quarta-feira, maio 03, 2006

Simão, de novo?

Lí no blog 5ª Emenda, do amigo Juvêncio Arruda e quem quiser tirar alguma dúvida é sé conferir no Estadão: Simão Jatene virá mesmo para a reeleição.

Os almiristas têm urticária com essa informação, que pode ser verdadeira ou falsa. Ninguoém sabe ao certo quem será o candidato do PSDB ao governo do Pará, pois Jatene não disse que não é e Almir se movimenta como candidato. Já sáiu até informação na coluna do Cláudio Humberto, no final da semana passada, dando conta de que o atual governador e o deputado Jáder Barbalho já teriam acertado tudo. Simão seria candidato à reeleição e Jáder iria para o Senado. Algum duvida que isso poderá acontecer? Nesse meio, tudo é possível.

Cheia castiga Santarém

Água avança pela Av. Tapajós, em frente à Capitania dos Portos

terça-feira, maio 02, 2006

Greve: Maria diz que não cederá à pressão dos empresários

Fonte: blog do Jeso

A prefeita Maria do Carmo reuniu na final da tarde hoje com os procuradores jurídicos do município e parte de seu secretariado para avaliar o primeiro dia de greve dos rodoviários. Maria disse que o movimento é legítimo, mas prejudica a população.

Ela lembrou que a Prefeitura de Santarém tentou de todas as formas um acordo com os empresários do setor de transporte coletivo quanto ao valor da tarifa a ser paga pelos santarenos e, dessa forma, evitar a greve. Disse que desde o início do mês de maio de 2005, seus auxiliares vinham reunindo com os empresários para chegar a um acordo, que passava, invariavelmente, pelo pagamento do Imposto Sobre Serviço (ISS) devido pelas empresas à prefeitura.

Os empresários apresentaram sua planilha de custos e acenavam com um aumento da tarifa para R$ 1,84, valor que ficava acima da inflação do período, o que foi recusado pela Prefeitura. Depois de analisar as planilhas, o Conselho Municipal de Trânsito reuniu na última sexta-feira, 28, e definiu que o valor das passagens deveria ser de R$ 1,30, mas os empresários não abrem mão de uma tarifa de R$ 1,35.

segunda-feira, maio 01, 2006

Ou eu ou ele!”

Aos poucos, a permanência de Felipão em Portugal vai ganhando sentido. Para treinar a Inglaterra, ele teria exigido que o príncipe Charles deixasse a Grã-Bretanha. O técnico, como se sabe

Insaciável

Bruna Surfistinha – quem diria! - deu no “New York Times”.

Português

Curta e dolorosa
Piadinha infame que corre na internet em forma de carta creditada ao Hospital Central de Lisboa:
“Prezado Sr. Manuel de Oliveira,
informamos que o resultado da análise da mancha vermelha que tinha no pênis era só batom. Lamentamos a amputação..."
Proletários de todo mundo, uni-vos

Ma Jianfei está apontando para um imenso mapa na parede de uma sala de reunião num prédio velho, em Beijing. Ma é o vice-diretor do Escritório Nacional para o Ensino de Chinês como Língua Estrangeira, mais conhecido como Hanban, e o mapa mostra seu sucesso na exportação do mandarim pelo mundo. O mapa mostra que os mercados mais quentes para o mandarim são Tailândia e Coréia do Sul, onde todas as escolas primárias e ginasiais oferecerão chinês até 2007. Na Europa, particularmente França e Alemanha, vão bem, preenchidas por círculos amarelos (professores), triângulos vermelhos (lugares para testes) e quadrados azuis (cursos).

Mandarim é a primeira língua mais falada do mundo e a segunda língua na Internet. Hoje, 30 milhões de estrangeiros estudam mandarim. O governo chinês quer que sejam 100 milhões em quatro anos – e que aos poucos vire a maior segunda língua. via Arts & letters daily

[21 comentários]

Publicado por Pedro Doria - 1/05/06 12:01 AM



Que viva México

No México, a política é muito mais divertida. Três candidatas da esquerda decidiram mostrar algo mais que seus dotes intelectuais na revista H para hombres. Lorena Vilavicencio e Alejandra Barrales, do Partido Revolucionário Democrático, e Brenda Arenas, do Partido Alternativa Social Democrata e Camponesa, escolheram o cenário, as roupas e as plumas para dar-se a conhecer. O resultado: só se fala das “três políticas mais sensuais do México.

Evidentemente, o que eles chamam de pouca roupa, lá, é muita roupa cá.

Ordem na casa

O Brasil é o quarto no mundo no ranking de sites de pornografia infantil. Os primeiros são, na ordem, EUA, Rússia e Coréia.

Ainda assim o país não tem uma lei para crimes na Internet. A proposta em campo na Comissão de Direitos Humanos da Câmara é agrupar todos os projetos tramitando e dar forma a uma legislação só. Organizações do ramo serão convidadas a participar.

A falta de lei específica atrapalha. O escritório paulistano do Google, por exemplo, não responde à Justiça brasileira – simplesmente a ignora. Segundo O Globo online, o encarregado do jurídico do Google não considerou “consistentes” as argumentações dos juízes brasileiros em qualquer de seus pedidos.

Na China, curvam a cabeça. Há de ser uma política do tipo em Roma como os romanos.

Vinte anos

Chernobyl foi um catalisador que soltou forças de dimensões históricas. Aqueles funcionários soviéticos que usaram métodos antigos do comunismo para responder ao acidente – mentir para a população e encobrir as conseqüências – ajudaram neste processo, mesmo que não o planejassem. Mesmo o secretário-geral do Partido Comunista, Mikhail Gorbachev, só descobriu aos poucos a real magnitude do desastre – e isto mudou sua relação com o aparato partidário desde então.

A partir daquele momento, Gorbachev não confiava no sistema político que o levou ao poder. Ele tentou mudá-lo, instituiu políticas de transparência – a Glasnost – e reformas estruturais – a Perestroika. Alguns anos depois, a Guerra Fria acabou, a Cortina de Ferro caiu. Chernobyl faz parte deste processo.

A reportagem da Deutsche Welle dá a entender que a Glasnost aconteceu por conta de Chernobyl, cujo acidente faz 20 anos hoje. Não é fato, começou um ano antes, em 1985. Mas a Glasnost, uma política de aumentar a transparência, sofreu um forte abalo quando do acidente. Como no momento da tragédia, justamente o grande teste de transparência, a União Soviética caiu no cacoete das mentiras e despiste para fora e para dentro, Gorbachev repentinamente não teve escolha. Ou pisava no acelerador das reformas, saía demolindo estruturas que estavam resistindo a suas determinações, ou perderia por completo o poder de fato, se é que também não o cargo.

Em 1987, veio a Perestroika, abertura econômica. E aí a URSS não se sustentava mais.

Multiculturalismo

O Conselho Muçulmano Britânico anunciou um plano de cinco anos para combater a homofobia nas comunidades islâmicas. Em paralelo, a islamofobia será combatida nos grupos GLS.

Mudando de idéia

No início dos anos 1970 quando ajudei a fundar o Greenpeace, eu acreditava que a energia nuclear fosse sinônimo de holocausto nuclear, como a maioria de meus compatriotas. Foi essa convicção que inspirou a primeira viagem do Greenpeace até a espetacular costa rochosa para protestar contra o teste de bombas de hidrogênio americanas nas Ilhas Aleutas, no Alasca. Trinta anos depois, minhas opiniões mudaram, e o resto do movimento ambientalista precisa atualizar suas opiniões também. A energia nuclear simplesmente pode ser a fonte de energia capaz de salvar nosso planeta de outro desastre: uma mudança climática catastrófica.

Patrick Moore, no Aliás do Estadão de hoje.

Tal pai

Foi um ano ruim, o de 1506. Dom Manuel, o Venturoso, ainda reinava – e em Lisboa passavam fome. Já eram dois anos de má safra. Com a fome, veio a peste, e o povo crédulo pôs-se a rezar desesperado.

Segundo Alexandre Herculano, o historiador romântico português, aconteceu assim: alguém achou ter visto um milagre à toa, um cristão-novo duvidou de que fosse mesmo sinal divino – morte ao infiel.

De morte a um cristão-novo, morte a quantos passassem: entre os dias 19, 20 e 21 de abril de 1506, morreram 4.000. E não só judeus conversos, que houve quem se aproveitasse do tumulto sangrento para levar ao fogo velhos inimigos.

Há 500 anos, pois.

Nuno Guerreiro, do blog lisboeta Rua da Judiaria, desafiou seus leitores a tomarem rumo da Cidade Baixa, na noite de ontem. Em silêncio. Que cada um acendesse uma vela, gesto simbólico pela memória das vítimas do pogrom português.

Por incrível que pareça, sua convocação virou polêmica na blogosfera lusa. Como escreveu um, neste caso um exemplo radical:

Em 1506 foram mortos milhares de judeus em Lisboa, o que é um facto iniludível. Mas esse facto deve ser enquadrado no contexto social da época. As mortes que se registraram em Lisboa há 500 anos não resultaram da pura maldade. Hão-de ter correspondido a quadros mentais, sociais e culturais devidamente inscritos nessa época histórica. Eventualmente, poderão ter correspondido até a interesses políticos e económicos. Na ausência de tal enquadramento, evocar a História traz poucos ou nenhuns benefícios do ponto de vista do conhecimento da mesma.

Então não nos lembremos do Holcausto – há o contexto histórico da Alemanha de Weimar; esqueçamos Giordano Bruno ou Galileu ou tantos mártires da ciência, a Igreja também tinha seu contexto. Paremos de expiar, cá no Brasil, a escravidão: havia um contexto diferente.

Não é apenas uma polêmica surpreendente criada do nada. É uma discussão que, no fundo, pretende isto sim não lembrar. Ou fingir que um povo não tem nada com a memória de quem foi, de como agiu. Ao recusar-se à lembrança, acusa traços de incômoda semelhança entre os de há 500 anos e os de hoje. A semelhança está num veneno viscoso e ácido chamado genericamente de racismo, no caso particular de anti-semitismo.

Cá o Brasil, aliás, país povoado pelos cristãos novos fugidos de além mar, coisa do tipo talvez não acontecesse. Talvez. dica do João Barata