restam apenas um secretário e uma faxineira. A energia foi cortada, e o telefone não pode receber ligações.

O prédio fica no Alto dos Pinheiros, em Itabira (MG), um dos maiores produtores do minério no Estado, afetado pela queda de arrecadação –R$ 19 milhões a menos que os R$ 85 milhões esperados entre janeiro e fevereiro– com a venda do minério de ferro e desemprego.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, neste ano foram 136 contratados para trabalhar diretamente com extração mineral, ante 450 demissões –número que não leva em conta empresas que trabalham indiretamente no setor, como pequenas empreiteiras.

Os cortes, aliados ao anúncio de que a Vale teve prejuízo de R$ 9,5 bilhões no primeiro trimestre e a boatos de que as minas mais caras da região seriam fechadas, fazem os moradores temer que Itabira vire cidade fantasma.

De maio do ano passado a abril de 2015, o Brasil demitiu quase 10 mil pessoas a mais do que contratou na mineração, o maior número ao menos desde 2004.

O freio nas contratações é puxado pela recessão nacional e pela redução do crescimento chinês, que passou a comprar menos. O minério de ferro, carro-chefe da indústria itabirana, responde por 73% das exportações minerais, segundo o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).

"Estamos com um quadro de excesso de oferta de minério. Produzimos mais, mas o preço, que chegou a US$ 110 a tonelada em 2013, deve chegar a US$ 45", diz o economista Adriano Porto, da UFMG. As demissões, diz, ajustam o mercado à nova realidade.

Em Minas, além de Itabira, cidades como Araxá e Ouro Preto enfrentam consecutivos meses com desemprego maior que admissões no setor, assim como Poços de Caldas, produtora de bauxita, minério do alumínio.

'DE FERRO'

Conhecida por ser o berço da Vale e a cidade "de ferro" dos versos de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Itabira agora busca soluções para diminuir a dependência da empresa.

No último mês, um movimento organizado por sindicatos, comerciantes e igrejas fez protestos contra os desligamentos. As demissões, diz o movimento, afetaram toda a economia do município, em um efeito cascata.

"Tivemos uma queda de 20% a 30% nas vendas desde o início do ano", afirmou Maurício Martins, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas itabirana.

Dono de uma imobiliária, Sidney Lage afirma que assinava cerca de 20 contratos de aluguel por mês, principalmente para trabalhadores ligados à mineração. Em maio, foram apenas dois.

Após os protestos, o sindicato dos trabalhadores da categoria se reuniu com a Vale e afirma ter acordado que, de junho ao fim do ano, a rotatividade na região não passe de 2,5%.

Procurada, a mineradora não comentou a reunião. Em nota, disse que mantém uma rotatividade "bem abaixo da média da indústria brasileira de mineração e siderurgia, que é de 15%".

O comunicado diz ainda que, com a conclusão de dois projetos em Itabira, orçados em US$ 2,6 bilhões, houve "redução do ritmo de obras" e um "processo natural" de desligamentos de terceirizados, previsto desde a contratação das empresas.

NO PARÁ

Embora tenha um saldo positivo de 4% no crescimento do emprego nos últimos 12 meses, as mineradoras do Pará também demitiram mais do que admitiram desde o início do ano. O Estado é o segundo maior produtor de minérios do Brasil.

Na expectativa da principal cidade mineradora do Estado, Parauapebas, a tendência é que a queda continue.

A prefeitura já fala que espera uma arrecadação 30% menor em 2015. "É culpa da retração no mercado asiático, por causa do preço do minério de ferro. Há uma onda considerável de demissões porque temos que diminuir a promoção", diz Marcel Nogueira, secretário de Comunicação do município.

Ainda assim, a cidade, localizada no sopé da serra dos Carajás, teve 850 contratados a mais que demitidos –uma variação positiva de quase 9%– desde maio do ano passado. Parauapebas recebe 22% da compensação financeira pela exploração de recursos minerais do país, de acordo com o DNPM.


O minério da cidade é qualificado pela Vale como "o melhor do mundo" e tem processo de beneficiamento mais barato que o mineiro.

quarta-feira, junho 10, 2015

Audiência Pública das casas: o plenário ficou pequeno

O plenário da Câmara Municipal ficou pequeno para comportar o grande número de pessoas para a audiência pública de hoje. A grande maioria foi composta de mulheres, que começaram o movimento que espera que a diretoria de habitação da prefeitura faça uma revisão das pessoas selecionadas para receber uma casa no Residencial Wirland Freire.

Até o Grupamento Tático esteve no local para garantir a segurança, mas, não teve trabalho, porque ninguém estava a fim de desforço físico, mas, de reforçar sua luta.

A audiência pública foi solicitada pelo vereador Wescley Tomaz, do PSC, que não participou porque se encontra em Brasília, juntamente com o vereador Nicodemos Aguiar, tratando de interesses do município. Por essa razão, ele pediu ao vereador João Paulo Meister (PT), que presidisse os trabalhos.

Não foi uma missão fácil. João Paulo quase saiu rouco de tanto pedir silêncio para que as pessoas pudessem ser ouvidas, mesmo com o som estando bem alto.

Ministério Público justifica ausência

O procurador geral do município, José Ricardo Moraes, começou sugerindo a realização de uma nova audiência pública, dessa vez, com a presença de um representante do Ministério Público.

“Quem tiver alguma denúncia a fazer a respeito desse caso, deve encaminhar para a Câmara Municipal ou para a diretoria de habilitação da prefeitura. O objetivo é não prejudicar quem realmente precisa de uma casa.


Quem for denunciado, terá seu contrato suspenso até que seja tudo esclarecido”, afirmou o procurador.

Procurador diz que tudo será apurado

O procurador geral do município, José Ricardo Moraes, começou sugerindo a realização de uma nova audiência pública, dessa vez, com a presença de um representante do Ministério Público.

“Quem tiver alguma denúncia a fazer a respeito desse caso, deve encaminhar para a Câmara Municipal ou para a diretoria de habilitação da prefeitura. O objetivo é não prejudicar quem realmente precisa de uma casa.


Quem for denunciado, terá seu contrato suspenso até que seja tudo esclarecido”, afirmou o procurador.

Milla: “eu comprei um cadastro por R$ 500,00”

Foto: blog do Peninha
No gabinete de Wescley
Foto: Jota Parente
Um dos momentos mais tensos da audiência pública foi quando a senhora Milla Tayane do Nascimento Martins foi à frente da mesa que dirigia os trabalhos.

Visivelmente nervosa, ela fez uma denúncia séria, afirmando que havia comprado um cadastro para ganhar uma casa pagando R$ 500,00.

Disse que é acadêmica, e que depois de ver o tanto de gente que realmente precisa de uma casa dessas, pensou eu seria uma injustiça se ela tomasse o lugar de alguém. Por isso, devolveu seu cadastro.

Grávida, a senhora Milla começou a passar mal no plenário, tendo sido amparada por alguns assessores da Câmara e populares, sendo encaminhada para um dos gabinetes, o do vereador Wescley Tomaz, para se recuperar, o que foi acompanhado pela reportagem do blog e do Jornal do Comércio.


A denúncia caiu como uma bomba no ambiente, sendo motivo de muito alarido por parte do público presente.

Adiamento da assinatura dos contratos

No final, o presidente dos trabalhos da audiência pública, vereador João Paulo, concordou com a sugestão de adiamento da assinatura dos contratos dos selecionados para ocupar o Residencial Wirland Freire, o que foi referendado pelos manifestantes presentes.

Ficou definido que será elaborado um documento que será enviado para a Caixa Econômica, para o Ministério Público e para a prefeitura, pedindo a suspensão da assinatura dos contratos que está prevista para os dias 16, 17 e 18 deste mês.

Sem sombra de dúvidas, pode-se afirmar que essa foi uma audiência pública que tem tudo para ter resultados práticos. Mesmo porque, principalmente as mulheres guerreiras que iniciaram e tocam esse movimento, não vão se deixar enganar por conversa mole.

Parafraseando o vereador Isaac Dias, essas mulheres merecem todos os aplausos.

A ausência da diretora de habitação do município, Fátima Rosa, embora tenha sido motivo de muitos protestos, certamente foi uma decisão bem pensada, pois sua presença na Câmara, na audiência pública de hoje, provavelmente, causaria muito mais problemas do que traria soluções, pois eram contra ela as maiores reclamações.


Se ela tivesse ido, talvez o trabalho não fluísse e não se chegasse a lugar nenhum, pois os protestos tenderiam a ser ensurdecedores.